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A imagem aqueropita (não pintada por mão humana) de Nossa Senhora de Guadalupe, no seu santuário, Cidade do México |
No dia 9 de dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu ao nobre índio Quauhtlatoatzin —
que havia sido batizado com o nome de Juan Diego — e pediu-lhe que
dissesse ao bispo da cidade para construir uma igreja em sua honra.
Juan Diego transmitiu o pedido. O bispo exigiu alguma prova. Então
Nossa Senhora fez crescer flores numa colina semi-desértica em pleno
inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo.
Este o fez no dia 12 de dezembro, acondicionando-as no seu manto. Ao
abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram
admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto.
O interesse da ciência começou na hora de investigar como é possível que o manto de Juan Diego se tenha conservado até hoje.
Esse tipo de manto, conhecido no México como tilma, é feito de tecido grosseiro, e deveria ter-se desfeito há muito tempo.
No século XVIII, pessoas piedosas decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais fidedigna possível.
Teceram uma tilma idêntica, com as mesmas fibras de maguey da
original. Apesar de todo o cuidado, a tilma se desfez em quinze anos.
O manto de Guadalupe tem hoje 477 anos, portanto nada deveria restar dele. |
Uma vez que o manto (ou tilma) existe, é possível estudá-lo a fim de
definir, por exemplo, o método usado para se imprimir nele a imagem.
Em 1936, o bispo da cidade do México pediu ao Dr. Richard Kuhn que
analisasse três fibras do manto, para descobrir qual o material
utilizado na pintura.
Para surpresa de todos, o cientista constatou que as tintas não têm
origem vegetal, nem mineral, nem animal, nem de algum dos elementos
atômicos conhecidos.
“Erro do cientista” — poderia se objetar. Mas o Dr. Kuhn foi prêmio
Nobel de Química em 1938. Além do mais, ele não era católico, mas de
origem judia, o que exclui parti-pris religioso.
No dia 7 de maio de 1979 o prof. Phillip Serna Callahan, biofísico da
Universidade da Flórida, junto com especialistas da NASA, analisou a
imagem. Desejavam verificar se a imagem é uma fotografia.
Resultou que não é fotografia, pois não há impressão no tecido. Eles
fizeram mais de 40 fotografias infravermelhas para verificar como é a
pintura. E constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se
encontra 3 décimos de milímetro distante da tilma.
Verificaram também que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm
da tilma, não se vê a imagem ou as cores dela, mas só as fibras do
manto.
Talvez
o que mais intriga os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de
Guadalupe são os olhos dela. Com efeito, desde que em 1929 o fotógrafo
Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma figura minúscula no olho direito,
não cessam de aparecer as surpresas.
Os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas deles,
naturalmente ainda menores. Nessa superfície de apenas 8 milímetros de
diâmetro aparecem nada menos de 13 figuras!
José Aste Tonsmann, engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell
e especialista da IBM no processamento digital de imagens, dá três
motivos pelos quais essas imagens não podem ser obra humana:
• Primeiro, porque elas não são visíveis para o olho humano, salvo a
figura maior, de um espanhol. Ninguém poderia pintar silhuetas tão
pequenas;
• Em segundo lugar, não se consegue averiguar quais materiais foram
utilizados para formar as figuras. Toda a imagem da Virgem não está
pintada, e ninguém sabe como foi estampada no manto de Juan Diego;
• Em terceiro lugar, as treze figuras se repetem nos dois olhos. E o
tamanho de cada uma delas depende da distância do personagem em relação
ao olho esquerdo ou direito da Virgem.
Esse engenheiro ficou seriamente comovido ao descobrir que, assim
como os olhos da Virgem refletem as pessoas diante dela, os olhos de uma
das figuras refletidas, a do bispo Zumárraga, refletem por sua vez a
figura do índio Juan Diego abrindo sua tilma e mostrando a imagem da
Virgem.
Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de mícron, ou seja, um
milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia pintar uma
figura de tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI…
Muito grandes ampliações fotográficas dos olhos de Nossa Senhora
permitiu reconhecer nas duas córneas da imagem 13 pessoas em total.
Este fenômeno só é possível em olhos vivos.
As pessoas puderam ser reconhecidas, menos uma. E se tratava de uma pessoa de raça negra.
Isto parecia impossível, pois não havia notícia de alguém dessa cor
no México daquele tempo. Esta descoberta punha em dúvida todas as
anteriores que poderiam ser tidas como ditadas por alguma ideia ou
preferência preestabelecida.
Foi, então, que um historiador informado do problema, telefonou ao Dr. Aste Tonsmann, dizendo jocosamente:
– “Já encontrei sua ‘negrita’!”
De fato, nos registros históricos consta que o bispo espanhol Frei
Juan de Zumárraga, na hora da morte, lavrou documento concedendo a
liberdade a um casal negro que foram seus servidores no México.
Provavelmente, os dois tinham sido trazidos pelos espanhóis. O nome dela era Maria.
Os testes passaram assim por uma prova crucial.
Veja mais detalhes no vídeo embaixo.
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