segunda-feira, 11 de maio de 2015

Sínodo deve ter grande divisão em temas polêmicos

[ansabrasil]

Encontro discutirá eventuais aberturas da Igreja Católica a divorciados e gays.

 

Francisco terá de lidar com opiniões bastante divergentes no próximo Sínodo dos Bispos sobre a Família (foto: EPA)
Francisco terá de lidar com opiniões bastante divergentes no próximo Sínodo dos Bispos sobre a Família (foto: EPA)
CIDADE DO VATICANO•ZLR

(ANSA) - Está se desenhando um grande conflito no próximo Sínodo dos Bispos sobre a Família, marcado para outubro, com base nas primeiras respostas enviadas por episcopados do mundo todo a uma consulta feita pelo Vaticano no ano passado. 
Nas últimas semanas, a Secretaria de Estado da Santa Sé vem estudando o material que chegou dos quatro cantos do planeta e a partir do qual será elaborado o guia de trabalho para a próxima assembleia dos bispos.
Da análise dos documentos, o que emerge é a existência de duas amplas frentes opostas em relação a possíveis inovações em matéria de pastoral da família, principalmente nos temas mais polêmicos: a permissão da comunhão a divorciados e o acolhimento aos homossexuais.
Os episcopados mais resistentes a aberturas nesses campos, sobretudo por causa do risco de colocar em discussão o dogma da indissolubilidade do matrimônio, são o dos Estados Unidos, muitos da África e alguns do leste europeu.
A preocupação dos bispos africanos, por exemplo, se dá pelo fato de eles terem de lidar diariamente com a poligamia, bastante disseminada pelo continente. Segundo eles, a possibilidade de admitir a comunhão aos que estão em um segundo casamento pode ser um passo perigoso para incentivar, ou até oficializar de fato, a prática poligâmica.
Na extremidade oposta estão os episcopados do norte da Europa - alemães e suíços à frente -, que foram alguns dos poucos a tornarem públicas suas conclusões.
Tais países não escondem mais sua distância de Roma em relação à comunhão a divorciados e ao acolhimento a homossexuais e prometem seguir em seu caminho, indo além do que decidir o Sínodo.
O papa Francisco está sendo informado constantemente sobre essas divisões. Na questão dos divorciados, ele busca uma E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.solução que salve as aberturas encorajadas por ele mesmo, mas sem ceder na frente doutrinária. De acordo com fontes do Vaticano, do Sínodo deve emergir um forte pronunciamento que reitere a indissolubilidade do matrimônio.
Mas, ao mesmo tempo, a intenção do Pontífice é consentir, em determinados casos e após um percurso de penitência ejbpsverdade: reconciliação, a readmissão aos sacramentos. De resto, Jorge Bergoglio não teme os embates e a franqueza nas discussões. "O garantidor é o Papa, as chaves eu que tenho", já havia dito Francisco ao final da última reunião dos bispos. (ANSA)

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jbpsverdade: Palavras de Jesus a Pedro... E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. (Mt 16, 18s), sabendo-se que o divorcio é contrário à vontade de Deus e que o homossexualismo é algo abominado aos Seus olhos, a Igreja jamais será a favor de tais práticas.  

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