Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus, situado no bairro do Brás, na zona leste de SP
O novo Plano Diretor de São Paulo não vai beneficiar apenas ocupações promovidas por sem-teto.
O texto em debate na Câmara Municipal regulariza de pequenas a grandes
igrejas evangélicas, entre elas o Templo de Salomão, erguido pela Igreja
Universal do Reino de Deus no Brás, bairro da região central da cidade.
O projeto altera a classificação do lote onde foi construído o templo,
previsto para ser inaugurado no dia 31 de julho, com presença da
presidente Dilma Rousseff (PT).
Atualmente, a área é considerada
uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis) do tipo 3, que indica a
existência de terrenos subutilizados ou abandonados, mas em locais com
boa infraestrutura urbana, ou seja, apropriados para receber moradias
populares.
Com 74 mil metros quadrados de área construída e dez mil lugares, o
templo está em situação irregular segundo as normas do atual Plano
Diretor, que continua vigente até que o novo seja aprovado pelos
vereadores.
De acordo com o relator do projeto, vereador Nabil
Bonduki (PT), a mudança foi feita no texto porque a Prefeitura já havia
permitido a construção da obra no local.
"A Comissão de
Habitação da Prefeitura desclassificou essa Zeis e aprovou uma reforma
no imóvel, que acabou gerando o Templo do Salomão. Não teria sentido
mantê-la como Zeis no plano, se, obviamente, não se vai mais construir
habitação social ali. Seria enganar as pessoas. O que deve ser
investigado agora é por que foi aprovada a reforma no imóvel antigo que
tinha ali e que acabou gerando o Templo de Salomão", disse o petista.
De acordo com Bonduki, a autorização foi dada em 2011, ainda na gestão
do prefeito Gilberto Kassab (PSD). Com a mudança incluída no texto final
do novo Plano Diretor, apenas o quarteirão onde está a igreja deixará
de ser considerado Zeis.
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