Os Evangelhos e a Sagrada Tradição Apostólica afirmam que o verdadeiro genitor de Jesus é Deus Pai:
Maria, já tendo sido prometida em casamento a José, concebeu
miraculosamente, sem que houvesse tido relações maritais com ninguém,
por intermédio do Espírito Santo.
Para o casal, tratou-se de um momento dramático, uma vez que, quando
tomou ciência de que a esposa estava grávida de um filho que não era
seu, José sentiu-se decepcionado e resolveu romper com ela, mas sem
expô-la publicamente. O evangelista Mateus assim relata o episódio:
“ | A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. | ” |
Mateus, I,18-19.
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No entanto, após uma experiência mística num sonho, no qual um Anjo lhe aparecera, voltou atrás e reconheceu legalmente o Menino Jesus como seu legítimo filho.
“ | Eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em um sonho, dizendo: 'José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados'. (...) José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em sua casa sua mulher. | ” |
Mateus, I,21-24.
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Tendo assumido a guarda do menino, José ficou conhecido como suposto pai de Jesus . O evangelista São Lucas relata esse título:
“ | Ao iniciar seu ministério, Jesus tinha mais ou menos trinta anos e era, conforme se supunha, filho de José. | ” | ||||||||||||||||||||||||
Lucas, III,23.
A profissão de José é mencionada pelo evangelista Mateus quando
afirma, no capítulo XIII e versículo 55 de seu evangelho, que Jesus era
filho de um tektōn (τέκτων): termo grego que costuma receber
várias interpretações. Ainda que a tradição lhe atribua estritamente a
profissão de carpinteiro, o fato é que o título grego é genérico, sendo
usado para designar os trabalhadores envolvidos em atividades econômicas
ligadas à construção civil. Outras vertentes costumam considerar José
como sendo um canteiro, ou seja, um operário que talhava artisticamente blocos de rocha bruta.
Os evangelhos reivindicam que Jesus, antes de iniciar sua vida pública, desempenhou a profissão do pai. O primeiro evangelista que atribui-lhe o título é São Marcos, que refere-se a Jesus como "o Carpinteiro", no capítulo VI, versículo 3 da sua narrativa sinótica que relata uma sua visita a Nazaré na qual seus compatriotas chamavam-no ironicamente pela profissão para desqualificá-lo como pregador. Mateus, por sua vez, retoma o mesmo episódio na sua versão do evangelho, mas com uma variante:
As notícias dos evangelhos sinóticos
sobre São José são escassíssimas. Lucas e Mateus narram episódios
cristocêntricos em que o carpinteiro está envolvido, dizendo que José
era descendente do rei Davi e residia no pequeno povoado de Nazaré; João
apenas o menciona como membro da Sagrada Família; ao passo que Marcos sequer cita expressamente seu nome.
As versões dos dois evangelistas que pormenorizam a árvore genealógica de Jesus divergem no que se refere a quem teria sido o pai de José:
De acordo com os apócrifos, José, já em idade avançada, se uniu a um grupo de homens celibatários da Palestina, todos descendentes de Davi, reunidos por pregadores provenientes de Jerusalém. O sacerdote Zacarias teria ordenado que todos os filhos da estirpe real fossem convocados para disputar o matrimônio com a Virgem Maria, futura Mãe de Jesus, à época com doze anos e que vivera por nove anos no Templo de Jerusalém. Por indicação divina, estes homens castos conduziram até o altar o seus cajados, dentre os quais Deus faria florir o do escolhido: José foi o escolhido. Hesitante no começo devido a grande diferença de idade, foi admoestado por Zacarias a se submeter à vontade divina, acolhendo a moça em sua casa. Os evangelhos resumem em poucas palavras a infância de Jesus, um período aparentemente normal, durante o qual, na oficina de José, o menino se preparava para a sua missão. Apenas um momento escapa a essa normalidade e é descrito por Lucas. Quando Jesus tinha 12 anos, José levou-o juntamente com Maria em peregrinação até Jerusalém para as festividades da Páscoa. Transcorridos, porém, os dias da festa, enquanto voltava para casa, Jesus ficou na Cidade Santa, sem que José e Maria percebessem. Depois de tê-lo procurado por três dias entre a multidão de peregrinos, foram finalmente encontrá-lo no templo, discutindo as Escrituras com os doutores da Lei. De acordo com o evangelista Lucas, sua mãe o repreendeu, falando-lhe da preocupação que afligiu-a assim como ao marido. Jesus, por sua vez, afirma ter Deus por Pai, na presença de José.
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édio do Espírito Santo.
Para o casal, tratou-se de um momento dramático, uma vez que, quando
tomou ciência de que a esposa estava grávida de um filho que não era
seu, José sentiu-se decepcionado e resolveu romper com ela, mas sem
expô-la publicamente. O evangelista Mateus assim relata o episódio:
“ | A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, comprometida em casamento com José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo. | ” |
No entanto, após uma experiência mística num sonho, no qual um Anjo lhe aparecera, voltou atrás e reconheceu legalmente o Menino Jesus como seu legítimo filho.
“ | Eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em um sonho, dizendo: 'José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados'. (...) José, ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu em sua casa sua mulher. | ” |
Mateus, I,21-24.
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Tendo assumido a guarda do menino, José ficou conhecido como suposto pai de Jesus . O evangelista São Lucas relata esse título:
“ | Ao iniciar seu ministério, Jesus tinha mais ou menos trinta anos e era, conforme se supunha, filho de José. | ” | |||||||||||||||||||||||||||||
Lucas, III,23.
A profissão de José é mencionada pelo evangelista Mateus quando
afirma, no capítulo XIII e versículo 55 de seu evangelho, que Jesus era
filho de um tektōn (τέκτων): termo grego que costuma receber
várias interpretações. Ainda que a tradição lhe atribua estritamente a
profissão de carpinteiro, o fato é que o título grego é genérico, sendo
usado para designar os trabalhadores envolvidos em atividades econômicas
ligadas à construção civil. Outras vertentes costumam considerar José
como sendo um canteiro, ou seja, um operário que talhava artisticamente blocos de rocha bruta.
Os evangelhos reivindicam que Jesus, antes de iniciar sua vida pública, desempenhou a profissão do pai. O primeiro evangelista que atribui-lhe o título é São Marcos, que refere-se a Jesus como "o Carpinteiro", no capítulo VI, versículo 3 da sua narrativa sinótica que relata uma sua visita a Nazaré na qual seus compatriotas chamavam-no ironicamente pela profissão para desqualificá-lo como pregador. Mateus, por sua vez, retoma o mesmo episódio na sua versão do evangelho, mas com uma variante:
As notícias dos evangelhos sinóticos
sobre São José são escassíssimas. Lucas e Mateus narram episódios
cristocêntricos em que o carpinteiro está envolvido, dizendo que José
era descendente do rei Davi e residia no pequeno povoado de Nazaré; João
apenas o menciona como membro da Sagrada Família; ao passo que Marcos sequer cita expressamente seu nome.
As versões dos dois evangelistas que pormenorizam a árvore genealógica de Jesus divergem no que se refere a quem teria sido o pai de José:
De acordo com os apócrifos, José, já em idade avançada, se uniu a um grupo de homens celibatários da Palestina, todos descendentes de Davi, reunidos por pregadores provenientes de Jerusalém. O sacerdote Zacarias teria ordenado que todos os filhos da estirpe real fossem convocados para disputar o matrimônio com a Virgem Maria, futura Mãe de Jesus, à época com doze anos e que vivera por nove anos no Templo de Jerusalém. Por indicação divina, estes homens castos conduziram até o altar o seus cajados, dentre os quais Deus faria florir o do escolhido: José foi o escolhido. Hesitante no começo devido a grande diferença de idade, foi admoestado por Zacarias a se submeter à vontade divina, acolhendo a moça em sua casa. Os evangelhos resumem em poucas palavras a infância de Jesus, um período aparentemente normal, durante o qual, na oficina de José, o menino se preparava para a sua missão. Apenas um momento escapa a essa normalidade e é descrito por Lucas. Quando Jesus tinha 12 anos, José levou-o juntamente com Maria em peregrinação até Jerusalém para as festividades da Páscoa. Transcorridos, porém, os dias da festa, enquanto voltava para casa, Jesus ficou na Cidade Santa, sem que José e Maria percebessem. Depois de tê-lo procurado por três dias entre a multidão de peregrinos, foram finalmente encontrá-lo no templo, discutindo as Escrituras com os doutores da Lei. De acordo com o evangelista Lucas, sua mãe o repreendeu, falando-lhe da preocupação que afligiu-a assim como ao marido. Jesus, por sua vez, afirma ter Deus por Pai, na presença de José.
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