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Dom Zeno Hastenteufel fala sobre o domingo da Divina Misericórdia em seu artigo semanal.
Bispo recorda que este era o domingo das primeiras comunhões.
Novo Hamburgo, RS, 09 abr (SIR) - No próximo domingo, a
Igreja celebrará o domingo da Divina Misericórdia, e é sobre este tema
que Dom Zeno Hastenteufel, Bispo da Diocese gaúcha de Novo Hamburgo,
reflete em seu artigo semanal. O Prelado explica que o domingo depois da
páscoa era sempre conhecido como o "Domingo in albis", ou o domingo
branco, já que neste dia os batizados da noite de páscoa, abandonavam a
veste branca, que estavam usando desde a grande noite do batismo.
Ele recorda que em sua infância este era o domingo das primeiras
comunhões e que com as roupas brancas das meninas, dos anjinhos e de
tantos enfeites, parecia então explicado o motivo de se falar em
"Weissen Sonntag". Mas, segundo o Bispo, desde o fim do século passado, a
partir das revelações feitas da Irmã Faustina Kowalska, o nosso sempre
lembrado Papa, São João Paulo II, começou a falar em "Domingo da Divina
Misericórdia", no segundo domingo da páscoa, quando lemos o evangelho da
grande manifestação do Ressuscitado ao apóstolo Tomé.
Outro ponto lembrado por Dom Zeno é que o mesmo Papa João Paulo II,
no ano de 2005, veio a falecer exatamente no dia 2 de abril, sábado
depois da páscoa, véspera do "Domingo da Divina Misericórdia", sendo
então o primeiro dia do grande velório daquele que foi testemunha da
divina misericórdia, até o último instante de sua vida.
"Aliás, o que vamos dizer da cena do evangelho. O Cristo ressuscitado
agora se encontra com o Tomé, conhecido como incrédulo, apresentado
como aquele que queria fazer a experiência de vê-lo, tocá-lo e sentir
esta presença real. No momento de ser chamado pelo mestre, ele não tem
mais dúvidas e fez aquela magnífica oração: 'Meu Senhor e meu Deus'",
salienta.
Para o Prelado, está é a hora da misericórdia, e o Senhor
ressuscitado, em vez de repreendê-lo pelo vexame da descrença,
imediatamente o levanta e lhe dá o perdão, com palavras verdadeiramente
confortadoras: "Acreditaste porque tu me viste; felizes os que crêem sem
terem visto".
"Esta é a palavra que se destina a todos nós. Nós cremos sem ter
visto. Nós cremos, confiando na palavra e no testemunho de outros. Nós
cremos porque acreditamos em todas estas experiências de Deus
acontecidas, no tempo dos apóstolos, vividos nos vinte séculos de
história da Igreja, mas também nós cremos, porque hoje ainda podemos
fazer a experiência de Deus", completa.
Ainda de acordo com o Bispo, podemos ainda hoje nos encontrar com o
Cristo vivo e ressuscitado, na Eucaristia, nos sacrários de nossas
igrejas. Dom Zeno enfatiza que ele está aí, com a mesma misericórdia,
encontrada por Tomé, experimentada por Paulo e vivenciada ao longo dos
séculos, por milhares e milhões de autênticos filhos de Deus,
testemunhas do ressuscitado e pessoas que muitas vezes deram testemunho
de sua fé.
Por fim, o Prelado afirma também que a primeira leitura já nos
apresenta a comunidade dos primeiros cristãos, com suas características e
com todo o seu entusiasmo. "Por isso, a nossa diocese faz neste domingo
o retiro dos Animadores Vocacionais, do Movimento Serra e de todas as
equipes vocacionais da diocese. Queremos que eles se alimentem dos Atos
dos Apóstolos", conclui.
SIR
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