Comentário do Pe. Antonio Rivero, L.C. sobre a liturgia.
São Paulo,
(Zenit.org)
Por
Pe. Antonio Rivero, L.C.
Ciclo A
Textos: Dt 8, 2-3.14-16; 1 Co 10, 16-17; Jo 6, 51-59
Idéia principal: Cristo é o Pão vivo com sabor de vida eterna.
Resumo da mensagem: O homem, durante o seu
peregrinar na terra, é um ser radical e espiritualmente faminto
(primeira leitura). E Deus na Eucaristia veio para satisfazer essa fome
interior humana (evangelho). Ao comer a Eucaristia, não só alimentamos a
nossa alma, mas também formamos um só corpo com Cristo (segunda
leitura).
Pontos da idéia principal:
Em primeiro lugar, temos muitos quilômetros
para percorrer nesta terra até chegar à eternidade. Temos que levar
suficientes provisões na nossa mochila, senão desfalecemos
irremediavelmente no caminho. Se existe algo que não deve faltar é o Pão
da Eucaristia, sem o qual não teríamos forças para avançar e cantar, e
morreríamos de fome. Durante a nossa travessia somos seduzidos por
tantos restaurantes que vemos na esquerda e na direita, tentando-nos e
oferecendo-nos um cardápio suculento que satisfaz o nosso ventre e os
nossos sentidos.
Em segundo lugar, Deus, sabendo da nossa
fome radical, nos prepara um banquete para a nossa alma com o Corpo e o
Sangue do seu Filho. Este Pão é remédio da imortalidade, como diz são
Inácio de Antioquia, isto é, o Pão que nos garante a ressurreição,
inclusive do nosso corpo. Mas também este Pão neste dia de Corpus
Christi é pão no só para ser comido no banquete da missa, mas também
para ser contemplado e adorado. Por isso, passeamos pelas ruas dos
povoados e das cidades, assentado na custódia, esse Pão consagrado que é
Cristo. Podemos vê-lo, contemplá-lo e adorá-lo com gozo. É a presença
de Cristo oferecida para alento nas nossas tristezas, e para que também
nós nos convertamos em pão fresco para os nossos irmãos; pão que se
parte; pão que se reparte e se comparte; e assim os nossos irmãos tenham
vida e ninguém morra de fome.
Finalmente, na seqüência, que foi composta por santo Tomás de Aquino, cantamos hoje: Este Pão “comem Dele bons e maus, com proveito diferente; para uns é vida; para outros, morte”.
Para comer este Pão com dignidade e respeito, a nossa alma tem que
estar limpa, o nosso coração bem decente. Não podemos jogar este Pão dos
anjos aos cachorros das nossas paixões. É para os filhos que se
aproximam do banquete com o traje de gala da graça e da amizade com
Deus. Para Santo Agostinho de Hipona, a Eucaristia tem como finalidade
ultima a união dos cristãos com Cristo e entre si. É o que são Paulo na
segunda leitura de hoje nos diz: “formamos um só corpo, porque todos comemos do mesmo pão”. A Eucaristia é o meio privilegiado para edificar a Igreja. Por isso podemos dizer com santo Agostinho que a Eucaristia é “sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade”.
Para refletir: Tenho fome do Pão de vida eterna, ou
tenho o estômago cheio de manjares mundanos? Noto que a Eucaristia me
transforma em Jesus, e me faz pensar, sentir e amar como Cristo? Comungo
em estado de amizade com o Senhor? Procuro tempo para contemplar e
adorar a Cristo Eucaristia na Igreja uma vez por semana?
Qualquer sugestão ou dúvida podem se comunicar com o padre Antonio neste e-mail:
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