sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Os desafios do catolicismo no Congo

À margem da visita ad limina ao Papa, o presidente da Conferência Episcopal, Dom Nicolas Djomo Lola, reafirma o compromisso da igreja local para restabelecer a paz no país.


Roma, (Zenit.org)
Por Redacao

Evangelização, paz e família são as três prioridades dos Bispos congoleses, recebidos esta manhã em visita ad Limina Apostolorum pelo Papa Francisco.
Entrevistado pela Rádio Vaticano, o presidente da Conferência Episcopal do Congo, Dom Nicolas Djomo Lola, falou sobre "a necessidade de evangelizar em profundidade, para consolidar e fortalecer a fé em Cristo dos nossos fiéis em um contexto em evolução marcado pela ofensiva das seitas, da extrema pobreza, e da falta de paz".
Neste contexto, a atenção dos bispos congoleses 'está centrada na família, porque acreditamos que a família continue a ser o caminho fundamental para lidar com todos esses grandes desafios que temos pela frente".
Monsenhor Djomo Lola reiterou o compromisso da sua conferência episcopal para que, seguindo os compromissos assumidos durante o último Sínodo para a África, "a paz possa enraizar-se nos corações das pessoas”, por meio da pastoral que é levada adiante em todas as dioceses do país.
A nível nacional e diocesano, os bispos congoleses, de fato, promoveram "diversas iniciativas, para que os princípios cristãos que receberam com o batismo possam dar frutos na sociedade, em particular na vida política".
Também está em processo de definição “um departamento de articulação permanente com os parlamentares de todas as orientações para contribuir na transformação das consciências das elites. Trata-se, na nossa opinião, - comentou Djomo Lola – de uma ferramenta importante para o estabelecimento de uma paz duradoura no nosso país".
Falando, porém, do Sínodo dos Bispos para a Família, a igreja congolesa pediu para as dioceses diocese "organizar várias atividades, celebrações, peregrinações, para aumentar a conscientização dos fieis sobre a importância da família cristã. Já tivemos a oportunidade de fazer reflexões que vamos apresentar na Assembleia sinodal", disse o presidente da Conferência Episcopal.
Monsenhor Djomo Lola focou na dramática situação que envolve grandes áreas do país, marcadas pela presença de grupos armados e rebeldes, recordando em particular o sequestro, que ocorreu no 19 de outubro de 2012, de três padres perto de Butembo. "Nesta região, - disse - muitos fiéis estão realmente em apuros e isso afeta toda a nossa Igreja que Sofre com a situação no oriente".
Para erradicar a instabilidade tanto política quanto econômica, os bispos congoleses, em colaboração com outras Conferências Episcopais da África, estão lutando "para que as empresas de mineração que exploram minas ilegais cumpram as regras, de modo a permitir que a população local se beneficie dos recursos naturais do País".
Referindo-se, finalmente, à situação financeira das dioceses do Congo, Dom Djomo Lola afirmou que as receitas ainda não cobrem todas as necessidades pastorais, mas há uma tomada de consciência por parte dos fiéis", muitos dos quais começaram a" cuidar dos seus sacerdotes” e "também a construir as suas igrejas".

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