Uma
caravana do setor estudantil da TFP Americana (TFP Student Action),
está percorrendo o litoral leste dos EUA, numa campanha em defesa da
família, ameaçada por projeto de lei que visa a instituir o chamado “casamento” homossexual.
Os jovens estão distribuindo um folheto intitulado 10 razões pelas quais o “casamento” homossexual é prejudicial e deve ser combatido. Sendo o tema de atualidade também para nosso país, pareceu-nos oportuno apresentar aqui a tradução de seu texto.
10 razões pelas quais o “casamento” homossexual é prejudicial e deve ser combatido
Por TFP Student Action (Ação Estudantil TFP)
1. O “casamento” homossexual não é casamento
Chamar algo de casamento não faz disso um casamento. O casamento
sempre foi uma aliança entre um homem e uma mulher, ordenada por sua
natureza à procriação e educação dos filhos, assim como à unidade e
bem-estar dos cônjuges.
Os promotores do “casamento” homossexual propõem algo
completamente diferente. Eles propõem a união entre dois homens ou duas
mulheres. Isso nega as evidentes diferenças biológicas, fisiológicas e
psicológicas entre homens e mulheres, que encontram a sua
complementaridade no casamento. Nega também a finalidade primária
específica do casamento: a perpetuação da raça humana e a educação dos
filhos.
Duas coisas completamente diferentes não podem ser consideradas a mesma coisa.
2. O “casamento” homossexual viola a Lei Natural
Casamento não é apenas qualquer relacionamento entre seres humanos. É
uma relação enraizada na natureza humana e, portanto, regida pela lei
natural.
O preceito mais elementar da lei natural é que “o bem deve ser feito e
buscado e o mal deve ser evitado”. Pela razão natural, o homem pode
perceber o que é moralmente bom ou mau. Assim, ele pode conhecer o
objetivo ou finalidade de cada um de seus atos e como é moralmente
errado transformar os meios que o ajudam a realizar um ato em finalidade
do ato.
Qualquer situação que institucionalize a defraudação da finalidade
do ato sexual viola a lei natural e a norma objetiva da moralidade.
Estando enraizada na natureza humana, a lei natural é universal e
imutável. Ela se aplica da mesma forma a toda a raça humana. Ela manda e
proíbe de forma consistente, em todos os lugares e sempre. São Paulo,
na Epístola aos Romanos, ensina que a lei natural está inscrita no
coração de todo homem (Rom 2,14-15).
3. O “casamento” homossexual sempre nega à criança ou um pai ou uma mãe
O melhor para a criança é crescer sob a influência de seu pai natural
e sua mãe natural. Esta regra é confirmada pelas evidentes dificuldades
enfrentadas por muitas crianças órfãs ou criadas por só um dos
genitores, um parente, ou pais adotivos.
A lamentável situação dessas crianças será a norma para todos os
“filhos” de “casais” homossexuais. Esses “filhos” serão sempre privados
ou de sua mãe natural ou de seu pai natural. Serão criados,
necessariamente, por uma parte que não tem nenhuma relação de sangue com
eles. Vão ser sempre privados de um modelo paterno ou materno.
O chamado “casamento” homossexual ignora os interesses da criança.
4. O “casamento” homossexual valida e promove o estilo de vida homossexual
Em nome da “família”, o “casamento” homossexual serve para validar
não só as referidas uniões, mas todo o estilo de vida homossexual em
todas as suas variantes, bissexuais e transgêneros.
As leis civis são princípios que estruturam a vida do homem na
sociedade. Como tais, elas desempenham um papel muito importante, e por
vezes decisivo, que influenciam os padrões de pensamento e
comportamento. Elas configuram externamente a vida da sociedade, mas
também modificam profundamente a percepção de todos e a avaliação de
formas de comportamento.
O reconhecimento legal do “casamento” homossexual necessariamente
obscurece certos valores morais básicos, desvaloriza o casamento
tradicional e enfraquece a moralidade pública.
5. O “casamento” homossexual transforma um erro moral num Direito Civil
Os ativistas homossexuais afirmam que o “casamento” homossexual é uma
questão de direitos civis, semelhante à luta pela igualdade racial nos
anos 1960.
Isso é falso.
Primeiro de tudo, comportamento sexual e raça são realidades
essencialmente diferentes. Um homem e uma mulher querendo casar-se podem
ser diferentes em suas características: um pode ser preto, o outro
branco; um rico e o outro pobre; ou um alto e o outro baixo. Nenhuma
dessas diferenças são obstáculos insuperáveis para o casamento. Os dois
indivíduos são ainda um homem e uma mulher e, portanto, as exigências da
natureza são respeitadas.
O “casamento” homossexual se opõe à natureza. Duas pessoas do mesmo
sexo, independentemente da sua raça, riqueza, estatura, erudição ou
fama, nunca serão capazes de se casar por causa de uma insuperável
impossibilidade biológica.
Em segundo lugar, características raciais herdadas e imutáveis não
podem ser comparadas com comportamentos não-genéticos e mutáveis.
Simplesmente, não há analogia entre o casamento inter-racial de um homem
e uma mulher e o “casamento” entre duas pessoas do mesmo sexo.
6. O “casamento” homossexual não cria uma família, mas uma união naturalmente estéril
O casamento tradicional é geralmente tão fecundo, que aqueles que
querem frustrar o seu fim tem de fazer violência à natureza para impedir
o nascimento de crianças, usando a contracepção. Ele tende,
naturalmente, a criar famílias.
Pelo contrário, o “casamento” homossexual é intrinsecamente estéril.
Se os “cônjuges” querem ter um “filho”, eles devem contornar a natureza
por meios caros e artificiais ou empregar maternidade de substituição [“mães de aluguel”]. A tendência natural de tal união não é criar famílias.
Portanto, não podemos chamar de casamento a união de pessoas do mesmo sexo e dar-lhe os benefícios do casamento verdadeiro.
7. O “casamento” homossexual desvirtua a razão pela qual o Estado beneficia o casamento
Uma das principais razões pelas quais o Estado confere inúmeros
benefícios ao casamento é que, por sua própria natureza e desígnio, o
casamento proporciona as condições normais de uma atmosfera estável,
afetuosa, e moral, que é benéfica para a educação dos filhos, frutos do
mútuo afeto dos pais. Ele ajuda a perpetuar a nação e fortalecer a
sociedade, o que é um evidente interesse do Estado.
O “casamento” homossexual não fornece essas condições. Seu desígnio
principal, objetivamente falando, é a gratificação pessoal de duas
pessoas, cuja união é estéril por natureza. Não tem direito, portanto, à
proteção que o Estado concede ao casamento verdadeiro.
8. O “casamento” homossexual impõe a sua aceitação por toda a sociedade
Ao legalizar o “casamento” homossexual, o Estado se torna o seu
promotor oficial e ativo. O Estado exige que os servidores públicos
celebrem a nova cerimônia civil, ordena as escolas públicas a ensinarem
sua aceitação pelas crianças, e pune qualquer funcionário que manifeste
sua desaprovação.
Na esfera privada, pais contrariados vão ver seus filhos expostos
mais do que nunca a esta nova “moralidade”; as empresas que oferecem
serviços de casamento serão obrigadas a fornecê-los a uniões de pessoas
do mesmo sexo; e proprietários de imóveis terão de concordar em aceitar
“casais” homossexuais como inquilinos.
Em todas as situações em que o casamento afete a sociedade, o Estado
vai esperar que os cristãos e todas as pessoas de boa vontade traiam
suas consciências, coonestando, por silêncio ou ação, um ataque à ordem
natural e à moral cristã.
9. O “casamento” homossexual é a vanguarda da revolução sexual
Na década de 1960, a sociedade foi pressionada para aceitar todos os
tipos de relações sexuais imorais entre homens e mulheres. Hoje estamos
presenciando uma nova revolução sexual, na qual a sociedade está sendo
convidada a aceitar a sodomia e o “casamento” homossexual.
Se o “casamento” homossexual for universalmente aceito como a etapa
presente da “liberdade” sexual, que argumentos lógicos podem ser usados
para parar as próximas etapas, do incesto, pedofilia, bestialidade e
outras formas de comportamento antinatural? Com efeito, os elementos
radicais de certas subculturas de vanguarda já estão defendendo essas
aberrações.
A insistência na imposição do “casamento” homossexual ao povo
norte-americano torna cada vez mais claro que o ativista homossexual
Paul Varnell escreveu no “Chicago Free Press”:
“O movimento gay, quer o admitamos ou não, não é um movimento de
direitos civis, nem mesmo um movimento de libertação sexual, mas uma
revolução moral destinada a mudar a visão das pessoas sobre a
homossexualidade.”
10. O “casamento” homossexual ofende a Deus
Esta é a razão mais importante. Sempre que se viola a ordem moral
natural estabelecida por Deus, comete-se um pecado e se ofende a Deus. O
“casamento” homossexual faz exatamente isso. Assim, quem professa amar a
Deus deve opor-se a ele.
O casamento não é criação de nenhum Estado. Pelo contrário, ele foi
estabelecido por Deus no paraíso para os nossos primeiros pais, Adão e
Eva. Como lemos no Livro do Gênesis: “Deus criou o homem à sua imagem;
criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou:
Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”
(Gen 1, 27-28).
O mesmo foi ensinado por Nosso Senhor Jesus Cristo: “No princípio da
criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe
e se unirá à sua mulher” (Mc 10, 6-7).
O Gênesis também ensina como Deus puniu Sodoma e Gomorra, por causa
do pecado da homossexualidade: “O Senhor fez então cair sobre Sodoma e
Gomorra uma chuva de enxofre e de fogo, vinda do Senhor, do céu. E
destruiu essas cidades e toda a planície, assim como todos os habitantes
das cidades e a vegetação do solo” (Gen 19, 24-25).
Uma posição de princípios, não pessoal
Ao escrever esta declaração, não temos qualquer intenção de difamar
ou menosprezar ninguém. Não somos movidos pelo ódio pessoal contra
nenhum indivíduo. Ao nos opormos intelectualmente a indivíduos ou
organizações que promovem a agenda homossexual, nosso único objetivo é
defender o casamento tradicional, a família, e os preciosos restos da
civilização cristã.
Como católicos praticantes, estamos cheios de compaixão e rezamos por
aqueles que lutam contra a tentação implacável e violenta do pecado
homossexual. Rezamos por aqueles que caem no pecado homossexual por
causa da fraqueza humana: que Deus os ajude com Sua graça.
Estamos conscientes da enorme diferença entre essas pessoas que lutam
com suas fraquezas e se esforçam por superá-las, e outros que
transformam seus pecados em motivo de orgulho e tentam impor seu estilo
de vida à sociedade como um todo, em flagrante oposição à moralidade
cristã tradicional e à lei natural. No entanto, rezamos por eles também.
Rezamos também pelos juízes, legisladores e funcionários do governo
que, de uma forma ou de outra, tomam medidas que favorecem a
homossexualidade e o “casamento” homossexual. Não julgamos suas
intenções, disposições interiores, ou motivações pessoais.
Rejeitamos e condenamos qualquer forma de violência. Simplesmente
exercitamos a nossa liberdade de filhos de Deus (Rom 8:21) e nossos
direitos constitucionais à liberdade de expressão e à manifestação
pública, de forma aberta, sem desculpas ou vergonha da nossa fé
católica. Nos opomos a argumentos com argumentos. Aos argumentos a favor
da homossexualidade e do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo,
respondemos com argumentos baseados na reta razão, na lei natural e na
Divina Revelação.
Em uma declaração polêmica como esta, é possível que uma ou outra
formulação possa parecer excessiva ou irônica. Essa não é a nossa
intenção.
Original inglês:
10 Reasons Why Homosexual “Marriage” is Harmful and Must be Opposed
Disponível em
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