Presidente chega a Roma nesta sexta e reúne-se com pontífice à noite. Na segunda-feira, participará da cúpula Brasil-União Europeia, na Bélgica.
Dilma recepciona o Papa Francisco na chegada do
pontífice ao Rio de Janeiro em julho do ano passado
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
pontífice ao Rio de Janeiro em julho do ano passado
(Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff
terá nesta sexta-feira (21) um encontro reservado com o Papa Francisco,
no Vaticano. Dilma tem chegada prevista a Roma às 11h30 (horário local;
7h30, no horário de Brasília).
Além do encontro com a Papa, às 19h30 (15h30 no Brasil), a presidente
participará, no sábado, da cerimônia que oficializará o arcebispo do Rio
de Janeiro, Dom Orani Tempesta, como cardeal.
O diplomata Carlos Antônio Paranhos, subsecretário do Ministério de
Relações Exteriores, afirmou que a viagem representará uma
"intensificação do diálogo" entre o Papa Francisco e Dilma.
"O Papa constitui hoje, no plano internacional, uma voz cada vez mais
atuante na promoção dos temas caros ao Brasil, como a inclusão social, o
combate à pobreza e a luta contra discriminação", justificou.
Ela destacou também a importância de Dom Orani Tempesta e de a
presidente prestigiá-lo no consistório, cerimônia na qual os cardeais
são oficializados. Paranhos lembrou que Tempesta foi um dos grandes
articuladores da Jornada Mundial da Juventude, em julho de 2013, no Rio
de Janeiro, primeiro grande evento do Papa Francisco.
O consistório está marcado para sábado (20), às 11h. Os cardeais
receberão os cumprimentos na parte da tarde. No domingo (23), o Papa
Francisco celebrará uma missa na Basílica de São Pedro, da qual Dilma
também participa.
Encontro bilateral
Antes de se reunir com o papa, Dilma tem um encontro marcado com o presidente italiano Giorgio Napolitano.
O subsecretário do Ministério das Relações Exteriores refutou qualquer
possibilidade de a presidente falar sobre a extradição do brasileiro
Henrique Pizzolato, condenado pelo mensalão, que fugiu pela Itália e
está preso na Itália. "O processo, digamos assim, de solicitação de
extradição tem suas vias próprias", explicou Paranhos.
No encontro, os dois chefes de Estado irão conversar sobre os recentes
anúncios de investimentos de empresas italianas no Brasil, entre as
quais TIM e Fiat e a companhia de energia Enel e sobre a ampliação do
apoio bilateral entre pequenas e médias empresas. Discutirão ainda
parcerias nas áreas de energia, defesa e espacial.
Dilma também tratará do aumento do número de bolsistas do programa
Ciência Sem Fronteiras na Itália. O Brasil já enviou 2,2 mil estudantes
para o país, o que mais recebeu alunos de graduação desde 2013.
União Europeia
De Roma, no domingo (23), a presidente segue para Bruxelas, onde na
segunda-feira (24) participa da VII Cúpula Brasil-União Europeia. Ela
terá um encontro reservado com o presidente do Conselho Europeu, Herman
Van Rompuy, e depois outro com o presidente da Comissão Europeia, Durão
Barroso.
A cúpula vai avaliar os avanços da relação entre o Brasil e o bloco.
Será examinado o projeto de ligação entre o Brasil e União Europeia com
cabos de fibra ótica, com benefício paras as área de educação, comércio,
pesquisa, inovação e para a segurança da internet.
Dilma aproveitará para abordar o tema da governança na internet, e
convidar os países a participarem do seminário que o Brasil organizará
em abril sobre o tema, reunindo chefes de Estado, empresas e
representantes da sociedade civil.
Faz parte da programação um almoço oferecido pela alta cúpula europeia e
uma participação na cerimônia de encerramento da VII Cúpula Econômica
Brasil-União Europeia, organizada pela confederações nacionais da
Indústria (CNI) e da Agricultura (CNA) e entidades análogas europeias.
Além disso, está previsto um encontro com o primeiro-ministro belga
Elio Di Rupo e, se houver espaço na agenda, um encontro com o Rei
Felipe, da Bélgica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário