[domtotal]
É preciso sair da planície do comodismo para buscarmos o ideal de vida apresentado por Jesus.
Por Dom José Alberto Moura*
A curiosidade de subir uma montanha leva a quem está na planície a conjecturar sobre a visão mais ampla de uma região, com a visão lá de cima. Mas, quando a subida, além disso, for para conhecer um grande tesouro lá existente, enche a pessoa de entusiasmo, ainda mais com a possibilidade de ela adquirir uma grande fortuna.
Jesus levou três discípulos para ir até o monte Tabor. Mas eles não sabiam da visão que teriam. O Mestre mostrou-lhes seu esplendor divino, muito mais valioso do que qualquer riqueza material (Cf. Mateus 17,19). Perceberam que seguir a pessoa do Filho de Deus é o valor maior da vida. Ele tem o poder de introduzi-los no seu Reino. A missão, porém, da caminhada terrena deverá acontecer, como verdadeiro trampolim, para se acertar o direcionamento para o Reino definitivo. Primeiro passa-se da doação de si, como o Mestre, até do holocausto na cruz, para depois se ter a ressurreição, mostrando o poder divino que permeia a missão humana quando é seguidora dos passos de Jesus.
Do alto da montanha, deu-se o diálogo entre Moisés, Elias e Jesus, seguido do diálogo entre os discípulos e o Senhor. O primeiro diálogo indicou o projeto de Deus que foi sendo preparado através do povo judeu, com os patriarcas e profetas. Depois da vinda do Filho e da realização da salvação humana feita por Ele, deverá acontecer a implantação da salvação através dos discípulos, com a missão de levar a todos a libertação das escravidões materiais, sociais, morais e espirituais. Mas, primeiro o Salvador deverá concluir a missão pela qual veio a nós. Ele pediu aos discípulos que não falassem a ninguém o que aconteceu na revelação da montanha até a consumação de sua missão na terra: “Não conteis a ninguém essa visão até que o Filho do homem tenha ressuscitado dos mortos” (Mateus 17, 9). Depois é que eles compreenderiam o sentido desse fato. O Espírito Santo os ajudará a implantar os valores da pessoa e dos ensinamentos do Divino Mestre.
Do alto da montanha da fé, podemos ter a visão da pessoa e da missão de Jesus a nós todos. Quanta coisa precisa ser modificada em nossa caminhada terrestre! Deus fez este mundo para todos. Um grupo bem minoritário tem a metade da riqueza na terra. A exploração de inescrupulosos em relação aos mais frágeis é um absurdo. O trafico de pessoas é desumano. A barbárie das escravidões acontece. Crianças são maltratadas, sofrem agressões sexuais e são usadas para terem órgãos transplantados em alguns lugares. Mulheres são agredidas. Negros são discriminados. Pobres são excluídos de vida digna. O consumismo faz muitos serem desenfreados na busca do ter sempre mais e se desumanizam. A visão do Mestre deve ser recuperada. A Quaresma nos faz meditar, orar e converter-nos para termos a vida nova do Ressuscitado!
É preciso sair da planície de nosso comodismo e egoísmo para buscarmos o ideal de vida apresentado pelo Filho de Deus no alto da montanha do amor!
A curiosidade de subir uma montanha leva a quem está na planície a conjecturar sobre a visão mais ampla de uma região, com a visão lá de cima. Mas, quando a subida, além disso, for para conhecer um grande tesouro lá existente, enche a pessoa de entusiasmo, ainda mais com a possibilidade de ela adquirir uma grande fortuna.
Jesus levou três discípulos para ir até o monte Tabor. Mas eles não sabiam da visão que teriam. O Mestre mostrou-lhes seu esplendor divino, muito mais valioso do que qualquer riqueza material (Cf. Mateus 17,19). Perceberam que seguir a pessoa do Filho de Deus é o valor maior da vida. Ele tem o poder de introduzi-los no seu Reino. A missão, porém, da caminhada terrena deverá acontecer, como verdadeiro trampolim, para se acertar o direcionamento para o Reino definitivo. Primeiro passa-se da doação de si, como o Mestre, até do holocausto na cruz, para depois se ter a ressurreição, mostrando o poder divino que permeia a missão humana quando é seguidora dos passos de Jesus.
Do alto da montanha, deu-se o diálogo entre Moisés, Elias e Jesus, seguido do diálogo entre os discípulos e o Senhor. O primeiro diálogo indicou o projeto de Deus que foi sendo preparado através do povo judeu, com os patriarcas e profetas. Depois da vinda do Filho e da realização da salvação humana feita por Ele, deverá acontecer a implantação da salvação através dos discípulos, com a missão de levar a todos a libertação das escravidões materiais, sociais, morais e espirituais. Mas, primeiro o Salvador deverá concluir a missão pela qual veio a nós. Ele pediu aos discípulos que não falassem a ninguém o que aconteceu na revelação da montanha até a consumação de sua missão na terra: “Não conteis a ninguém essa visão até que o Filho do homem tenha ressuscitado dos mortos” (Mateus 17, 9). Depois é que eles compreenderiam o sentido desse fato. O Espírito Santo os ajudará a implantar os valores da pessoa e dos ensinamentos do Divino Mestre.
Do alto da montanha da fé, podemos ter a visão da pessoa e da missão de Jesus a nós todos. Quanta coisa precisa ser modificada em nossa caminhada terrestre! Deus fez este mundo para todos. Um grupo bem minoritário tem a metade da riqueza na terra. A exploração de inescrupulosos em relação aos mais frágeis é um absurdo. O trafico de pessoas é desumano. A barbárie das escravidões acontece. Crianças são maltratadas, sofrem agressões sexuais e são usadas para terem órgãos transplantados em alguns lugares. Mulheres são agredidas. Negros são discriminados. Pobres são excluídos de vida digna. O consumismo faz muitos serem desenfreados na busca do ter sempre mais e se desumanizam. A visão do Mestre deve ser recuperada. A Quaresma nos faz meditar, orar e converter-nos para termos a vida nova do Ressuscitado!
É preciso sair da planície de nosso comodismo e egoísmo para buscarmos o ideal de vida apresentado pelo Filho de Deus no alto da montanha do amor!
CNBB, 11-03-2014.
*Dom José Alberto Moura é arcebispo de Montes Claros (MG).
Nenhum comentário:
Postar um comentário