Por Vanderlei de Lima
Comemoramos, em 8 de outubro, o Dia do Nascituro, data de
imensa importância para os quase 90% dos brasileiros que defendemos a
vida inocente e indefesa no ventre materno.
Ora, um dos pontos muito levantados pelos defensores do assassinato de inocentes no ventre materno é o de que (absurdo!) o nascituro ainda não tem vida. Daí à luz da ciência e da fé, tratarmos do assunto neste e no próximo artigo, tentando, apesar do uso de termos da Filosofia e da Biologia, ser simples e acessível aos nossos leitores.
Ora, um dos pontos muito levantados pelos defensores do assassinato de inocentes no ventre materno é o de que (absurdo!) o nascituro ainda não tem vida. Daí à luz da ciência e da fé, tratarmos do assunto neste e no próximo artigo, tentando, apesar do uso de termos da Filosofia e da Biologia, ser simples e acessível aos nossos leitores.
É certo que não basta apenas saber que há vida a ser defendida desde a
concepção, mas é preciso agir, dentro da lei e da ordem para que essa
vida seja respeitada, acolhida e amada até o seu fim natural, como nos
têm lembrado os Papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco.
Passemos, pois à reflexão a que nos propusemos no início deste texto.
O nascituro é um ser vivo: Para iniciar este texto, é preciso dizer –
com os dicionários – que “vivo” é definido como “tendo vida” (Clowes,
Brian. Os fatos da vida. Brasília: Pró-Vida Família, 1999, p. 201).
Portanto, todo ser que tenha vida, obviamente, está vivo. Daí ser
preciso, embora não fosse necessário, definir o que se entende por vida e
dar provas de que o aborto direto é HOMICÍDIO, pois tira uma vida
inocente e indefesa.
A vida é “a soma de propriedades pelas quais um organismo cresce,
reproduz, e se adapta ao seu ambiente; a qualidade através da qual um
organismo difere de corpos inorgânicos ou organicamente mortos”.
Detalhando: Detalhemos cada afirmação contida na definição acima, a
fim de melhor entender a vida intrauterina valendo-nos de E.
Bettencourt, em seu Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 1994, p. 71.
A “soma de propriedades”: é um conjunto de ingredientes ou
características próprias de um ser, sem as quais ele não seria o que é
(seria outra coisa e não a vida).“Pelas quais um organismo cresce,
reproduz e se adapta ao seu ambiente”: o conjunto de ingredientes que
faz a vida ser vida (e não outra coisa) se demonstra em três ações
principais que são o crescer, o reproduzir-se e o adaptar-se. Vejamos
cada uma delas:
Crescer: todo ser vivo alimenta-se retendo o que lhe é útil e
rejeitando o que lhe é nocivo. Com o que é útil a um ser vivo, ele
cresce, desenvolve-se até se tornar um organismo completo,
característico de sua espécie: um vegetal, um animal irracional ou um
animal racional (ser humano).
Reproduzir: todo ser vivo, por uma série de atividades complexas, mas
organizadas entre si, elabora sementes capazes de se desenvolver em
indivíduos da mesma natureza.
Adaptar-se: todo ser vivo, ao ser provocado por algum estímulo externo, reage de maneira a defender e ajudar o seu organismo.
Essa defesa e ajuda se realizam por uma série de movimentos
(contrações, secreções, reflexos etc.), que são destinados a manter e a
aumentar o seu bem-estar, segundo leis da Física e da Química.
O vivente tem, portanto, uma imagem (Gestalt) interior que
assegura a sua centralização e a estruturação de suas atividades, o que
lhe proporciona a defesa contra inimigos internos e externos,
restaura-lhe as partes lesadas e restabelece as funções prejudicadas em
sua luta contínua pela sobrevivência.
Na matéria não viva isso não ocorre. Veremos mais detalhes em nosso
próximo artigo, se Deus quiser. Até lá. Rezemos continuamente pela vida e
contra a cultura da morte que ronda nossa sociedade.
Vanderlei de Lima, filósofo e escritor, é autor do livro O verdadeiro católico pode votar em partidos defensores do aborto? E-mail: toppaz1@gmail.com.
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