A pornografia está baseada em uma ilusão. Para vencê-la, é necessário
rasgar a fantasia que a encobre e mostrar a realidade nua e crua.
Para isso, é de grande utilidade um texto contido nos famosos
Fioretti de São Francisco de Assis. Conta-se que Francisco, estando
entre pagãos muçulmanos,
“escolheu uma região e, quando chegou, entrou em um albergue para descansar. E aí havia uma mulher belíssima no corpo mas imunda na alma, e essa mulher maldita convidou São Francisco para o pecado. E São Francisco lhe disse: ‘Eu aceito, vamos para a cama’; e ela levava-o para o quarto. E São Francisco disse: ‘Vem comigo e te levarei a uma cama muito bonita’. E levou-a a um fogo muito grande que se fazia naquela casa. Com fervor de espírito despiu-se até ficar nu e se lançou ao lado do fogo, no espaço escaldante. E convidou-a a se despir e ir deitar com ele naquele leito macio e belo. E estando São Francisco aí por muito tempo e com o rosto alegre, sem se queimar e mesmo sem mesmo se chamuscar, a mulher, espantada por esse milagre e compungida em seu coração, não só se arrependeu do pecado e da má intenção, mas até se converteu perfeitamente à fé de Cristo, tornando-se tão santa que, por ela, muitas almas se salvaram naquelas regiões.” [1]
À parte a historicidade desse episódio, há uma lição muito importante
por trás dela. A “alegria” que tanto a mulher da história de São
Francisco quanto as pessoas que participam de uma produção pornográfica
possuem, na verdade, não passa de aparência. O demônio, que é o “pai da
mentira” [2], propõe, com a pornografia, uma felicidade enganosa. Como
em uma pescaria, em que a isca parece saborosa, mas esconde um anzol
pronto para fisgar o peixe, a pornografia parece atrativa, mas, dentro
dela, há um “anzol” para ferir, matar a vida da alma e precipitá-la no
fogo do inferno.
De fato, as pessoas que pecam na pornografia deveriam ser
representadas em um leito em chamas. Porque, com aquele pecado, elas
estão lançando no fogo do inferno a si mesmas e àqueles que lhe
assistem.
Alguém pode objetar que Deus, por ser amor, não vai condenar ninguém
ao inferno só por causa de uma relação sexual. Mas, é necessário lembrar
que o contrário do amor não é necessariamente o ódio. Quando uma pessoa
usa a si própria e a alguém para buscar um prazer, não está amando de
verdade; está, ao contrário, profanando o seu corpo, que é “templo do
Espírito Santo” [3].
É preciso que rezemos pelas pessoas que se entregam a esta vileza e
maldade chamada pornografia. E, todas as vezes em que o demônio nos
sugerir alguma imaginação pornográfica, é importante pensar nas chamas
infernais nas quais se deitam aqueles que cometem esse tipo de pecado.
Nesta situação, recorramos imediatamente ao anjo da guarda, a Nossa
Senhora e a São José, para que não caiamos em tentação e precipitemos a
nossa própria alma na perdição eterna.
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