quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

SEGREDO DE FÁTIMA: MARAVILHA OU ENGANO?

[promariana]

Quem recebe o Segredo de Fátima com amor, reconhecendo-o profecia de um desígnio divino, segue a norma dada por Jesus para entender a Palavra de Deus sobre o Seu Reino: “recebe a verdade como criança” (Mt 18, 1-6; 10, 14; Mc 10, 14-15; Lc 18, 16-17).
Isto não exclui, porém, o cuidado da verificação racional, porque, criados à imagem e semelhança do Pai, com inteligência e vontade livres, é através delas que Deus quer nos salvar.
Voltemos então à questão e às críticas feitas ao Evento de Fátima com estes olhos, lembrando que Nossa Senhora queria a instrução de Lúcia.
De fato, quem se ocupa desta Aparição profética e de sua Mensagem, sabe que contra ele se desencadeiam todos os poderes do inferno.
Aqui vamos nos ocupar da credibilidade da vidente Lúcia, que sempre esteve sob pressão e teve que enfrentar objeções de clérigos argutos e justamente desconfiados da intromissão de enganos nos sinais divinos.
Desde há algum tempo se levanta a dúvida sobre a identidade da Irmã Lúcia, que viveu e morreu no Carmelo de Coimbra. Isto se justifica por causa de suas evidentes contradições, quando o que disse antes e depois não colimam sob a mesma fidelidade lógica e católica.
As objeções são dignas de toda atenção na medida mesma que tocam as razões de fé. Foi assim que, mesmo instruídos teólogos como o Cônego Formigão, formado na Gregoriana de Roma e outros, seguiram a regra de Nosso Senhor: da maravilha que não priva da atenção aos enganos.
Quem excluiu a primeira para limitar-se à segunda, descambou para o pensamento negativo, que é contra a mesma seriedade religiosa.
Um exemplo é do famigerado jesuíta Edouard Dhanis, que Joseph Ratzinger, justamente no que concerne a ‘análise teológica’ da Mensagem de Fátima, tentou exaltar. Quem o prelado nomeava eminente conhecedor da matéria, era autor da tese do que separou ‘Fátima 1 de Fátima2’ para negar toda credibilidade ao Segredo.
Assim, tivemos no ano 2000, o prefeito da fé, J. Ratzinger, que pretendeu interpretar a Profecia para o nosso tempo, seguindo quem a considerava uma fraude! Uma das tantas ridículas tentativas para arquivar o que nem sequer entendiam.
O fato é que tal atitude evidenciou que o Vaticano atual não consegue explicar o sentido da mensagem profética, a razão do seu longo sigilo e suas contradições, que não podem deixar de provocar a maior suspeita.
Com estas e outras, até a identidade da vidente Lúcia passou a ser suspeita. Vamos tratar, portanto, de dúvidas razoáveis, a serem bem apuradas, porque quem altera a mesma Fé, como o fizeram e fazem os inovadores conciliares, são os primeiros suspeitos das piores falcatruas.
Dia 13 de maio de1917 a Virgem Santíssima apareceu pela primeira vez em Fátima, onde confiaria à pastora Lúcia e primos uma mensagem em três partes para o nosso tempo. Duas foram conhecidas anos após.
A terceira deveria ser revelada em 1960, porque então seria mais clara.
João XXIII leu esse terceiro segredo, mas não permitiu sua divulgação apesar da febril espera do mundo. O motivo dessa decisão, à luz dos eventos que desde então se sucederam em ritmo frenético, tornou-se cada vez mais claro no plano posto em prática por esses eclesiásticos modernistas, responsáveis pelas maiores perseguições internas da Igreja em todos os tempos. Até que ponto a Irmã Lúcia foi vítima destas?
Ora, desde 1960 a degradação da Igreja e da humanidade aumentou vertiginosamente. Trabalham na demolição da Igreja infiltrados maçons de todo tipo, como revelam inúmeros documentos, mas sobretudo os fatos ruinosos que resultam da desastrosa reforma conciliar.
Como foi, porém, que a Vidente de Fátima, redatora da Mensagem profética de Nossa Senhora, depois da sua entrevista ao Padre Agostino Fuentes em dezembro de 1957 e a morte de Pio XII em 1958, não dava sinais de perceber a paixão que passou a viver a Igreja? Como se ela mesma relatara ao Padre mexicano, postulador da causa de beatificação dos primos Francisco e Jacinta, a Igreja na vigília da tremenda crise?
O mistério diz respeito à fraqueza humana quanto ao silêncio sobre a gravidade dos eventos religiosos, mas passa a ser falha espiritual se vai além; aceitando passivamente e até justificando os inovadores da Fé.
E João Paulo II foi um desviado além de Lutero, mas contou com a veneração indevida da Irmã. Assim, não só a sua identidade, mas a do «Segredo» passaram a ser suspeitas para muitos, e para outros menos lúcidos, demonstrava que a razão estava do lado de tais conciliares!
A Igreja obscurecida pela fumaça de Satã e suas infiltrações maçônicas, passou a ter sua vida condicionada pelas ações dos «papas conciliares», mas também devido à suposta indiferença da Irmã Lúcia. E muitos tradicionalistas entenderam que havia que ser fiéis aos inovadores!
Nas densas trevas do mundo descristianizado, em que as provações e perseguições internas da Igreja, prenunciadas nas Sagradas Escrituras, tornaram-se presentes e a humanidade abandonou-se à desordem mental e espiritual que reclama castigos, uma multidão seguia nada menos que a passiva «fidelidade» da Irmã Lúcia! Quos Deus vult perdere amentat.
Nos anos Oitenta a confusão já era completa, mas havia confiança que uma solução podia vir de Fátima, a partir de Portugal, onde «o dogma da Fé seria preservado». Fui entre os católicos que vieram a Fátima com esta esperança. Apesar da posição indefinida da Vidente de Fátima, queria entender como ela exprimia a fé e quem era realmente a Irmã Lúcia do misterioso silêncio.
Sr. Arai Daniele, nascido em um 13 de maio, Irmã Maria de Belém, filha de Dona Carolina, irmã mais velha da Irmã Lúcia e Ari, neto do Sr. Daniele também nascido em um 13 de maio.
Sr. Arai Daniele, nascido em um 13 de maio, Irmã Maria de Belém, filha de Dona Carolina, irmã mais velha da Irmã Lúcia e Ari, neto do Sr. Daniele também nascido em um 13 de maio.

Em diversos escritos já relatei meus contatos e experiências em Fátima, onde passei a viver parte do ano na casa que fora dos parentes de Lúcia.
Sua irmã mais velha, Carolina, morava bem perto e com freqüência a visitei. Cheguei a ler para ela, que era analfabeta, as memórias da Irmã, que visitava de vez em quando, assim como outros parentes, que freqüentei. Nenhum revelou suspeita sobre a identidade de Lúcia. Isto devo testemunhar. No entanto, não posso calar que para efeito do seu testemunho do Segredo que lhe foi confiado, é impossível não verificar que há duas posições da Irmã Lúcia. Também sobre isto já escrevi mais detalhadamente até em língua francesa.
Concluindo: se é possível constatar que há hoje duas Igrejas com o nome católico, tanto mais pode haver pessoas confundidas por duas atitudes diferentes em nome de uma falsa obediência.
A surpresa está apenas que isto tenha envolvido até quem viu Nossa Senhora e teve a promessa da Sua assistência. Surpresa relativa, porém, quando se pensa no poder de engano de um clérigo vestido de papa.
Todavia, este mesmo perigo é previsto nas Sagradas Escrituras, onde Jesus explica que a dimensão do engano dos falsos cristos é tal que até os eleitos se perderiam se tais tempos não forem abreviados.
São os enganos que indicam o tempo do Anticristo e de seus vigários.
Nisto há uma certeza: assim como é certo que devemos testemunhar a nossa Fé sem fazer acepção de pessoas e de cargos, devemos rezar para não ser confundidos e para que cada vez haja mais membros da Igreja, consagrados e leigos, que denunciem as falsas autoridades promotoras da igreja modernista e ecumenista da falsa paz que perde as almas.

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