Scarano já está em prisão domiciliar em processo por evasão de divisas. Entre os 3 presos nesta terça-feira está um padre afastado desde 2013.
O monsenhor Nunzio Scarano em Salerno em foto
sem data (Foto: Francesco Pecoraro/AP)
sem data (Foto: Francesco Pecoraro/AP)
O monsenhor Nunzio Scarano, um ex-contador de alto escalão no Vaticano
já julgado por evasão de divisas, foi também acusado de lavagem de
dinheiro nesta terça-feira (21), disseram autoridades policiais e seu
advogado.
Scarano se encontra em prisão domiciliar em Salerno, sua cidade natal
no sul da Itália, devido ao processo de evasão de divisas que começou em
3 de dezembro.
A nova acusação se refere à suposta lavagem de dinheiro por meio das
contas do clérigo no Banco do Vaticano, contou o advogado Silverio Sica à
Reuters.
Scarano está sendo julgado pela acusação de conspirar para enviar cerca
de 20 milhões de euros da Suíça para ricos amigos do ramo de estaleiros
em Salerno, próximo de Nápoles.
A polícia disse que Scarano e duas outras pessoas que receberam
mandados de prisão nesta terça-feira são suspeitos de lavagem de
dinheiro e falso testemunho. Sica disse que entre os presos está um
padre, amigo de Scarano, que foi afastado de seu emprego no Vaticano
desde o ano passado.
O comunicado da polícia diz que milhões de euros em "falsas doações"
feitas por empresas estrangeiras foram movimentadas por meio das contas
de Sacarano no Banco do Vaticano, formalmente conhecido como Instituto
para Obras de Religião (IOR).
Decisão anterior
Scarano está detido desde 28 de junho de 2013 suspeito de ter servido
de "laranja" para transferências suspeitas procedentes de Mônaco
efetuadas através do IOR, o banco do Vaticano. Ele também teve os bens
congelados.
Scarano, ex-chefe de contabilidade da APSA, agência que administra o
patrimônio do Vaticano, escondia "do beneficiário real das operações
(realizadas através de contas que ele controlava) e tentava impedir o
rastreamento dessas somas em dinheiro", segundo a polícia.
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