31 dezembro, 2013
Madrid,
Espanha, (CNA) -. O jornal espanhol “La Razón” publicou um artigo sobre
a conversão ao movimento pró-vida de um ex-”campeão do aborto.” Stojan
Adasevic, que realizou 48,000 abortos, às vezes
chegando ao número de até 35 abortos por dia, é agora o mais importante
líder pró-vida na Sérvia, após 26 anos como o médico mais renomado do
aborto no país.
Segundo
Adasevic “Os manuais de medicina do regime Comunista diziam que o aborto
era apenas a remoção de uma mancha de tecido”, e “a chegada dos
aparelhos de ultra-som que permitiam a visão da vida fetal chegaram
apenas depois dos anos 80, mas mesmo depois eles se recusaram a mudar
aquela opinião histórica. Contudo, eu comecei a ter pesadelos”.
Ao descrever sua conversão histórica,o artigo relata o sonho de Adasevic:
“Sonhei
com um belo campo cheio de crianças e jovens que estavam brincando e
rindo, de 4 a 24 anos de idade, mas que fugiam de mim com medo. Foi
então quando um homem vestido com um hábito preto e branco começou a
olhar pra mim, em silêncio. Este sonho foi se repetindo a cada noite, ao
que eu acordava suando frio. Uma noite, eu perguntei ao homem de preto e
branco quem ele era. “Meu nome é Tomás de Aquino”.
Adasevic, educado em escolas comunistas, nunca tinha ouvido falar do santo e gênio Dominicano. “Eu não reconheci o nome”.
“Por que você não me pergunta quem são essas crianças?”, questionou o santo a Adasevic em seu sonho.
“Eles são aqueles que você matou com seus abortamentos”, São Tomás afirmou a ele.
“Então Adasevic acordou impressionado e decidiu não realizar abortos nunca mais”.
“Naquele
mesmo dia um primo veio até o hospital com sua namorada, grávida de 4
meses, que gostaria de realizar nela o seu nono aborto – um hábito bem
frequente nos países do bloco soviético. O médico concordou. Ao invés de
remover o feto pedaço por pedaço, ele decidiu desmontá-lo e removê-lo
como uma massa única. Contudo, no momento em que o feto foi totalmente destruído e retirado, seu coração pequeno ainda batia. Adasevic percebeu isso, e se deu conta de que tinha acabado de matar um ser humano”.
Após essa
experiência, Adasevic “disse ao hospital que ele deixaria de fazer
abortos. Nunca antes um médico na Iugoslávia comunista havia se recusado
a fazer abortos. Então eles cortaram seu salário pela metade, demitiram
sua filha de seu emprego, e impediram seu filho de ingressar na
universidade”.
Depois de
anos de pressão e sofrimento, e quase a ponto de voltar ao antigo hábito
de fazer abortos, ele teve um outro sonho com Santo Tomás.
“Você é um bom amigo, não desista”,
lhe disse o homem de preto e branco. Adasevic buscou se envolver com o
movimento pró-vida e por fim acabou conseguindo o feito de exibir na TV
da Iugoslávia o filme “O Grito Silencioso” do Dr. Bernard Nathanson,
duas vezes.
Adasevic já
contou a sua história em diversos jornais e revistas do leste europeu.
Ele voltou a fé ortodoxa, que viveu durante sua infância, voltou sua
atenção aos escritos de São Tomás de Aquino.
“Influenciado
por Aristóteles,e devido o pouco conhecimento científico da época,
Tomás chegou a acreditar que a vida humana começava quarenta dias após a
fertilização”, escreveu Adasevic em um artigo. O jornal La Razon
comentou que Adasevic “sugere que talvez o santo lhe apareceu em sonho
porque queria fazer as pazes para esse equívoco.” Hoje o médico sérvio
continua a lutar pela vida dos nascituros.
Fonte: O Camponês
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