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2014-11-24
Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV)
- Para Jesus, reinar não é comandar, sob "os moldes deste mundo", mas
“obedecer o Pai”, para que se cumpra o seu plano de amor e salvação.
Essa é a reflexão do Papa Francisco durante a solenidade de nosso Senhor
Jesus Cristo-Rei do Universo, durante esta manhã, na Praça São Pedro. A
Santa Missa era de canonização dos italianos Giovanni Antonio Farina,
Ludovico da Casoria, Nicola de Longobardi, Amato Ronconi e dos indianos
Kuriakose Elias Chavara daa Sagrada Família e Eufrasia Eluvathingal do
Sagrado Coração.
A salvação começa “da imitação das obras de misericórdia” mediante as
quais Cristo realizou o seu reino, de verdade e de vida, de santidade e
de graça, de justiça, de amor e de paz. Papa Francisco lembrou isso aos
cerca de 50 mil fiéis que, mesmo com o céu da Praça São Pedro ameaçando
chuva, acompanharam emocionados o rito de canonização dos seis Beatos,
unindo em um único panorama, as cores e a espiritualidade da Índia e da
Itália.
Hoje, a Igreja, disse o Papa, nos
coloca a frente de modelos de novos Santos que, “justamente através de
obras de uma generosa dedicação a Deus e aos irmãos, serviram, cada um
no seu próprio âmbito, o reino de Deus” e se transformaram em herdeiros.
“Cada um deles responde com uma criatividade extraordinária ao
mandamento do amor a Deus e ao próximo. Eles se dedicaram ao serviço dos
últimos, auxiliando indigentes, doentes, idosos, peregrinos. A afeição
deles para os pequenos e os pobres era o reflexo e a medida de amor
incondicional a Deus. Na verdade, procuraram e descobriram a caridade
em relação forte e pessoal com Deus, da qual se emana o verdadeiro amor
pelo próximo.”
Refletindo como Jesus tenha realizado o seu reino, o Papa,
referindo-se à Primeira Leitura do dia do Profeta Ezequiel sobre o amor
do Pastor em relação ao seu rebanho, explicou como Cristo seja realmente
“o grande Pastor das ovelhas e protetor de nossas almas".
“E muitos na Igreja somos
chamados a ser pastores, não podemos nos afastar desse modelo, se não
quisermos nos tornar mercenários. Em relação a isso, o povo de Deus
possui um faro infalível em reconhecer os bons pastores e distingui-los
dos mercenários.”
Após a Ressurreição, que marca “a sua vitória”, Jesus leva em frente o
seu reino preparado “desde a fundação do mundo”. É o Pai, acrescentou o
Papa Francisco, “que pouco a pouco submete tudo ao Filho e, ao mesmo
tempo, submete tudo ao Pai”.
“Jesus não é um rei nos moldes deste mundo: para Ele reinar não é
mandar, mas obedecer o Pai, entregar-se a Ele, para que se cumpra o seu
plano de amor e de salvação. Assim, existe plena reciprocidade entre o
Pai e o Filho. Portanto, o reino de Cristo é o longo período da
submissão de tudo ao Filho e da entrega de tudo ao Pai.”
O último inimigo a derrotar, prosseguiu Francisco, será a morte. E,
“quando tudo lhe estiver sujeito, então também o próprio Filho renderá
homenagem àquele que lhe sujeitou todas as coisas. A fim de que Deus
seja tudo em todos”. O Evangelho nos diz, afirmou o Papa, o que o reino
de Jesus pede a nós: “nos lembra que a proximidade e a ternura são a
regra de vida também para nós e por isto seremos julgados”.
“No final da vida seremos julgados pelo
amor, pela proximidade e ternura pelos irmãos. Disso dependerá a nossa
participação ou menos no reino de Deus, a nossa colocação em uma ou
outra parte. Jesus, com a sua vitória, nos abriu o seu reino, mas cabe a
cada um de nós entrar ali, já a partir desta vida, fazendo-nos
concretamente próximos ao irmão que pede pão, roupa, acolhida,
solidariedade. E se verdadeiramente amarmos esse irmão ou irmã, seremos
impelidos a partilhar com ele ou com ela aquilo que temos de mais
precioso, isto é, Jesus mesmo e o seu Evangelho!”
O desejo do Pontífice foi, então, “que os novos santos, com o seu
exemplo e a sua intercessão, façam crescer em nós a alegria de caminhar
na via do Evangelho, a decisão de assumi-lo como a bússola de nossa
vida”.
“Sigamos as suas pegadas,
imitando a sua fé e a sua caridade, para que também a nossa esperança se
revista de imortalidade. Não deixemo-nos distrair por outros interesses
terrenos e passageiros. E que nos guie no caminho em direção aos Céus a
Mãe, Maria, Rainha de todos os Santos.“
(AC-JE)

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