terça-feira, 27 de maio de 2014

Em quem se pode confiar?


[deusconosco]
dcon-palavra-pura

Os seres humanos decepcionam, então ficamos cautelosos. Fica difícil de confiar nas pessoas. Os políticos não são os únicos que deixam de cumprir as promessas. Amigos, colegas e membros da família também nos desapontam. 
Precisamos de doses grandes do perdão para estes últimos e, às vezes, o confronto sobre sua perfídia, para dar-lhes oportunidade de mudar.
Olhando para o próprio interior, descobrimos que nós mesmos também já fizemos promessas que não podíamos cumprir ou que decidimos ignorar.
Por isso, a seguinte verdade sobre Deus e sua palavra nos oferecem esperança:
Cada palavra de Deus é comprovadamente pura; ele é um escudo para quem nele se refugia.
(Provérbios 30.5 NVI)
Esta sabedoria do rei Agur aparece numa seção perto do fim do livro de Provérbios. Os versos 1-9 declaram que “devemos reconhecer nossa incapacidade de entender os caminhos de Deus antes de podermos aceitar a revelação de Deus” (CBC).
Não conseguimos entender Deus por conta própria. Mas ele nos informa quem é e o que está fazendo. “Palavra” neste verso é um termo usado somente aqui em Provérbios e refere-se à palavra escrita de Deus. A resposta à nossa busca, vv. 1-4, se encontra nas Escrituras sagradas. 
Porque a auto-revelação de Deus é definitiva e nenhum homem pode complementá-la, e porque ninguém pode melhorá-la pela especulação, não se pode acrescentar nada a ela. Então, Agur se apressa para dizer:
Nada acrescente às palavras dele, do contrário, ele o repreenderá e mostrará que você é mentiroso.
O raciocíno humano escurece o “conhecimento do Santo” v. 3. A sabedoria também consiste em saber o que não se sabe.
Por trás do conceito da pureza da palavra de Deus é uma figura de linguagem que se refere ao antigo processo de fundição para retirar impurezas. A figura não sugere que a palavra de Deus continha impurezas que deviam ser retiradas. Pelo contrário, indica a pureza ou perfeição da sua palavra, a qual é por isso totalmente confiável.
Tanto que Agur utiliza outra metáfora para o Deus que fala e revela. Ele é um escudo — proteção, segurança — para os que o buscam para refúgio. Aos que sabem que não há lugar para dúvidas, v. 5b, ou melhorias, v. 6, a palavra de Deus conduz para além das palavras até Aquele que as falou, em segurança íntima (Kidner). 
CBCConcise Bible commentary, D.S. Dockery, ed. geral. Holman, 2010. KidnerProvérbios: introdução e comentário, de Derek Kidner. Série cultura bíblica. Mundo Cristão/Vida Cristã, 1980.

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