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Livro a ser lançado no Brasil mostra intrigas de setores conservadores da Igreja contra reformas do Pontífice.
por Renato Grandelle
RIO - No intenso início de seu pontificado, Francisco levou a Igreja a
fazer voto de pobreza e prometeu reformar a Cúria e o Banco do
Vaticano. Sua ascensão é amparada por alta popularidade, mas alvo de
‘tramas’ e intrigas de setores conservadores arraigados ao poder. Amiga
do Papa, a jornalista argentina Elisabetta Piqué narra esses bastidores
no livro “Papa Francisco — Vida e Revolução”, que a editora LeYa lança
este mês no Brasil.Depois de entrar pela primeira vez na Capela Sistina
com o hábito branco papal, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio,
que viria a ser Francisco, quebra o protocolo. Em vez de se dirigir à
sacada para cumprimentar o povo, caminha até um canto para cumprimentar
um cardeal doente. No caminho, tropeça em um degrau, pois as vestes são
grandes demais para ele. Esta é uma das passagens que Elisabetta
descreve com riqueza de detalhes. Mas não é, de longe, uma tônica das
dificuldades — bem mais sérias — que ele enfrentou neste ano e meio à
frente da Santa Sé.
Seu pedido por uma Igreja pobre chocou não poucos cardeais, que temem reformas na Cúria e no quase secreto Banco do Vaticano. Da simples Casa de Santa Marta, onde vive (e não no Palácio Apostólico, como quase todos os seus antecessores), assinou mudanças no Código Penal e pregou contra a pedofilia no Vaticano. Não é só: Francisco fez declarações que denotam uma inédita abertura aos gays.
Seu pedido por uma Igreja pobre chocou não poucos cardeais, que temem reformas na Cúria e no quase secreto Banco do Vaticano. Da simples Casa de Santa Marta, onde vive (e não no Palácio Apostólico, como quase todos os seus antecessores), assinou mudanças no Código Penal e pregou contra a pedofilia no Vaticano. Não é só: Francisco fez declarações que denotam uma inédita abertura aos gays.
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