24 Jan 15
BERLIM, (ACI).-
Os fiéis católicos da Alemanha expressaram sua profunda consternação
pelo decreto da Conferência Episcopal Alemã que priva dos sacramentos aqueles que não paguem o “imposto à Igreja”.
Este é o mal-estar que se desprende de uma reportagem realizada pela National Public Radio” (NPR), a cadeia pública de rádio dos Estados Unidos. Martina Nagher, jovem alemã que paga o imposto à Igreja, expressou sua inconformidade pela imposição. “Penso que isto é absolutamente inaceitável. Quem queira obter os sacramentos deveria poder fazê-lo, pague impostos ou não”, disse à NPR.
Graças ao imposto à Igreja, em 2013 a Conferência Episcopal Alemã arrecadou ao redor de 6,7 bilhões de dólares, e é considerada a Igreja mais pudente do mundo. Entretanto, os fiéis no país estão diminuindo dramaticamente, em uma média de cem mil por ano.
Em 2012, abandonaram a Igreja na Alemanha um total de 118,335 católicos.
Desde 2012, os bispos da Alemanha decretaram que quem não pagar o imposto eclesiástico não poderá aceder aos sacramentos da Confissão, Comunhão, Confirmação ou Unção dos Enfermos.
Para a Sylvia Poggioli, repórter da NPR, “os Bispos alemães têm uma mensagem clara para os 25 milhões de católicos do país: O caminho ao céu requer mais do que fé e boas intenções; requer o pagamento de impostos”.
Ao promulgar o decreto de 2012, o então presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Robert Zollitsch, justificou a medida assegurando que “na Alemanha, a Igreja é uma comunidade de fé que coexiste junto ao sistema legal. Os dois não podem ser separados”.
Outro fiel católico entrevistado pelo NPR, Sebastian Rus, embora tenha destacado que a Igreja Católica realiza um importante trabalho social no país e ao redor do mundo, assinalou que a proibição dos sacramentos para que não pago o imposto “não é boa”.
“Não é uma boa decisão dizer ‘se você não pagar seu imposto, não tem direito a um funeral cristão, um funeral católico”, lamentou.
Por sua parte, o perito em história da Igreja Carsten Frerk assinalou à NPR que a norma dos Bispos alemães “carece de sentido e não tem cabimento no código legal da Igreja”.
“Não pode sair da Igreja sob a lei da Igreja Católica, porque quando alguém é batizado, é católico por toda sua vida”.
O vaticanista Sandro Magister também criticou a medida, a que qualificou como “excomungar de facto” os que não pagam o imposto.
Por sua parte, em um artigo publicado em dezembro de 2014 no The Spectator, o analista católico Damian Thompson assinalou que a grande quantidade de dinheiro com a que conta a Conferência Episcopal Alemã, graças ao imposto que recebe dos fiéis, causou que os Bispos se sintam “com direito a ditar a prática pastoral” das dioceses que eles ajudam financeiramente em países em desenvolvimento.
A pressão dos Bispos alemães ficou particularmente em evidência ao pressionar a Igreja a aprovar a comunhão para divorciados em nova união.
Magister criticou os Bispos alemães em outubro de 2014, ao assinalar que estes são “notavelmente os mais misericordiosos em querer conceder a comunhão aos divorciados que voltaram a casar, mas ao mesmo tempo são os mais desumanos na hora da excomunhão de facto para os que rejeitam contribuir com o óbolo à Igreja que em seu país é obrigatório por lei”.
Este é o mal-estar que se desprende de uma reportagem realizada pela National Public Radio” (NPR), a cadeia pública de rádio dos Estados Unidos. Martina Nagher, jovem alemã que paga o imposto à Igreja, expressou sua inconformidade pela imposição. “Penso que isto é absolutamente inaceitável. Quem queira obter os sacramentos deveria poder fazê-lo, pague impostos ou não”, disse à NPR.
Graças ao imposto à Igreja, em 2013 a Conferência Episcopal Alemã arrecadou ao redor de 6,7 bilhões de dólares, e é considerada a Igreja mais pudente do mundo. Entretanto, os fiéis no país estão diminuindo dramaticamente, em uma média de cem mil por ano.
Em 2012, abandonaram a Igreja na Alemanha um total de 118,335 católicos.
Desde 2012, os bispos da Alemanha decretaram que quem não pagar o imposto eclesiástico não poderá aceder aos sacramentos da Confissão, Comunhão, Confirmação ou Unção dos Enfermos.
Para a Sylvia Poggioli, repórter da NPR, “os Bispos alemães têm uma mensagem clara para os 25 milhões de católicos do país: O caminho ao céu requer mais do que fé e boas intenções; requer o pagamento de impostos”.
Ao promulgar o decreto de 2012, o então presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Robert Zollitsch, justificou a medida assegurando que “na Alemanha, a Igreja é uma comunidade de fé que coexiste junto ao sistema legal. Os dois não podem ser separados”.
Outro fiel católico entrevistado pelo NPR, Sebastian Rus, embora tenha destacado que a Igreja Católica realiza um importante trabalho social no país e ao redor do mundo, assinalou que a proibição dos sacramentos para que não pago o imposto “não é boa”.
“Não é uma boa decisão dizer ‘se você não pagar seu imposto, não tem direito a um funeral cristão, um funeral católico”, lamentou.
Por sua parte, o perito em história da Igreja Carsten Frerk assinalou à NPR que a norma dos Bispos alemães “carece de sentido e não tem cabimento no código legal da Igreja”.
“Não pode sair da Igreja sob a lei da Igreja Católica, porque quando alguém é batizado, é católico por toda sua vida”.
O vaticanista Sandro Magister também criticou a medida, a que qualificou como “excomungar de facto” os que não pagam o imposto.
Por sua parte, em um artigo publicado em dezembro de 2014 no The Spectator, o analista católico Damian Thompson assinalou que a grande quantidade de dinheiro com a que conta a Conferência Episcopal Alemã, graças ao imposto que recebe dos fiéis, causou que os Bispos se sintam “com direito a ditar a prática pastoral” das dioceses que eles ajudam financeiramente em países em desenvolvimento.
A pressão dos Bispos alemães ficou particularmente em evidência ao pressionar a Igreja a aprovar a comunhão para divorciados em nova união.
Magister criticou os Bispos alemães em outubro de 2014, ao assinalar que estes são “notavelmente os mais misericordiosos em querer conceder a comunhão aos divorciados que voltaram a casar, mas ao mesmo tempo são os mais desumanos na hora da excomunhão de facto para os que rejeitam contribuir com o óbolo à Igreja que em seu país é obrigatório por lei”.
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