Cardeal Lorenzo Baldisseri (Foto Daniel Ibáñez / ACI Prensa) |
26 Jun 14
Vaticano, (ACI/Europa Press).-
O
Vaticano anunciou que promoverá uma "pastoral de misericórdia" para
aqueles casais que estão em situações de irregularidade canônica, como
os que convivem, os divorciados, os desquitados, os divorciados que
voltaram a casar pelo civil, as mães solteiras ou casais do mesmo sexo e
o cuidado a ser dado aos eventuais filhos adotivos. O conteúdo do
anúncio foi feito pelo cardeal Lorenzo Baldisseri durante a apresentação
do Instrumento de trabalho que será usado pelos bispos de todo o mundo durante Sínodo sobre os desafios pastorais para a Família, que se celebra entre os dias 5 e 19 de outubro.
O Instrumento de trabalho, que será estudado durante o Sínodo pelos
prelados e demais participantes, constitui um diagnóstico da preocupação
pelas situações familiares, fruto das respostas enviadas ao Vaticano
por episcopados, congregações e movimentos de todo o mundo.
Deste modo, o secretário geral do Sínodo dos bispos, Cardeal Lorenzo
Baldisseri, assinalou que serão consideradas de maneira particular as
situações pastorais difíceis que se referem, entre outras, às situações
de "convivência e uniões de fato, casais desquitados e divorciados (que
casaram pela Igreja)
e voltaram a casar", aqueles que se encontram em condições de
"irregularidade canônica" ou que pedem casar-se pela Igreja "sem ser
crentes ou praticantes".
Sobre os casais que se uniram em matrimônio religioso e após o divórcio estão impedidos de casar pela Igreja ou aceder aos sacramentos,
o Secretário do Sínodo e Ex-Núncio apostólico no Brasil reconheceu que
estes "vivem com sofrimento sua situação de irregularidade na Igreja" e
afirmou que a Igreja "sente-se interpelada a encontrar soluções
compatíveis com sua doutrina, que guiem uma vida serena e reconciliada".
Assim, manifestou a "relevância" de "de simplificar e agilizar os processos judiciais de nulidade matrimonial".
Sobre os que se casam "sem fé explícita", reclamou "maior atenção da
pastoral eclesiástica" e uma "melhor qualidade" nos cursos de preparação
do matrimônio para que os esposos possam continuar sendo "recém casados
depois das bodas".
Cuidado dos filhos de casais do mesmo sexo.
Sobre os casais do mesmo sexo, o Cardeal Baldisseri distinguiu
contextos, segundo a legislação civil seja "mais ou menos favorável", e
insistiu na necessidade de um "cuidado pastoral das Igrejas
particulares", sobre tudo pensando em "questões relacionadas com os
eventuais filhos", referindo-se ao contexto das uniões civis de mesmo
sexo que em diversos países, em um número crescente, podem adotar
filhos.
"Urge permitir às pessoas feridas curar-se e reconciliar-se, encontrando de novo confiança e serenidade", acrescentou.
Por isso, promoveu a necessidade de uma pastoral capaz de oferecer a
"misericórdia que Deus concede a todos sem medida", e evidenciou que a
Igreja deve "propor e não impor", "acompanhar e não empurrar" e
"convidar e não expulsar".
Do mesmo modo, o Cardeal Baldisseri reconheceu que "a convivência e as
uniões de fato" estão em crescente difusão e atribuiu o fato a "diversas
razões sociais, econômicas e culturais".
"A Igreja sente o dever de acompanhar estes casais na confiança de poder
sustentar uma responsabilidade como é a do matrimônio", disse.
Por sua parte, o relator Geral da III Assembléia Geral Extraordinária do
Sínodo de Bispos e Arcebispo de Budapest, Hungria, Cardeal Peter Erdo,
comentou que o documento de trabalho oferece "uma panorâmica da situação
da pastoral da família", a partir da perspectiva do nível da
consciência, que proporcional ao conhecimento, "dos ensinamentos de
Cristo e da Igreja sobre o matrimônio" e do nível relativo "ao
comportamento real das pessoas", onde se apresentam as "situações
críticas".
O Cardeal Erdo expressou que muitas das respostas evidenciam que as
pessoas, em geral, "casam-se cada vez se casa menos, também de maneira
civil". "Tal fenômeno se insere no contexto do individualismo e do
subjetivismo prático", acrescentou.
Sobre o tema dos divorciados que voltaram a casar, o Cardeal Erdo
manifestou que em algumas partes do mundo se fala de "um sofrimento
causado por não receber os sacramentos" e que a pergunta "o que pedem os
divorciados à Igreja?" em outras partes do mundo a resposta mais
frequente é que "não pedem nada, ou porque ignoram que não podem
participar dos sacramentos ou se mostraram indiferentes tanto antes como
depois do matrimônio civil, inválido desde o ponto de vista
eclesiástico".
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jbpsverdade: Eu tenho certeza que muitos bispos, sacerdotes e diáconos da Igreja, não vêem com bons olhos o sínodo que acontecerá entre 5 e 19 de outubro, até porque vai tratar de família e inclusive a "família" homossexual, ora, o homossexualismo é abominável para Deus e fica claro que aqueles que o praticam tornam-se abomináveis. O que dizer então de quem é a favor? Confesso que estou apreensivo com toda esta situação. Vejamos novamente uma parte desta matéria:
Sobre os casais do mesmo sexo, o Cardeal Baldisseri distinguiu
contextos, segundo a legislação civil seja "mais ou menos favorável", e
insistiu na necessidade de um "cuidado pastoral das Igrejas
particulares", sobre tudo pensando em "questões relacionadas com os
eventuais filhos", referindo-se ao contexto das uniões civis de mesmo
sexo que em diversos países, em um número crescente, podem adotar
filhos.
"Urge permitir às pessoas feridas curar-se e reconciliar-se, encontrando de novo confiança e serenidade", acrescentou.
Por isso, promoveu a necessidade de uma pastoral capaz de oferecer a
"misericórdia que Deus concede a todos sem medida", e evidenciou que a
Igreja deve "propor e não impor", "acompanhar e não empurrar" e
"convidar e não expulsar".
Confesso também que não estou entendendo onde a Igreja de Cristo, ou melhor, alguns da Igreja querem chegar.
Me recordo agora de uma passagem bíblica do Evangelho de Cristo escrito por São Mateus... Quem é, pois, o servo fiel e prudente
que o Senhor constituiu sobre os de sua família, para dar-lhes o
alimento no momento oportuno? Bem-aventurado aquele servo a quem seu senhor, na sua volta, encontrar procedendo assim! Em verdade vos digo: ele o estabelecerá sobre todos os seus bens. Mas, se é um mau servo que imagina consigo: - Meu senhor tarda a vir, e se põe a bater em seus companheiros e a comer e a beber com os ébrios, o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e na hora em que ele não sabe, e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.
(Mt 24, 45-51)
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