ihu - Quando os telefonemas privados do Papa saem do “âmbito das relações pessoais pastorais do Papa Francisco,
e, sobretudo, sua divulgação midiática”, convertem-se em “fonte de mal
entendidos e confusão”. Não se pode deduzir nenhuma consequência sobre
os ensinamentos da Igreja.
A precisão foi feita na manhã desta quinta-feira pelo padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, com uma nota que, evidentemente, se refere ao telefonema de Francisco a uma mulher argentina casada com um homem divorciado, à qual a Igreja local negou a comunhão.
A reportagem é de Andrea Tornielli e publicada no sítio Vatican Insider, 24-04-2014. A tradução é de André Langer.
As palavras de Lombardi
chegaram depois que a notícia deu voltas ao mundo e foi interpretada
por alguns como uma mudança nas posturas da Igreja católica em relação
aos Sacramentos às pessoas divorciadas recasadas: “No âmbito das
relações pessoais pastorais do Papa Francisco houve diversos telefonemas. Como não se trata da atividade pública do Papa – precisou Lombardi – não se deve esperar informações ou comentários por parte da Oficina de Imprensa”.
“As notícias
divulgadas sobre essa matéria (já que estão fora do âmbito próprio das
relações pessoais) e sua divulgação midiática – concluiu o jesuíta – não
têm, portanto, confirmação alguma de confiabilidade e são fonte de mal
entendidos e confusão. Portanto, é preciso evitar deduzir desta
circunstância consequências relativas ao ensinamento da Igreja”.
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“Não poderia ter autorizado a comunhão a uma divorciada”. Padre desafia o Papa
ihu - O padre da Igreja de San Lorenzo, José Ceschi, disse nesta quinta-feira que o Papa Francisco não poderia ter autorizado uma mulher divorciada de Santa Fé
a receber a comunhão, como ela e seu esposo disseram ao receber um
telefonema do pontífice argentino. “Se qualquer padre decide dar a
absolvição nestes casos, é como dar um cheque e não ter saldo na conta. O
Papa nunca vai fazer isso”, garantiu.
A reportagem é publicada por InfoNews, 24-04-2014. A tradução é de André Langer.
Além disso, sustentou: “Acredito que Francisco deu o
telefonema, porque ele surpreende as pessoas, mas a outra coisa, não, é
tudo invenção, ou seja, interpretou mal, é absurdo, é contra as
normas”.
O padre expressou sua alegria pelo fato de que “o Papa tenha telefonado para alguém de San Lorenzo. O Papa surpreende com estes telefonemas e as pessoas não podem acreditar, me alegra”.
Na quarta-feira, Julio Sabetta disse, nas redes sociais e em declarações aos jornalistas, que sua esposa recebeu um telefonema do Papa,
autorizando-a a receber a comunhão. O homem explicou que o telefonema
aconteceu em decorrência de uma carta que sua esposa escreveu ao
pontífice em setembro do ano passado.
Sabetta disse que “a mãe de um amigo incentivou-a a
escrever, porque minha mulher se divorciou antes de se casar comigo no
civil e não podia comungar. Queria saber como agir, porque sentia que
entrava em contradição com a Igreja se comungasse”.
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