Francisco pediu o fim dos conflitos espalhados pelo mundo
Benção "Urbi et Orbi" foi acompanhada por cerca de 150 mil pessoas no Vaticano (foto: EPA)
20 Abril, 2014•CIDADE DO VATICANO•ZLR
(ANSA) - Realizada pelo Papa duas vezes por ano, na Páscoa e no
Natal, a tradicional benção "Urbi et Orbi" ("À cidade de Roma e ao
mundo") é um momento no qual o Pontífice aproveita para comentar os
principais temas e conflitos da atualidade. E na mensagem pronunciada
neste domingo (20) não poderia ter sido diferente. Dirigindo-se a 150
mil fiéis, segundo estimativas da sala de imprensa da Santa Sé,
Francisco pediu o fim das crises na Ucrânia, Venezuela, Síria e
Palestina, e falou sobre outros assuntos que têm sido bastante caros a
ele, como pobreza, fome e imigração.
Dando mais força às palavras do Papa, o pronunciamento ocorreu
no mesmo dia em que quatro pessoas foram mortas em um tiroteio entre
pró-russos e nacionalistas perto da cidade de Slaviansk, no leste
ucraniano. "Que sejam iluminadas e inspiradas iniciativas de pacificação
na Ucrânia, para que todas as partes interessadas, apoiadas pela
comunidade internacional, empreendam todo o esforço necessário para
impedir a violência e construir, em um espírito de unidade e diálogo, o
futuro do país", disse o Pontífice.
Francisco também pediu "audácia" nas negociações de paz entre
rebeldes e o governo da Síria, algo que parece cada vez mais difícil de
ser alcançado. "Jesus glorioso, faça acabar todas as guerras e as
hostilidades, grandes ou pequenas, antigas ou recentes! Te suplicamos,
em particular, pela Síria, a amada Síria, para que os que sofrem as
consequências do conflito possam receber as ajudas humanitárias
necessárias e as partes envolvidas não usem mais a força para semear a
morte, sobretudo contra a população desamparada", afirmou.
O Papa ainda lembrou da situação de impasse entre Israel e Palestina e
dos conflitos esquecidos que atingem o Iraque, a República
Centro-Africana, o Sudão do Sul e a Nigéria, país que sofre com uma
perseguição sistemática contra cristãos promovida pelos fundamentalistas
islâmicos do Boko Haram. "Jesus glorioso, te pedimos para confortar as
vítimas da violência fratricida no Iraque e para apoiar as esperanças
suscitadas pela retomada das negociações entre israelenses e palestinos.
Te imploramos para que acabem os confrontos na República
Centro-Africana, os atentados terroristas em algumas aéreas da Nigéria e
a violência no Sudão do Sul", acrescentou.
Em relação à Venezuela, o Pontífice desejou que os ânimos se
voltem para a reconciliação e à "concórdia fraterna". As conversas entre
o governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição, iniciadas há
alguns dias, estão sendo acompanhadas de perto pelo núncio apostólico em
Caracas, Aldo Giordano. Antes da primeira reunião entre as duas partes,
o representante do Vaticano leu uma mensagem enviada por Francisco, na
qual ele escreveu que a violência "não conduz nunca à paz e ao
bem-estar".
Pobreza
Como tem sido bastante comum em seus discursos, o Papa voltou a
destacar o drama dos imigrantes, pessoas que, segundo ele, deixaram a
própria terra para ir a um lugar onde poderiam sonhar com um futuro
melhor, viver com dignidade e exercer livremente sua fé. Além disso,
pediu proteção aos indefesos, sobretudo a crianças, mulheres e idosos,
"que se tornam objetos de exploração e abandono".
"Derrote a praga da fome, agravada pelos conflitos e pelo imenso desperdício, dos quais muitas vezes somos cúmplices. Cure os irmãos afetados pela epidemia de ebola na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria, e aqueles atingidos por tantas outras doenças, que se difundem também por causa do descuido e da pobreza extrema", declarou o Pontífice. (ANSA) http://www.papafrancesconewsapp.com/por/
"Derrote a praga da fome, agravada pelos conflitos e pelo imenso desperdício, dos quais muitas vezes somos cúmplices. Cure os irmãos afetados pela epidemia de ebola na Guiné, em Serra Leoa e na Libéria, e aqueles atingidos por tantas outras doenças, que se difundem também por causa do descuido e da pobreza extrema", declarou o Pontífice. (ANSA) http://www.papafrancesconewsapp.com/por/
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