12 julho 2014
A seleção italiana não se deu nada bem no jogo de ontem e teve que
voltar para casa, mas em compensação os pesquisadores italianos do Hospital Pediátrico Bambino Gesù (Menino
Jesus) marcaram um golaço: eles desenvolveram uma técnica de
manipulação de células-tronco adultas que possibilita o transplante de
medula óssea em pacientes que não tiveram a sorte de encontrar um doador
compatível! E assim trouxeram esperança para crianças afetadas pela
leucemia e outras doenças do sangue.
Há quatro anos, o Vaticano anunciava que investiria milhões em pesquisas com células-tronco adultas,
e hoje os frutos estão sendo colhidos pela equipe do seu hospital
infantil. O procedimento inovador foi testado em 23 crianças com doenças
do sangue raras e fatais, e 90% delas obtiveram a cura, que tem grandes probabilidades de ser definitiva (é preciso a observação ao longo dos anos)!
Nos casos de leucemia aguda, a técnica foi testada em mais de 70 pacientes do Bambino Gesù, com taxas de sucesso de 80%.
Isso significa que essas pessoas têm agora a mesma chance de sobreviver
do que aquelas que possuem um doador perfeitamente compatível.
Antes dessa descoberta, o doador de medula era, em geral, um irmão
imunogeneticamente compatível com o paciente; porém, essa
compatibilidade ocorre em apenas 25% dos casos. Outra opção é o banco de
doadores voluntários de Medula Óssea. Ainda assim, quatro em cada dez
pacientes não conseguem encontrar um doador compatível com a urgência
necessária, e muitos morrem durante a busca.
A revolução trazida pelo hospital do Vaticano é que sua técnica
possibilita que as células-tronco sejam retiradas da medula do pai ou da
mãe do paciente; as células obtidas são manipuladas para servirem de
modo eficaz à terapia. As crianças de toda a parte poderão ser
beneficiadas, especialmente as que vivem em países mais pobres: segundo
Giuseppe Profiti, diretor geral do Bambino Gesù, a tecnologia necessária é de baixo custo, o que a torna facilmente replicável em todo o mundo (Fonte: Radio Vaticana). Uhúuuul!
Os resultados foram publicados no site da revista científica “Blood”,
sendo noticiados também por importantes jornais italianos, como o La Reppublica. Enquanto isso, no Brasil… nada de novo sob o sol: o fato está sendo ignorado pela grande mídia.
Esse é um marco no tratamento de muitas doenças graves e fatais do sangue, uma conquista científica fantástica que foi alcançada de modo ÉTICO.
A Igreja, ao longo da última década, tomou paulada de todos os lados
por se opor ao uso de células-tronco embrionárias – que envolvem a
destruição de embriões humanos –, que muitos cientistas juravam de pés
juntos serem as mais promissoras (e até hoje só ficou na promessa).
Chuuuupa comunidade científica internacional!
Até o momento, os resultados obtidos com as terapias que utilizam
células-tronco embrionárias se mostraram desastrosos ou nulos. É
lamentável a atitude de pessoas que, por exemplo, vão à China buscar
terapias com células-tronco de fetos abortados (veja aqui). Como alguém pode pensar que será feliz obtendo saúde usando o corpo de um bebê assassinado?
Agora, convido todos os meus irmãos católicos a tomarem uma porção de
sua bebida favorita (a minha é café) nessa linda caneca da imagem ao
lado. Saúde!
Fonte: O Catequista
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