05 Jan 15
Lorena, (ACI).-
Neste
artigo, Professor Felipe Aquino, que é escritor e apresentador de
programas católicos de Rádio e TV, explica que o conhecimento mútuo e a
maturidade são essenciais para que um casal possa assumir diante de Deus
e da Igreja um compromisso que é para toda a vida. Confira a íntegra do texto:
A Igreja no Brasil fixa as idades mínimas para alguém receber o
Sacramento do matrimônio: 18 anos para o homem e 16 anos para a mulher.
Antes disso, só com autorização expressa do Bispo diocesano. Se a Igreja
fixa essa idade mínima, então, ela está dizendo que não se deve casar
antes, falta maturidade. A Igreja também não fixa a idade máxima para se
casar.
Mas, qual deve ser o tempo ideal do namoro?
Isso é muito relativo e depende de muitos fatores que se referem à vida
dos namorados. Penso que um namoro normalmente deve durar cerca de três a
quatro anos antes do casamento, mas isso não é algo rígido; depende da
situação pessoal de cada um, dos estudos, da situação financeira, da
maturidade do casal, do seu bom entendimento, das dúvidas que possam
ter, etc. O casal deve se casar logo que chegar à conclusão que
encontraram-se mutuamente como a “pessoa adequada” para cada um, além de
já terem meios financeiros para construírem um novo lar.
O momento certo do noivado é aquele em que os dois estão maduros e
prontos para assumir o matrimônio e uma nova família. Ao celebrar o
noivado, os noivos já devem marcar a data do casamento; penso que sem
isso o noivado não deve acontecer. Cada um tem um tempo mesmo, mas
reflitam sobre as inconveniências de se adiar cada vez mais o casamento.
A melhor época para se ter os filhos, por exemplo, é quando a mulher é
jovem; e é muito mais fácil criar os filhos quando os pais ainda são
jovens, saudáveis, etc.
Mas então, quando sabemos se estamos prontos para o casamento? Como superar o medo da convivência a dois?
Um casal está pronto para o casamento quando ambos desejam se casar,
querem mesmo, não têm dúvidas sobre a pessoa do outro; cada um conhece
bem o outro, suas qualidades, seus defeitos, seus anseios, sua história,
seus problemas, etc., e cada um aceita o outro como ele é, com seus
defeitos e qualidades; enfim, quando a vida de cada um é um livro aberto
para o outro, sem segredos; e assim, se deseja viver com o outro e
para o outro; quando sente-se alegria de estar com ele ou ela, e se
deseja ter filhos.
Além disso, é preciso que haja o sustento material e financeiro
garantido, sem depender dos outros, dos pais principalmente. O povo diz
que “quem casa quer casa”. Esse grau de liberdade é importante para a
vida do casal. Podem até morar um pouco de tempo com os pais, talvez até
porque o pai ou a mãe são doentes e já não podem viver sozinhos. Mas a
convivência com os pais ou outras pessoas não deve dificultar o
relacionamento do novo casal.
Sempre haverá um pouco de receio do futuro, mas o amor do casal deve
superar esse medo, com fé em Deus. O Sacramento do matrimônio é um
suplemento de graça para o casal enfrentar com a força de Cristo todas
as dificuldades do casamento (doenças, problemas de relacionamento,
dinheiro, etc.). São Paulo diz que “O justo vive pela fé” (Rom 1, 17), e
pergunta: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom 8,31).
Quanto tempo é necessário para se conhecer uma pessoa, para casar?
Esse tempo vai depender do perfil de cada um. É preciso que cada um
conheça o outro muito bem antes de se casar, sua família, suas
qualidades, seus defeitos. O mistério que é cada um deve ser revelado; a
história de cada um deve ser bem contada ao outro e bem entendida e
aceita.
O que faz um casamento ser válido é o SIM que um diz ao outro no altar,
isto é o consentimento pleno, o desejo real de se casar com o outro sem
estar enganado, pressionado, chantageado ou ameaçado. Ao celebrar o
matrimônio o sacerdote faz três perguntas chaves, exatamente para checar
se os noivos estão preparados para o casamento. A primeira é esta:
“Fulano e fulana, viestes aqui para unir-vos em matrimônio. Por isso, eu
vos pergunto perante a Igreja: É de livre e espontânea vontade que o
fazeis?” E os noivos devem responder convictamente: Sim!
Depois o padre pergunta: “Abraçando o matrimônio, ides prometer amor e
fidelidade um ao outro. É por toda a vida que o prometeis?” Noivos: Sim!
E por fim o sacerdote pergunta: “Estais dispostos a receber com amor os
filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja?”
Noivos: Sim!
Então, o casal só deve se casar quando sente segurança em poder cumprir
bem tudo o que vai prometer no altar a Deus, diante do seu ministro e do
sue povo. A palavra chave é “maturidade”. Nós já temos maturidade para
assumirmos um lar, sermos esposos, pai e mãe?
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