sábado, 3 de maio de 2014

Católicos ucranianos sob o fogo “ecuménico” da “nova-URSS”

2 de maio de 2014 

Kirill, Patriarca cismático de Moscou
Kirill, Patriarca cismático de Moscou

O Patriarcado de Moscou, que lidera a Igreja cismática russa, atacou duramente a Igreja greco-católica (“uniatas”) da Ucrânia.
O ponto de partida da ira é político: pelo fato de os católicos terem participado do movimento anticomunista que depôs o presidente Viktor Yanukovich, marionete da “nova URSS” de Putin.
Segundo o metropolita Hilarion, responsável pelas relações públicas do Patriarcado de Moscou, o arcebispo-mor de Kiev (líder da Igreja greco-católica), D. Sviatoslav Shevchuk, e seu predecessor, o Cardeal Lubomir Husar, “assumiram uma posição muito clara desde o início do conflito civil, que depois se transformou num conflito armado com derramamento de sangue”, noticiou a agência “AsiaNews”. 
O líder cismático não hesitou em imiscuir-se numa questão interna da Ucrânia e atacou os “uniatas” por apoiarem a integração europeia e, segundo ele, “até pediram aos países ocidentais uma intervenção mais ativa no caso da Ucrânia”.
Hilarion Alfeyev, metropolita de Volokolamsk,  chefe das Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou A seguir, o representante cismático russo descarregou sua cólera contra a Igreja greco-católica.  Ele a acusou de representar um grande obstáculo nas relações ecumênicas entre o Patriarcado de Moscou e a Santa Sé.   De fato, a acusação é verdadeira na perspectiva de um falso ecumenismo.  O cisma russo quer a apostasia dos “uniatas” e sua anexação ao Patriarcado de Moscou.  Mas como os católicos não aceitam esta imposição, eles são objeto de invectivas injustas e constantes, que já
Hilarion Alfeyev, metropolita de Volokolamsk, chefe das Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou

A seguir, o representante cismático russo descarregou sua cólera contra a Igreja greco-católica.
Ele a acusou de representar um grande obstáculo nas relações ecumênicas entre o Patriarcado de Moscou e a Santa Sé.
De fato, a acusação é verdadeira na perspectiva de um falso ecumenismo.
O cisma russo quer a apostasia dos “uniatas” e sua anexação ao Patriarcado de Moscou.
Mas como os católicos não aceitam esta imposição, eles são objeto de invectivas injustas e constantes, que já causaram inúmeros martírios em décadas não tão remotas.
“Os ortodoxos – continuou o arrogante representante cismático – sempre viram de modo extremamente negativo os uniatas, como um projeto especial da Igreja Católica, porque na realidade se vestem como ortodoxos, observam ritos ortodoxos, mas são católicos”.
De fato, a verdade é o oposto: as vestimentas eclesiásticas e os ritos litúrgicos cismáticos têm sua origem na Igreja Católica, sendo usados abusivamente pelos cismáticos “ortodoxos”.
Hilarion disse ter exigido do Vaticano “explicações” sobre as atividades dos “uniatas”, mas a única resposta que teria recebido foi de que “nós não os controlamos”.
Dom Sviatoslav Shevchuk, lider da Igreja Greco-Católica de Ucrânia
Dom Sviatoslav Shevchuk, lider da Igreja Greco-Católica de Ucrânia

O arcebispo-mor católico “uniata”, D. Shevchuk, esteve recentemente com o Papa Francisco, a quem denunciou entre outras coisas o desaparecimento de pessoas na Ucrânia, “raptadas e torturadas” pelas forças especiais do governo Yanukovych. Não foi dada a conhecer a reação do Sumo Pontífice.
O Ministério da Cultura ucraniano repeliu as acusações do Patriarcado de Moscou de “intolerância religiosa” e de supostas ameaças de confisco de paróquias ligadas ao dito patriarcado.
As acusações davam a Vladimir Putin mais pretextos para praticar novas provocações militares contra a Ucrânia.
O governo de Kiev também repeliu a invenção do Patriarcado de Moscou de que o país esteja em guerra civil, argumento que cairia como luva na mão para justificar mais atropelos da “nova URSS” de Putin.

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