terça-feira, 17 de junho de 2014

Homilética: Corpus Christi


Comentário do Pe. Antonio Rivero, L.C. sobre a liturgia.

 
São Paulo, (Zenit.org)
Por Pe. Antonio Rivero, L.C.

Ciclo A

Textos: Dt 8, 2-3.14-16; 1 Co 10, 16-17; Jo 6, 51-59

Idéia principal: Cristo é o Pão vivo com sabor de vida eterna.
Resumo da mensagem: O homem, durante o seu peregrinar na terra, é um ser radical e espiritualmente faminto (primeira leitura). E Deus na Eucaristia veio para satisfazer essa fome interior humana (evangelho). Ao comer a Eucaristia, não só alimentamos a nossa alma, mas também formamos um só corpo com Cristo (segunda leitura).

Pontos da idéia principal:

Em primeiro lugar, temos muitos quilômetros para percorrer nesta terra até chegar à eternidade. Temos que levar suficientes provisões na nossa mochila, senão desfalecemos irremediavelmente no caminho. Se existe algo que não deve faltar é o Pão da Eucaristia, sem o qual não teríamos forças para avançar e cantar, e morreríamos de fome. Durante a nossa travessia somos seduzidos por tantos restaurantes que vemos na esquerda e na direita, tentando-nos e oferecendo-nos um cardápio suculento que satisfaz o nosso ventre e os nossos sentidos.
Em segundo lugar, Deus, sabendo da nossa fome radical, nos prepara um banquete para a nossa alma com o Corpo e o Sangue do seu Filho. Este Pão é remédio da imortalidade, como diz são Inácio de Antioquia, isto é, o Pão que nos garante a ressurreição, inclusive do nosso corpo. Mas também este Pão neste dia de Corpus Christi é pão no só para ser comido no banquete da missa, mas também para ser contemplado e adorado. Por isso, passeamos pelas ruas dos povoados e das cidades, assentado na custódia, esse Pão consagrado que é Cristo. Podemos vê-lo, contemplá-lo e adorá-lo com gozo. É a presença de Cristo oferecida para alento nas nossas tristezas, e para que também nós nos convertamos em pão fresco para os nossos irmãos; pão que se parte; pão que se reparte e se comparte; e assim os nossos irmãos tenham vida e ninguém morra de fome.
Finalmente, na seqüência, que foi composta por santo Tomás de Aquino, cantamos hoje: Este Pão “comem Dele bons e maus, com proveito diferente; para uns é vida; para outros, morte”. Para comer este Pão com dignidade e respeito, a nossa alma tem que estar limpa, o nosso coração bem decente. Não podemos jogar este Pão dos anjos aos cachorros das nossas paixões. É para os filhos que se aproximam do banquete com o traje de gala da graça e da amizade com Deus. Para Santo Agostinho de Hipona, a Eucaristia tem como finalidade ultima a união dos cristãos com Cristo e entre si. É o que são Paulo na segunda leitura de hoje nos diz: “formamos um só corpo, porque todos comemos do mesmo pão”. A Eucaristia é o meio privilegiado para edificar a Igreja. Por isso podemos dizer com santo Agostinho que a Eucaristia é “sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade”.
Para refletir: Tenho fome do Pão de vida eterna, ou tenho o estômago cheio de manjares mundanos? Noto que a Eucaristia me transforma em Jesus, e me faz pensar, sentir e amar como Cristo? Comungo em estado de amizade com o Senhor? Procuro tempo para contemplar e adorar a Cristo Eucaristia na Igreja uma vez por semana?
Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:

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