(por Marilyn Adamson, revisado por Rosa Boldrino)
Todos nós queremos chegar até o fim da vida com um certo grau de
sucesso, com algum sentimento de que acertamos. Alguns pensam que
conhecem um jeito da vida ser satisfatória e até mesmo significativa. E
quanto às principais religiões do mundo? Existe algo nelas que poderia
trazer às nossas vidas maior estabilidade e valor?
A seguir, teremos a oportunidade de investigarmos as principais
crenças do mundo: Hinduísmo, Nova Era, Budismo, Islamismo e
Cristianismo, incluindo uma breve descrição de cada um delas, suas
características distintas e o que uma pessoa pode obter de cada uma
delas. A autora, então, aponta onde os ensinos de Jesus se diferem das
demais religiões mundiais.
Religião e Espiritualidade: Hinduísmo
A maioria dos hindus adora uma infinidade de representações de
divindades através de uma multidão de deuses e deusas, cerca 300.000
deles. Todos estes deuses e deusas são encarnados em ídolos, templos,
gurus, rios, animais. Brahman não é um deus único, mas mais um conceito
para a divindade máxima.
Os hindus vêem sua condição atual nesta vida baseada em suas ações em
vidas passadas. Isto é, se seus comportamentos anteriores foram maus,
eles podem experimentar tremendos sofrimentos nesta vida. O objetivo de
um hindu é tornar-se livre da lei do karma, ser livre de contínuas
reencarnações.
Há três caminhos possíveis para acabar com este ciclo do karma: ser
devoto afetuoso de qualquer um dos deuses ou deusas hindus; crescer em
conhecimento através de meditação de Brahman (identidade), para
compreender que as circunstâncias da vida não são reais, que a
individualidade é uma ilusão e somente a Brahman é real; ser dedicado a
várias cerimônias e ritos religiosos.
No hinduísmo, a pessoa tem a liberdade de escolher o modo como
trabalhar em direção à perfeição espiritual. O hinduísmo também
apresenta uma possível explicação para o sofrimento e o mal no mundo. De
acordo com o hinduísmo, o sofrimento que qualquer um experimenta, seja
enfermidade, fome ou um desastre, é devido às próprias ações maléficas
que a pessoa tenha feito, normalmente em vidas passadas. A alma é a
única coisa que importa, pois um dia será livre do ciclo da reencarnação
e descansará.
Religião e Espiritualidade: Nova Era
A Nova Era promove o desenvolvimento dos poderes e divindade próprios
da pessoa. Quando se refere a Deus, um seguidor da Nova Era não fala de
um Deus pessoal e transcendente, criador do universo, mas refere-se à
uma consciência mais alta dentro deles mesmos. Uma pessoa da Nova Era
iria ver-se como Deus, o cosmo, o universo. Na verdade, tudo que uma
pessoa vê, ouve, sente ou imagina é considerado divino.
Altamente eclética, a Nova Era apresenta-se como uma coleção de
tradições espirituais antigas. Reconhece vários deuses e deusas, como o
hinduísmo. A Terra é vista como a fonte de toda espiritualidade e tem
sua própria inteligência, emoções e divindade. Mas, suplantando tudo,
existe o Eu. O Eu é o criador, o controlador e o deus de tudo. Não
existe realidade fora do que a pessoa determina.
A Nova Era ensina um leque amplo de misticismo oriental e técnicas
físicas, metafísicas e espirituais, exercícios de respiração, cânticos,
tambores, meditação, para desenvolver uma consciência modificada e a
divindade da própria pessoa.
Qualquer coisa negativa que uma pessoa experimente (falhas, tristeza,
raiva, egoísmo, sofrimento) é considerada uma ilusão. Acreditando que
eles possuem o total controle de suas vidas, nada na vida é errado,
negativo ou dolorido. Por fim, a pessoa desenvolve-se espiritualmente
até o ponto em que não haja uma realidade externa e objetiva. A pessoa,
tornando-se um deus, cria a sua própria realidade.
Religião e Espiritualidade: Budismo
Os budistas não adoram nenhum Deus ou deuses. As pessoas que não
estão dentro do budismo pensam, com freqüência, que os budistas adoram a
Buda. No entanto, o Buda (Siddhartha Gautama) nunca disse ser divino e
os budistas rejeitam a noção de qualquer poder sobrenatural. O universo é
operado por uma lei natural. Compreende-se a vida como formada de dor:
dor no nascimento, na enfermidade, na morte, na tristeza e no desespero
sem fim. A maioria dos budistas acredita que uma pessoa tem centenas ou
milhares de reencarnações, todas trazendo aflição. É o desejo por
felicidade que causa a reencarnação da pessoa. Conseqüentemente, a meta
de um budista é purificar o seu coração e ver-se livre de todos os
desejos. A pessoa deve abandonar todos os prazeres sensuais, todo o mal,
alegria e tristeza.
Para conseguir isso, os budistas seguem uma lista de princípios
religiosos e meditação intensa. Quando um budista medita, não é como
orar ou se focalizar em um deus, é mais como uma autodisciplina. Através
da meditação contínua, a pessoa pode alcançar o Nirvana, o “apagar” da
chama do desejo.
O budismo fornece algo que é verdadeiro na maioria das religiões:
disciplina, valores e diretrizes pelos quais a pessoa possa viver.
Algumas dessas diretrizes budistas são: não destrua nenhuma criatura
vivente; abandone todos os prazeres sensuais; abandone qualidades
maléficas, como também a alegria e a tristeza.
Religião e Espiritualidade: Islamismo
Os muçulmanos acreditam que haja um Deus todo-poderoso, chamado Alá, o
qual é infinitamente superior e transcendente à espécie humana. Alá é
visto como o criador do universo e a fonte de todo o bem e de todo o
mal. Tudo o que acontece é a vontade de Alá. Ele é um juíz severo e
poderoso, o qual será misericordioso com os seguidores, dependendo do
quão suficiente forem suas boas obras e sua devoção religiosa. O
relacionamento de um seguidor com Alá é o de servidão.
Apesar de um muçulmano honrar muitos profetas, Maomé é considerado o
último deles e suas palavras e estilo de vida são a autoridade dessa
pessoa. Para ser um muçulmano, é necessário seguir cinco deveres
religiosos: repetir o credo sobre Alá e Maomé; recitar certas orações em
árabe cinco vezes ao dia; dar aos necessitados; um mês por ano, jejuar
comida, bebida, sexo e fumo desde o nascer do sol até o pôr do sol; uma
vez na vida peregrinar até Meca e adorar no lugar santo.
Para muitas pessoas, o islamismo vai ao encontro de suas expectativas
de religião e divindade. O islamismo ensina que há apenas um Deus
supremo, o qual é adorado através das boas obras e dos rituais
religiosos disciplinados. Depois da morte, a pessoa é recompensada ou
punida, de acordo com sua devoção religiosa. Ao morrer, baseado na
fidelidade desta pessoa para com esses deveres, o muçulmano tem a
esperança de entrar no Paraíso, um lugar de prazeres sensuais. Se não,
eles serão punidos no inferno eternamente.
Religião e Espiritualidade: Cristianismo – Fé em Jesus Cristo
Os cristãos acreditam em um Deus amoroso, o qual se revelou e pode
ser conhecido pessoalmente nessa vida. Com Jesus Cristo, o foco da
pessoa não está em rituais religiosos ou em fazer boas obras, mas em
desfrutar de um relacionamento com Deus e vir a conhecê-lo melhor.
A fé no próprio Jesus Cristo, não apenas em seus ensinamentos, é como
o cristão experimenta a felicidade e uma vida significativa. Durante
Sua vida na Terra, Jesus não se identificou como um profeta se referindo
a Deus ou como um mestre de ensinamentos iluminados. Pelo contrário,
Jesus disse ser Deus em forma humana. Ele fez milagres, perdoou pessoas
de seus pecados e disse que qualquer pessoa que acreditasse nele teria
vida eterna. Ele fez afirmações como: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)
Os cristãos têm a Bíblia como a mensagem escrita de Deus para a
humanidade. Além de ser um registro histórico da vida e dos milagres de
Jesus, a Bíblia revela a personalidade de Deus, seu amor e verdade e
como se pode ter um relacionamento com Ele.
Qualquer que seja a circunstância que um cristão está atravessando na
vida, ele pode, com confiança, buscar um Deus sábio e poderoso, que o
ama de forma genuína. Eles acreditam que Deus responde orações e que a
vida tem sentido à medida que se vive para honrar esse Deus.
Religião e Espiritualidade: Há diferença?
Ao olharmos para estes principais sistemas de credos e suas visões de Deus, encontramos uma diversidade tremenda:
- Os hindus acreditam em 300.000 deuses;
- Os budistas dizem não haver divindade;
- Os seguidores da Nova Era acreditam que eles sejam deuses;
- Os muçulmanos acreditam em um Deus poderoso, mas distante;
- Os cristãos acreditam em um Deus amoroso e acessível.
Todas as religiões estão adorando o mesmo Deus? Vamos pensar nisso. A
Nova Era ensina que todos devem vir a centralizar-se em uma consciência
cósmica, mas isso requeriria dos muçulmanos a desistir de seu Deus; dos
hindus, a desistir de seus inúmeros deuses e dos budistas a estabalecer
que há um Deus.
As principais religiões do mundo são bem distintas. E destas, uma
afirma que existe um Deus pessoal e amoroso, que pode ser conhecido
agora, nesta vida. Jesus Cristo mostrou um Deus que nos ama, que nos
acolhe em um relacionamento com Ele e que está do nosso lado como um
Deus consolador, conselheiro e poderoso.
No hinduísmo, a pessoa se encontra sozinha tentando livrar-se do
karma. Na Nova Era, a pessoa está trabalhando na própria divindade. No
budismo, há uma busca pessoal para ser livre dos desejos. E no
islamismo, o indivíduo segue leis religiosas para alcançar o paraíso
depois da morte. Nos ensinamentos de Jesus, vê-se um relacionamento
pessoal com um Deus pessoal, um relacionamento que continua na próxima
vida.
Pode Uma Pessoa Relacionar-Se Com Deus Nesta Vida?
A resposta é sim. Você pode não apenas se relacionar com Deus, mas
também pode ter a certeza de que é completamente aceito e amado por Ele.
Muitas religiões colocam o indivíduo sozinho, lutando por perfeição
espiritual. Buda, por exemplo, nunca admitiu não ter pecado. Maomé
também admitiu que precisava de perdão. “Não interessa o quão sábios,
talentosos e influentes outros profetas, gurus e mestres possam ter
sido. Eles tiveram a presença de espírito para reconhecer que eram
imperfeitos como o restante de nós.” (Erwin W. Lutzer, Cristo Entre Outros Deuses, Chicago, Moddy Press, 1994, pág. 63)
Jesus Cristo, no entanto, nunca aludiu a nenhum pecado pessoal. Pelo
contrário, Jesus perdoou as pessoas de seus pecados e Ele também quer
nos perdoar dos nossos. Todos nós temos consciência de nossas falhas,
das áreas de nossas vidas que podem fazer com que outros nos
menosprezem, áreas que nós mesmos gostaríamos que não existissem, um
vício, mau humor, impureza ou palavras de ódio. Deus nos ama, mas odeia o
pecado. E Ele disse que a conseqüência do pecado é sermos impedidos de
conhecê-lo. Porém, Deus providenciou um caminho para sermos perdoados e
conhecê-lo: Jesus, o Filho de Deus, Deus em forma humana, tomou todos os
nossos pecados sobre si, sofreu na cruz, e morreu no nosso lugar por
livre e espontânea vontade. A Bíblia diz: “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós…” (1 João 3:16)
Deus está nos oferecendo o completo perdão por causa da morte de
Jesus por nós. Isto significa perdão por todos os nossos pecados
passados, presentes e futuros. Jesus pagou por todos eles. Deus, quem
criou o universo, nos ama e quer ter um relacionamento conosco. “Foi
assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho
Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele.” (João 3:16)
Através de Cristo, Deus nos oferece verdadeira liberdade de nossos
pecados e culpa. Ele não deixa as falhas de uma pessoa sobre seus
ombros, com a vaga esperança de se tornar uma pessoa melhor amanhã. Em
Jesus Cristo, Deus estendeu as mãos em direção à humanidade, dando-nos
um meio para conhecê-lO. “Pois Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 6:35)
Deus Quer Que Nós O Conheçamos
Nós fomos criados por Deus para vivermos em comunhão com Ele. Jesus disse: “Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.” (João 14:6) Jesus chamou as pessoas não apenas para seguir seus ensinamentos, mas para seguí-lo. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”
Ao dizer que é a verdade, Cristo vai além dos meros profetas e mestres,
os quais simplesmente disseram que estavam falando a verdade. (Lutzer, pág. 106)
Jesus identificou-se como Deus e até deu prova disto. Jesus disse que
seria crucificado e que depois de três dias Ele iria ressuscitar. Ele
não disse que reencarnaria um dia em uma vida futura (quem saberia se
Ele realmente fez isso?). Ele disse que, três dias depois de ter sido
enterrado, se mostraria vivo para aqueles que viram sua crucificação.
Naquele terceiro dia, o túmulo de Jesus foi encontrado vazio e muitas
pessoas testemunharam tê-lo visto vivo novamente. Ele agora nos oferece
vida eterna.
É Um Relacionamento Mútuo
Muitas religiões se focam nos esforços espirituais da pessoa. O
Cristianismo é uma interação mútua entre você e Deus. Ele nos chama para
perto Dele. “O Senhor está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade.” (Salmo
145:18) Você pode se comunicar com Deus, Ele responderá suas orações,
dará a você uma grande paz e alegria, o guiará, mostrará o Seu amor e
transformará a sua vida. Jesus disse: “eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.” (João
10:10) Isso não significa que a vida será perfeita e sem problemas. Mas
significa que, em meio a vida, você pode relacionar-se com Deus, o qual
está querendo ser incluído na sua vida e ser fiel no Seu amor.
Isso não é um compromisso com um método de automelhoria como as Oito
Verdades Desdobradas, ou os Cinco Pilares, ou a meditação, ou as boas
obras, ou mesmo os Dez Mandamentos. Esses parecem passos claros, bem
definidos e fáceis de serem seguidos para a espiritualidade. No entanto,
eles se tornam uma luta pesada pela perfeição, enquanto o
relacionamento com Deus está ainda distante. Nossa esperança não está em
seguirmos leis ou padrões, mas em conhecer um Salvador que nos aceita
completamente por causa de nossa fé nele e no seu sacrifício por nós.
Nós não ganhamos nosso lugar no céu por esforços religiosos ou por boas
obras. O céu é um presente gratuito para nós, que nos é dado, quando
começamos nosso relacionamento com Jesus Cristo.
Você gostaria de ser totalmente perdoado e vir a conhecer pessoalmente o amor de Deus por você?
Começando Um Relacionamento Com Deus
Você pode começar seu relacionamento com Deus agora mesmo. É tão
simples. Basta sinceramente pedir a Deus que Ele perdoe seus pecados e
convidá-lo a entrar em sua vida. Jesus disse: “Eis que estou à porta [do seu coração], e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei.”
(Apocalípse 3:20 ) Gostaria de começar um relacionamento com o Deus que
lhe criou, que o ama profundamente? Você pode fazê-lo agora mesmo, se
este é o desejo do seu coração: “Deus, eu peço que me perdoe e eu O
convido para entrar em meu coração agora mesmo. Obrigado Jesus por
morrer por meus pecados. Obrigado por entrar em minha vida, como disse
que entraria.”
A Bíblia nos conta que “aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.” (João
1:12) Se você pediu a Deus, de modo sincero, para entrar em sua vida,
você começou um relacionamento pessoal com Ele. É como se você tivesse
acabado de conhecê-lO e Ele quer ajudá-lo a vir a conhecê-lo melhor, a
conhecer seu amor por você, a guiá-lo com sabedoria em quaisquer que
sejam as decisões que confrontam sua vida. O livro chamado “João” na
Bíblia é um bom lugar para aprender mais sobre o relacionamento com
Deus. Talvez você queira contar para alguém sobre a decisão que tomou de
convidar Jesus para fazer parte de sua vida.
Em outras religiões a pessoa tem um relacionamento com ensinamentos,
idéias, caminhos e rituais. Através de Cristo, a pessoa pode ter um
relacionamento com o Deus amoroso e poderoso. Você pode conversar com
Ele e Ele lhe guiará nessa nova vida. Ele não lhe aponta apenas para um
caminho, uma filosofia. Ele o acolhe para experimentar a felicidade e
ter confiança no Seu amor em meio aos desafios da vida. “Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus.” (1 João 3:1)
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jbpsverdade: A palavra religião significa religar. Para o cristão, o único que pode religar o homem novamente com Deus é Jesus Cristo, visto que foi o único a morrer e ressuscitar tornando possível ao homem retornar à condição de quando foi criado, isto é, à imagem e semelhança de Deus, e isto só é possível através de um novo nascimento, não no sentido de reencarnar, mas no sentido de espiritual através da fé em Cristo Jesus.
Foi Ele que disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (Jo 14, 6). O autor da carta aos hebreus escreve o seguinte: Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário eterno, em virtude do sangue de Jesus, pelo caminho novo e vivo que nos abriu através do véu, isto é, o caminho de seu próprio corpo. (Hb 10, 19s)
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