Aos fiéis reunidos na praça de São
Pedro para a audiência geral o Papa propôs a imagem do coração que se
narcotiza por causa da «dependência de comportamentos não cristãos».
E a Quaresma é precisamente um tempo
forte, disse, para viver como ocasião para «sair dos hábitos cansados e
da dependência preguiçosa do mal».
Dois convites que, segundo o Papa, os cristãos devem aceitar. O primeiro
é tomar consciência das «maravilhas do Senhor» e oferecer
consequentemente o próprio compromisso pessoal de conversão. O segundo
parece mais exigente: viver até ao fim o próprio baptismo. O que
significa para o Pontífice não se habituar às situações de degradação e
de miséria que encontramos ao caminhar pelas ruas das nossas cidades e
aldeias. «Existe o risco – advertiu – de aceitar passivamente certos
comportamentos e de não se admirar diante de tristes realidades que nos
circundam. Habituamo-nos à violência, como se fosse uma comum notícia
diária; habituamo-nos a irmãos e irmãs que dormem na rua, que não têm um
tecto para se abrigar. Habituamo-nos aos prófugos em busca de liberdade
e dignidade, que não são acolhidos como se deveria». Disto nasce a
exigência da conversão dos corações.
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