11 Out 13
ROMA,(ACI/EWTN Noticias)-
Líderes cristãos e muçulmanos expressaram sua consternação depois dos
protestos organizados por grupos islâmicos fundamentalistas para
bloquear a construção de uma igreja católica em Tangerang, na parte ocidental da ilha de Java, a 25 quilômetros de Jacarta.
Um grupo de mais de 200 militantes do Islamic Defenders Front (FPI) tentou impedir o começo da obra. Segundo a Igreja
local, os grupos islamistas estão tentando "semear a divisão
religiosa". Os fiéis católicos da paróquia da Santa Bernadete afirmam
que têm uma permissão válida para a construção da igreja, com capacidade
para 11 mil fiéis.
O pároco local, o padre Paulus Dalu Lubur, disse à agência Fides que
"ainda não fixamos a data para depositar a primeira pedra. Não
compreendo os protestos porque a edificação tem a aprovação dos líderes
religiosos locais, inclusive muçulmanos".
Entre a população de Tangerang circulam panfletos do Islamic
Defenders Front (Fpi) e de outras organizações islâmicas unidas no fórum
islâmico "Sudimara Pinang", que se opõem à construção, porque "a Igreja
é uma ameaça para o Islã, e se a construção da igreja continua, os
cristãos converterão os muçulmanos nas próximas décadas".
Os líderes dos muçulmanos de Tangerang tomaram distância desta
posição, afirmando que "não é correto fomentar as tensões religiosas" e
apelando à tolerância entre religiões e à coexistência pacífica,
característica essencial da Indonésia.
Segundo Benedict Roger, um dos líderes católicos da ONG "Christian
Solidarity Worldwide", o episódio é um alerta sobre o tema da liberdade
religiosa.
Ao retornar de uma viagem à Indonésia, recordando os ataques sofridos
também por parte de outras minorias religiosas, como xiitas e ahmadi,
Rogers afirma a Fides que "Enquanto muitos indonésios continuam
empenhados pela harmonia religiosa, em todos os níveis, o presidente
Susilo Bambang Yudhoyono e o seu governo não estão fazendo nada para
combater a intolerância. Não somente não conseguem proteger as minorias
religiosas, mas nos últimos dez anos introduziram leis que violam a
liberdade religiosa".
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