sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Os Patriarcas da Igreja viam a Igreja Católica como a Igreja de Pedro

06 nov 2013
 

Tímidos eles podem ser, um por um, mas pelo menos eles são muitos, e são provenientes muitas vezes de vários países e, assim, servem para ilustrar um ao outro, e formam um corpo coeso de prova.
S. Pedro e as Chaves do Reino de Deus
Assim, São Clemente, em nome da Igreja de Roma, escreve uma carta aos Coríntios, quando eles estavam sem um bispo, S. Inácio de Antioquia escreve para a Igreja Romana, e, só a ela dentre as Igrejas para as quais ele escreve, como: “a Igreja que tem o Primeiro Assento, no lugar do país dos romanos”, São Policarpo de Esmirna desloca-se até o Bispo de Roma sobre a questão da Páscoa, o herége Marcion, excomungado em Pontus, desloca-se à Roma;
Soter, Bispo de Roma, envia  esmola, segundo o costume da sua Igreja, para as Igrejas por todo o império, e, nas palavras de Eusébio, “carinhosamente exorta aqueles que vieram  à Roma, como um pai aos seus filhos”, o montanistas da Frígia vieram à Roma para ganhar o rosto de seu bispo; Praxeas, da África, tenta o mesmo, e por um tempo é bem-sucedido; São Vítor, bispo de Roma, ameaça excomungar as Igrejas da Ásia; Santo Irineu fala de Roma como “a maior Igreja, a mais antiga, a mais notável, e fundada e estabelecida por Pedro e Paulo”, apela à sua tradição, não ao contrário de fato, mas de preferência ao de outras Igrejas, e declara que “nesta Igreja, cada Igreja, isto é, os fiéis de todos os lados devem congregar-se” ou “em comum acordo, principalitatem potiorem propter.”
“O Igreja, feliz em sua posição”, diz Tertuliano, “em que os Apóstolos derramaram, juntamente com o seu sangue, sua doutrina inteira.” Os presbíteros de São Dionísio, Bispo de Alexandria, queixam-se da sua doutrina a São Dionísio de Roma, este último expostulou com ele, e ele mesmo explica:
O imperador Aureliano deixa “para os bispos da Itália e de Roma” a decisão, ou não, se Paulo de Samósata será desalojado da casa Sé em Antioquia; São Cipriano fala de Roma como “a Sé de Pedro e a Igreja Principal, onde a unidade do sacerdócio, teve a sua origem, cuja fé tem sido elogiada pelos Apóstolos, e à quem falta a fé não pode ter acesso.” 
Santo Estevão se recusa a receber delegação de São Cipriano, e separa-se de várias Igrejas do Oriente; Fortunato e Felix, depostos por São Cipriano, tiveram de recorrer à Roma, Basilides, deposto em Espanha, desloca-se à Roma, e ganha ouvidos de Santo Estêvão.
Quaisquer acusações que possam ser feitas a este ou aquele fato em particular, e eu não acho que qualquer valor válido possa ser levantado, ainda, no seu conjunto, considero um argumento cumulativo [...] que os escritores dos séculos quarto e quinto afirmaram sem medo, ou francamente permitiram, que as prerrogativas dos romanos eram provenientes de tempos apostólicos, e por isso era a Sé de São Pedro.

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