[aleteia]
Por Aleteia
Paróquia em São Paulo vira refúgio para imigrantes haitianos negligenciados pelo poder público.
Grandes levas de imigrantes do Haiti têm chegado ao
Brasil pela fronteira do Acre há vários anos e a situação ainda não
conta com uma solução humanitária adequada por parte do governo.
Boa parte dos haitianos que vêm ao país em busca de trabalho e dignidade é enviada pelo governo do Acre para os Estados do Sul e para São Paulo, mas sem que haja um planejamento capaz de responder ao básico: para quê, como, quando, com quê, com quem ou, pelo menos, quantos imigrantes vão ser enviados. Neste fim de semana, 968 imigrantes haitianos chegaram à cidade de São Paulo sem que o governo do Acre tivesse avisado à prefeitura.
O resultado é caótico e, como de costume, a Igreja católica tenta fazer não apenas a sua parte, mas também a parte que os governos deveriam fazer e não fazem para proporcionar acolhimento e encaminhar soluções.
O ponto de referência para os haitianos que chegam a São Paulo é a paróquia Nossa Senhora da Paz, na região central da cidade. No local, foi criado um espaço com capacidade para abrigar 110 pessoas, a Casa do Migrante, que, no entanto, já está servindo de abrigo para 140 haitianos. Como resultado da má gestão da crise humanitária por parte do poder público, a situação "beira o limite", nas palavras do padre Paolo Parisi ao jornal Folha de S.Paulo. A equipe do jornal chegou a flagrar um dos imigrantes tomando banho num mictório do salão paroquial nesta terça-feira (19 de maio).
A estrutura da Casa do Migrante não pode disponibilizar chuveiros para 140 pessoas ao mesmo tempo e, por isso, alguns migrantes usam também os seis banheiros do salão paroquial, que não tem chuveiros porque não foi planejado para essa finalidade. Aliás, a paróquia em si não foi planejada para essa finalidade: ela está fazendo o que pode para preencher o vazio do poder público.
"A ação humanitária deixa de ser humanitária quando não é planejada. Nós preparamos sopa, quebramos a cabeça para cumprir uma função que deveria ser do Estado", afirma o padre Parisi.
No Brasil, a onda de imigração haitiana começou após o terremoto de 2010 que devastou o país caribenho. A Igreja católica brasileira já era uma referência de esperança no Haiti antes mesmo da tragédia: foi trabalhando no país que morreu Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, vitimada por um dos desabamentos provocados pelo terremoto.
Boa parte dos haitianos que vêm ao país em busca de trabalho e dignidade é enviada pelo governo do Acre para os Estados do Sul e para São Paulo, mas sem que haja um planejamento capaz de responder ao básico: para quê, como, quando, com quê, com quem ou, pelo menos, quantos imigrantes vão ser enviados. Neste fim de semana, 968 imigrantes haitianos chegaram à cidade de São Paulo sem que o governo do Acre tivesse avisado à prefeitura.
O resultado é caótico e, como de costume, a Igreja católica tenta fazer não apenas a sua parte, mas também a parte que os governos deveriam fazer e não fazem para proporcionar acolhimento e encaminhar soluções.
O ponto de referência para os haitianos que chegam a São Paulo é a paróquia Nossa Senhora da Paz, na região central da cidade. No local, foi criado um espaço com capacidade para abrigar 110 pessoas, a Casa do Migrante, que, no entanto, já está servindo de abrigo para 140 haitianos. Como resultado da má gestão da crise humanitária por parte do poder público, a situação "beira o limite", nas palavras do padre Paolo Parisi ao jornal Folha de S.Paulo. A equipe do jornal chegou a flagrar um dos imigrantes tomando banho num mictório do salão paroquial nesta terça-feira (19 de maio).
A estrutura da Casa do Migrante não pode disponibilizar chuveiros para 140 pessoas ao mesmo tempo e, por isso, alguns migrantes usam também os seis banheiros do salão paroquial, que não tem chuveiros porque não foi planejado para essa finalidade. Aliás, a paróquia em si não foi planejada para essa finalidade: ela está fazendo o que pode para preencher o vazio do poder público.
"A ação humanitária deixa de ser humanitária quando não é planejada. Nós preparamos sopa, quebramos a cabeça para cumprir uma função que deveria ser do Estado", afirma o padre Parisi.
UM DRAMA QUE O PAPA LUTA PARA SOLUCIONAR
O drama da imigração é uma das grandes preocupações do papa Francisco, que dedicou a sua primeira viagem como pontífice a visitar a ilha italiana de Lampedusa. O local é ponto de chegada à Europa (ou de tentativa de chegada) para milhares de imigrantes clandestinos que, todos os dias, enfrentam o Mar Mediterrâneo em embarcações escandalosamente precárias para fugir da guerra, da fome e da perseguição religiosa na África e no Oriente Médio. Grande parte deles morre em naufrágios durante a travessia.
No Brasil, a onda de imigração haitiana começou após o terremoto de 2010 que devastou o país caribenho. A Igreja católica brasileira já era uma referência de esperança no Haiti antes mesmo da tragédia: foi trabalhando no país que morreu Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, vitimada por um dos desabamentos provocados pelo terremoto.
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