08 Set. 14
Roma, (ACI).-
A
violência que durante 50 dias feriu a população da Faixa de Gaza,
devido aos bombardeios israelenses e os enfrentamentos com o Hamas,
deixando não só um alto saldo de mortos, como também cerca de 400.000
crianças e adolescentes com necessidade de ajuda psicológica, denunciou a
Cáritas Jerusalém.
“Os meninos e meninas representam a parte da população que mais sofre as
consequências do conflito armado. A maioria experimenta a separação de
suas famílias e desenvolve uma visão pessimista da vida”, revelaram fontes desta instituição caritativa da Igreja.
Segundo a informação circulada neste 4 de setembro pela agência vaticana
Fides, a Cáritas Jerusalém assinalou que a ajuda psicológica a estes
menores representa um de seus principais campos de ação, dentro dos
trabalhos que realiza a favor da população da Gaza.
Para isso, desde o dia 22 de agosto a equipe psicológica trabalha –junto
a numerosos voluntários-, nos diversos distritos e edifícios onde se
encontram os refugiados. Do mesmo modo, organizaram atividades que
possam ajudar aos meninos e meninas a soltar –de maneira não
destrutiva-, a ira e o sentido de opressão acumulados durante o
conflito.
Por sua parte, a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA)
informou que nenhum dos 241.000 alunos que assistem a suas escolas
poderá começar o ano de estudos a tempo devido à destruição pelo
conflito, que também ocasionou a morte de 2.100 pessoas, das quais 500
eram menores de idade.
Outra consequência foi a destruição de 18.000 moradias, deixando sem lar
mais de 108.000 pessoas, assinalou o Escritório da ONU para a
Coordenação de Assuntos Humanitários.
Além disso, muitas áreas de Gaza carecem de eletricidade durante 18
horas diárias e só 10 por cento da população recebe água diariamente.

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