terça-feira, 7 de abril de 2015

A GRAÇA DO ESPÍRITO SANTO - Continuação

11) Os dons do Espírito Santo.
Introdução.
Seiscentos anos antes de Cristo, Isaías fêz uma profecia a respeito de Jesus. Esta profecia nos foi conservada no décimo primeiro capítulo de seu livro, nos versos 1 e 2.
Texto de Isaías 11,1-2.
"Sairá um ramo do tronco de Jessé, e um rebento brotará de sua raiz. Repousará sobre ele o espírito do Senhor, espírito de sabedoria e entendimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e de piedade, e sobre ele estará o espírito de temor do Senhor".
12) Comentário à profecia de Isaías
Na profecia com que se inicia o capítulo 11 de Isaías, Jessé é o pai de Davi, de cuja descendência nasceu Jesus. O ramo que sairá do tronco de Jessé de que fala o profeta Isaías, é, portanto, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Esta profecia afirma que Jesus Cristo seria repleto dos dons do Espírito Santo, e, ademais, enumera sete dons do Espírito Santo, aos quais chama de sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor do Senhor.
Apesar desta profecia se referir em primeiro lugar a Cristo, ela se refere também a nós, porque foi o próprio Cristo que disse, quando orava por nós ao Pai: "Eu dei-lhes a glória que tu me deste" (João 17,22). Além disso, em conformidade com esta oração de Cristo, as Sagradas Escrituras prometem a todos aqueles que crerem no Cristo que "participarão de sua plenitude" (João 1,16). Portanto, estes sete dons do Espírito Santo são também qualidades com que a graça divina adorna a alma dos fiéis, através das quais eles podem ser conduzidos com mais docilidade pelo Espírito Santo. Eles correspondem a sete modos pelos quais o Espírito Santo costuma conduzir aqueles que vivem da fé e do amor, e são enumerados por Isaías segundo uma ordem decrescente, o mais elevado deles sendo aquele que está no início da lista, que é o dom de sabedoria.
Todos os homens que vivem em estado de graça possuem os sete dons do Espírito Santo, que são infundidos na alma quando nos convertemos a Deus pela fé e pelo amor. Á medida em que crescemos na virtude, todos os sete dons crescem juntos, cada um, porém, se manifestando com maior predominância na ordem inversa à exposta pelo profeta Isaías, como se existissem sete dias ou sete etapas no desenvolvimento da vida cristã, em cada uma destas etapas se manifestando com mais evidência este ou aquele dentre os sete dons do Espírito Santo.
Assim, no início da vida cristã primeiro se manifesta mais acentuadamente o dom de temor, embora todos os sete estejam presentes. Á medida em que progredimos na vida da graça, passa a manifestar-se com maior predominância o dom de piedade; com isto, porém, todos os outros dons crescem paralelamente, e o dom de temor, que já havia se manifestado no dia anterior, passa, quando surge o dia do dom da piedade, para um plano superior de vivência. Já não é mais o temor como aquele com que iniciamos a vida cristã; é um temor condizente com uma vida em que se manifesta mais marcadamente o dom de piedade. Em seguida, manifesta-se o dom de ciência, elevando, com ele, os dons de temor e de piedade a um plano ainda superior de vivência. E assim sucessivamente, até chegar o dia do dom da sabedoria, que é o mais alto de todos os dons do Espírito Santo.
Pelo dom de temor, o primeiro dos dons do Espírito Santo, nos é infundido um respeito reverencial por Deus, pelas coisas sagradas e pelos homens, devido ao fato de que a existência e a vida deles, quer eles o admitam ou não, está relacionada com Deus. Nossa consciência começa a tornar-se mais delicada, o pecado a aflige mais do que ao comum dos homens que vivem afastados da graça e temos medo ou até pavor de suas conseqüências espirituais. Compreendemos, dependendo da intensidade com que o Espírito Santo nos ilumina, nossa indigência espiritual e, quanto mais a compreendemos, esta compreensão nos move a um interesse maior pelas coisas de Deus. No início da vida cristã este temor possui um caráter que se chama de servil; à medida em, que vão, porém, se manifestando os demais dons do Espírito Santo, este temor inicial não desaparece, mas vai se tornando cada vez mais acentuadamente o que se chama de temor filial.
O dom de piedade, quando passa a se manifestar com maior predominância, faz com que o temor de Deus se torne mais maduro. Como o nome o diz, nos tornamos mais piedosos, tanto para com Deus como para com os homens. As pessoas se tornam mais mansas e compreensivas, perdoam com mais facilidade, cumprem seus deveres religiosos mais por uma conaturalidade para com eles do que obrigados pelo medo do pecado.
Pelo dom de ciência se inicia uma compreensão mais profunda de como os mandamentos de Deus não são preceitos arbitrários dados ao acaso por um Deus que até teria direito de proceder assim se o quisesse, mas que, em vez disso, os ordenou tendo em vista com eles o nosso bem, por conhecer todas as coisas muito melhor do que nós o podemos fazer. Percebemos cada vez mais que os seus mandamentos não são uma simples imposição de autoridade, mas são o caminho para uma liberdade com que o comum das pessoas não consegue atinar. Ainda que não o expressemos com palavras, passamos a nos comportar como se estivéssemos percebendo por nós mesmos que existe uma ciência do uso das criaturas por parte do homem, e que o homem surgiu sobre a terra como se ela tivesse sido preparada propositalmente para que, quando o homem surgisse, ele usasse desta ciência para, através das criaturas, elevar-se a alguma coisa muito alta, e não para fazer delas aquilo que o seu capricho bem entendesse. A vida daqueles que vivem inteiramente alheios a este conhecimento nos parece tão intolerável que nos causa repugnância e, se antes de nos termos convertido a Deus tínhamos vivido desta maneira, isto nos causa, mais do que simples remorso, verdadeira repulsa. "Meu coração se espanta e minha alma se aterroriza", dizia Santo Antão em uma de suas cartas, "pois nós mergulhamos no prazer como gente embriagada de vinho, porque nos deixamos distrair por nossos desejos, deixamos reinar em nós a vontade própria e recusamos elevar nossos olhos para o céu buscando a glória celeste; incapazes de exercermos nossa inteligência segundo o estado da criação original, inteiramente privados de razão, nos sujeitamos à criatura em vez de servir ao Criador". É impossível alguém enxergar isto tão claramente se o Espírito Santo não lhe tiver concedido o dom de ciência. Se pelo dom de piedade o temor de Deus se tinha tornado mais delicado, o dom de ciência parece nos mostrar a existência de um fundamento muito claro tanto para a piedade como para o temor.
Pelo dom de fortaleza a existência de algo mais elevado preparado por Deus para ser buscado pelos homens se nos torna tão manifesta que passamos a partir em sua procura com tanto empenho que isto se evidencia diante dos homens como uma determinação tão profunda e inquebrantável a que aparentemente nada pode corromper. É aqui que os homens começam a aspirar com seriedade à santidade. A fortaleza imprime uma marca inconfundível tanto no temor, como na piedade e na ciência.
A prática abundante das obras de misericórdia costuma estar associada com a vida das pessoas que se propõem à busca da santidade com a determinação do dom da fortaleza. Isto ocorre porque elas já não são mais tão guiadas em suas decisões pelo egoísmo e pelos impulsos das paixões; com isso seu entendimento se abre para uma percepção mais aguda dos problemas graves que afligem o próximo do que o das as pessoas que ainda estão passionalmente envolvidas com seus problemas pessoais e que não têm tempo nem disposição para os perceber. Ocorre, porém, que sempre o sofrimento de outros é objetivamente muito maior, mais grave, mais profundo do que os nossos problemas pessoais, e, ademais, afeta um número de pessoas muito maior do que aqueles a quem podemos efetivamente ajudar. Isto faz com que o envolvimento com o sofrimento humano, e de modo especial neste caso em que ele ocorre não por causa de alguma circunstancialidade ou algum problema pessoal, mas por causa de uma clara percepção da gravidade e da extensão deste sofrimento em si mesmo, exige por natureza um aperfeiçoamento daquela sabedoria prática que é a virtude a que denominamos de prudência. Segundo diz Ricardo de São Vítor no Benjamin Minor, a prudência é, na ordem, a última das virtudes que se aperfeiçoa no homem antes que nele se manifestem as virtudes contemplativas. Á prudência está associada a capacidade do conselho dado com sabedoria. O dom de conselho é, assim, o modo externo de como se manifesta diante dos homens aquela conaturalidade para com a prática da misericórdia daqueles que estão se aproximando de Deus.
A santidade eminente que as Sagradas Escrituras nos relatam ao narrarem as vidas dos patriarcas e dos profetas do Velho Testamento e as dos apóstolos e mártires do Novo principia propriamente pelo dom de entendimento e se torna madura pelo dom de sabedoria. O dom de entendimento produz uma tal pureza de alma daqueles que são assim conduzidos pelo Espírito Santo que eles passam a compreender com impressionante clareza o sentido mais profundo das Sagradas Escrituras e das coisas divinas. "O nome entendimento", diz Santo Tomás de Aquino, "implica um conhecimento íntimo; significa ler dentro; é aquele conhecimento da inteligência que penetra até à essência da coisa". Pelo dom de entendimento compreendemos "de um modo límpido e claro", diz ainda Santo Tomás de Aquino, o sentido das coisas que são ensinadas por Deus e que parecem obscuras ou até mesmo incompreensíveis para a maioria dos homens, muitas vezes inclusive para aqueles que passaram a vida inteira estudando, mas sem buscar verdadeiramente a Deus. Mais ainda, sua beleza se nos manifesta com tal evidência que passamos a contemplá-las habitualmente em nossa alma e com prazer sempre crescente. Os homens que são movidos pelo dom de entendimento são pessoas que vivem habitualmente da fé, e a fé neles é tão intensa que já é como uma posse antecipada da substância das coisas que eles esperam no céu (Heb. 11,1). É a estas pessoas que Jesus se referia quando dizia: "Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mat.5,8). Mais ainda, aqueles que são movidos pelo dom de entendimento têm uma facilidade como que conatural para explicar aos outros o significado das coisas divinas; se isto ocorre com pessoas que têm familiaridade com a terminologia e o conhecimento teológico, surgem daí aquelas obras primas da Teologia como a Summa Theologiae de Santo Tomás de Aquino, o Tratado da Santíssima Trindade de Ricardo de São Vitor, Os Três Dias de Hugo de São Vitor, e muitas outras mais. A beleza extraordinária destes escritos, a profunda sobrenaturalidade que neles se respira, a impressão que elas produzem de estarmos em contato com algo celeste, é conseqüência de terem sido escritas por alguém em que se manifestava a atuação do dom de entendimento. O dom de entendimento é, também, com isso, o modo pelo qual o Espírito Santo confere aos homens uma aptidão especial para o ensino das coisas sagradas.
O dom de sabedoria está associado à mais profunda forma de conhecimento que é possível, com o auxílio da graça, ao ser humano. Ele é de uma ordem mais elevada do que o dom de entendimento e muitíssimo mais ainda do que as formas usuais de conhecimento existentes entre os homens. A causa deste conhecimento é também diferente nos três casos. No conhecimento usual dos homens, a causa do conhecimento é o esforço que o homem faz em aprender. No dom de entendimento, a causa é o agir do Espírito Santo sobre a inteligência do homem já adiantado na vida das virtudes. No caso do dom de sabedoria a causa é uma vivência supereminente do amor a Deus, amor este movido pela atuação do Espírito Santo. Este amor se torna tão intenso e tão mais acima daquele que os homens normalmente costumam experimentar que através dele Deus infunde na alma uma outra forma de conhecimento mais alta do que o que provém do dom de entendimento. Por isso é que este dom se chama de sabedoria; segundo o modo comum de entender dos homens, sabedoria é o mais elevado conhecimento possível. Assim também entre os dons do Espírito Santo enumera-se o dom de sabedoria, por meio do qual o Espírito Santo nos move ao mais elevado conhecimento possível e à mais elevada forma de contemplação que o homem pode alcançar. A causa próxima da contemplação produzida pelo dom de sabedoria não é uma ação direta do Espírito Santo sobre a inteligência, mas o modo supereminente da vivência do amor a Deus produzida em nós pela graça do Espírito Santo que Jesus prometeu aos que seguissem os seus preceitos. "Deus nunca dá esta sabedoria sem amor", diz São João da Cruz, "pois é o próprio amor que a infunde, como afirma o profeta Jeremias quando diz: `Enviou o Senhor fogo aos meus ossos, e ensinou-me'". O dom de sabedoria, desta maneira, leva o preceito do amor a Deus às suas máximas possibilidades; as pessoas que são conduzidas pelo dom de sabedoria amam a Deus como Jesus ensinou que deveríamos amá-Lo, isto é, conforme vimos, "com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, como todo o nosso entendimento, com todas as nossas forças". É humanamente impossível praticar este mandamento em todo o seu real significado sem o auxílio do dom de sabedoria. O dom de sabedoria, ademais, eleva ao seu mais alto nível todos os outros dons do Espírito Santo cujas manifestações o precederam; com isto, também, a vida de todas as virtudes alcança o seu grau máximo. "Aqueles que alcançaram o dom de sabedoria", diz um teólogo dominicano recente, "parecem ter perdido completamente o sentido do humano e o terem substituído pelo sentido do divino com que vêem e julgam a todas as coisas. Teriam que fazer-se uma grande violência para descer aos pontos de vista com que a mesquinhez humana julga todas as coisas. Não chamam desgraça ao que os homens costumam chamá-la, isto é, uma enfermidade, uma perseguição, a morte, mas unicamente àquilo que o é na realidade, por sê-lo diante de Deus, isto é, ao pecado, à indiferença, à infidelidade à graça divina. As maiores provações, sofrimentos e contrariedades não conseguem perturbar um só momento a paz inefável de suas almas, como se eles já estivessem na eternidade. Mas o efeito mais impressionante diante dos homens do dom de sabedoria é a morte total ao próprio eu. Aqueles que são conduzidos pelo dom de sabedoria amam a Deus com um amor puríssimo, apenas por sua infinita bondade, sem mistura de interesse ou de motivos humanos, sem, porém renunciar ao céu, o que na verdade desejam mais do que nunca, mas apenas porque deste modo poderão amar a Deus com maior intensidade". Mas, ao contrário do dom de entendimento, que permite ao homem ensinar com mais perfeição as coisas de Deus, nem sempre é possível dar conta do que se aprende pelo dom de sabedoria. Segundo Santo Tomás de Aquino, o conhecimento que advém pelo dom de sabedoria é algo de deiforme; através dele podemos conhecer a Deus mais profundamente e amá-Lo até ao limite de nossas possibilidades, mas nem sempre é possível explicar o que dele se conhece desta maneira. Ocorre, porém, que quando se manifesta o dom de sabedoria no homem, todos os demais dons, e com eles o dom de entendimento, sobem para um plano mais elevado, de modo que, indiretamente, através do efeito que o dom de sabedoria produz sobre o dom de entendimento, aqueles que o alcançaram podem ensinar mais plenamente do que aqueles que chegaram apenas ao dia do entendimento.
Deduz-se, ademais, desta longa explicação, uma outra importante conclusão. Na segunda aula afirmamos que os objetivos da vida cristã são o amor a Deus e ao próximo; que amar a Deus se torna realidade através do trabalho de nossa santificação, sem o qual não é possível amar a Deus; que o amor ao próximo se torna uma realidade mais plena através do ensino, que é, para Jesus, a prova de amor que ele deseja de nós. Vemos agora, porém, que nenhuma destas duas coisas é possível sem o Espírito Santo, pois é através do dom de entendimento que o homem se torna verdadeiramente capaz de ensinar e é através do dom de sabedoria que o homem se torna verdadeiramente capaz de amar a Deus. Aos dois maiores mandamentos correspondem também os dois maiores dons. Ao mandamento do amor a Deus, que é o maior de todos os mandamentos, corresponde o dom de sabedoria, que é o maior de todos os dons do Espírito Santo. Ao segundo mandamento, o do amor ao próximo, corresponde o dom de entendimento, que é também o segundo dentre os dons do Espírito Santo. E assim como o dom de entendimento alcança sua plenitude quando se eleva sob a influência do dom de sabedoria, assim também o amor ao próximo somente alcança toda a sua perfeição quando toma a sua força do preceito do amor a Deus. Para que possamos realizar ambas estas coisas o Senhor nos convida insistentemente a que removamos todos os obstáculos e posterguemos todos os nossos cuidados, para, com o melhor de nossas forças, nos colocarmos ao seu serviço. Depois ainda nos pergunta, no décimo terceiro capítulo do Evangelho de São João:
"Compreendeis o (convite) que vos fiz? Se compreendeis estas coisas, sereis felizes se as praticardes" João 13,17
Eis o eterno convite, que a tantos comoveu tão profundamente e os levou a abraçarem o Evangelho. Teriam-no compreendido também aqueles que lêem estas linhas? Desejam também eles a felicidade? Eis o que o Cristo nos pergunta, porque nos ama e nos ama muito. E até antes de Jesus as Sagradas Escrituras interpelavam os homens a este respeito:
"Vinde, meus filhos", diz o Salmo 33, "e eu vos ensinarei o temor do Senhor. Qual é o homem que quer a vida, e deseja ver dias felizes?"
Esta interpelação não foi feita em vão. Atravessou os séculos e, um certo dia, ao ler esta passagem, São Bento entendeu o que Deus quiz dizer:
"Que pode haver de mais doce para nós, caríssimos", disse ele, "do que esta voz do Senhor a convidar-nos? O Senhor procura o seu operário na multidão do povo ao qual diz estas coisas! Eis que pela sua piedade nos mostra o Senhor o caminho da vida!"
Hoje São Bento está no céu, junto de Deus, para sempre. Dali o seu exemplo e a sua vida continuam a nos interpelar para que acordemos do nosso sono tão profundo. Diz também a Sagrada Escritura:
"Desperta, ó tu que dormes; levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará" Ef. 5,14.
Embora estas expressões se apliquem a toda a humanidade, a maioria dos homens age como se elas se aplicassem apenas aos outros. Pode existir sono maior do que este?
A existência das Sagradas Escrituras é uma prova do quanto Deus nos ama e se importa conosco. Em sua preocupação por nós, providenciou para que elas se esparramassem por todos os cantos da terra, por todas as suas cidades, e até mesmo para dentro de quase todos os lares, para que os seus filhos só não as lessem se não o quisessem. Não existe nada que possa ser tão facilmente encontrado por qualquer um em qualquer lugar e a qualquer momento. As Sagradas Escrituras são como uma carta através da qual Deus não se cansa de chamar seus filhos queridos os quais, vítimas de uma espécie de loucura, não entendem mais por onde andam. Qualquer um deles que verdadeiramente se tiver dedicado a entender o que esta mensagem do alto nos quer dizer somente poderá chegar às mesmas conclusões a que já havia chegado São Bento.
Vamos continuar nossas considerações e examinar mais algumas passagens das Sagradas Escrituras relacionadas com o tema de que estamos tratando. 
Continua...

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