[domtotal]
Direito não foi conseguido por batalha jurídica, mas por medida administrativa.
Há 17 anos, Mailton é companheiro de Wilson Alvez
Albuquerque, de 42 anos. Eles já são pais de Maria Tereza, de 2 anos,
filha biológica de Wilson. Quando a menina nasceu, viraram notícia por
outro “pioneirismo”: foram o primeiro casal homoafetivo a conseguir a
dupla paternidade reconhecida legalmente. Assim como Maria Tereza, Teo
terá dois pais em seu registro de nascimento.
A nova conquista veio mais fácil do que Mailton imaginava. Ele, que é
servidor público da Prefeitura de Recife, pensava que precisaria
enfrentar uma longa batalha judicial para atingir seu objetivo. No
entanto, não houve essa necessidade: a licença veio por vias
administrativas. No parecer da procuradoria jurídica que a cedeu, consta
que “não seria justificável” o casal “receber tratamento distinto do
concedido a casais heterossexuais”, já que "com a evolução da sociedade
brasileira, não há mais restrições de direitos em razão de sexo ou
orientação sexual".
"Quando Maria Tereza nasceu, eu era autônomo. Então, consegui
flexibilizar os horários. Eu e Wilson nos alternávamos nos cuidados com a
criança. Mas depois fiz concurso e virei funcionário público. Sou
enfermeiro do Samu, onde dou plantões de até 12 horas. Não teria como me
dedicar ao recém-nascido", relatou Mailton.
O caçula Teo nasceu da “barriga solidária” de uma amiga do casal. Já a irmã mais velha, Maria Tereza, foi gerada em laboratório, a partir do congelamento de embriões. Mailton e Wilson contaram com a ajuda de uma prima, que permanece anônima até hoje. Em ambos os casos, os procedimentos ocorreram com o aval do Conselho Federal de Medicina.
"A gente se preparou para o segundo filho com a mesma dedicação de Maria Tereza. Até nos mudamos para um apartamento maior. Sempre acreditamos que o amor é a base de tudo", conta Mailton. "O que a gente realmente deseja não é nem que a sociedade aceite, porque a divergência é salutar. O que queremos é que apenas respeite situações como a nossa", desabafa.
O caçula Teo nasceu da “barriga solidária” de uma amiga do casal. Já a irmã mais velha, Maria Tereza, foi gerada em laboratório, a partir do congelamento de embriões. Mailton e Wilson contaram com a ajuda de uma prima, que permanece anônima até hoje. Em ambos os casos, os procedimentos ocorreram com o aval do Conselho Federal de Medicina.
"A gente se preparou para o segundo filho com a mesma dedicação de Maria Tereza. Até nos mudamos para um apartamento maior. Sempre acreditamos que o amor é a base de tudo", conta Mailton. "O que a gente realmente deseja não é nem que a sociedade aceite, porque a divergência é salutar. O que queremos é que apenas respeite situações como a nossa", desabafa.
Fonte: Última Instância
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