Por Abel Camasca
Atentado contra João Paulo II/Imagem: Wikipedia - Dominio público |
12 Mai. 15
REDAÇÃO CENTRAL, (ACI).-
No
dia 13 de maio de 1981, São João Paulo II percorria a Praça de São
Pedro em seu papamóvel, cumprimentando e abençoando os fiéis, quando de
repente o turco Alí Agca disparou contra o Papa peregrino e ele caiu
gravemente ferido. Esta tentativa de assassinato só não acabou com sua vida porque uma “mão materna” interveio.
Enquanto São João Paulo II se recuperava no hospital pediu toda a
informação sobre a Virgem da Fátima. Depois o Pontífice começou a
trabalhar para cumprir o segundo segredo de Fátima, a Mãe de Deus pedia
que se consagrasse a Rússia ao seu Imaculado Coração.
Uma imagem de Nossa Senhora de Fátima foi levada ao Santo Padre em
Castel Gandolfo e ele pediu à Virgem que fosse construída uma pequena igreja na fronteira entre a Polônia e a então União Soviética, onde foi colocada a imagem olhando para a Rússia.
Um ano depois do atentado, no dia 13 de maio de 1982, João Paulo II
viajou pela primeira vez a Fátima: "Quero agradecer à Virgem pela sua
intercessão, por salvar a minha vida e pela recuperação da minha saúde".
Um ano mais tarde, João Paulo II expressou sua devoção e agradecimento à
Virgem doando ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima a bala que
retiraram do seu corpo, ainda hoje a bala se encontra na coroa da imagem
Mariana que está no santuário.
No dia 8 de dezembro de 1983, São João Paulo II enviou uma carta aos bispos
do mundo inteiro, incluindo ortodoxos, expressando suas intenções de
consagrar a Rússia ao Coração de Maria e acrescentou a oração especial
para que eles a fizessem em suas diferentes dioceses.
Dias depois, o Santo Padre visitou o turco Alí Agca no presídio, e lá
ouviu de Agca seus comentários sobre o episódio: "Por que não morreu? Eu
sei que apontei a arma como devia e sei que o tiro devia ter sido
devastador e mortal. Então por que não morreu? Por que todos falam da
Virgem de Fátima?"
No dia 25 de março de 1984, Festa da Anunciação, o Pontífice consagrou
todos os homens e povos, incluindo a Rússia, à Maria Santíssima em
comunhão espiritual com os bispos do mundo. Logo a Irmã Lúcia, a
terceira vidente, confirmou: “Esta consagração foi realizada da maneira
que Nossa Senhora tinha pedido”.
No ano 2000, São João Paulo II viajou a Fátima e em 13 de maio
beatificou os outros dois videntes da Virgem, Francisco e Jacinta Marto.
Logo depois anunciaram a publicação da “terceira parte” do segredo de
Fátima, realizado no dia 26 de junho deste ano.
O então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger,
fez um comentário teológico a respeito deste segredo revelado, que
falava sobre um Bispo vestido de branco que morreria diante de uma cruz.
“Não podia o Santo Padre, quando depois do atentado de 13 de maio de
1981 texto da terceira parte do ‘segredo’, reconhecer nele seu próprio
destino? Esteve muito perto das portas da morte e ele mesmo explicou o
fato de ser salvo com as seguintes palavras: “...uma mão materna guiou a
trajetória da bala e o Papa agonizante esteve à beira da morte’ (13 de
maio de 1994) ”, destacou o Cardeal Ratzinger.
“Que uma ‘mão materna’ tenha desviado a bala mortal demonstra, uma vez
mais que não existe um destino imutável, que a fé e a oração são
poderosas, que podem influir na história e que, finalmente a oração é
mais forte do que as balas, a fé mais forte que as divisões”, concluiu
São João Paulo II.
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