[ipco]
Ao ser ordenado pelo bispo com o sacramento indelével da Ordem, o
sacerdote recebe um poder extraordinário de Deus, tornando-se ao mesmo
tempo pontífice e vítima, ministro de Cristo e continuador de Sua obra.
Ou seja, passa a ter um enorme poder de fazer bem às almas e combater o
mal, com vistas a implantar na Terra a verdadeira ordem desejada pelo
Criador e conduzir as almas ao Céu.
Sob a direção de seu bispo e em união com o Papa, o padre atua assim
como representante de Cristo para propagar a Fé e o Evangelho, defender
as almas e imolar-se por elas, as vinhas do Senhor, não poucas vezes
atacadas por vespas e insetos, por feras e ventos adversos, por
tempestades e furacões, com escândalos e desregramentos que as golpeiam
satânica e impiedosamente.
É por isso que o sacerdote – e a fortiori o bispo ou o Papa –
não pode ser indiferente a tudo que diga respeito à glória de Deus e à
salvação das almas. E não pode se calar quando símbolos religiosos são
publicamente escarnecidos, profanados ou quebrados, como aconteceu na
recente manifestação homossexual realizada em São Paulo com o
escandaloso apoio das autoridades municipais, estaduais e federais.
O representante de Deus não pode omitir-se quando os protagonistas
dessa causa espúria pretendem implantar a ditadura da violência e da
intolerância em relação a todos os batizados que creem e professam a
doutrina e a lei de Jesus Cristo. Se o fizer, tornar-se-á cúmplice deles
pelo silêncio.
E se ele por acaso pensar que a família tradicional constituída por
um homem e uma mulher será a única golpeada, e a parceria antinatural e
infecunda promovida, equivoca-se, pois os inimigos da família a atacam
por ódio a Deus e à Santa Igreja, cujos membros não serão poupados a
certa altura do processo, a menos que prefiram a apostasia. Esta é a
terrível lição da História!
O pecado perpetrado pelos homossexuais em São Paulo contra os
principais símbolos da nossa Fé ofendeu particularmente a Deus. Por
muito menos a mesma e irredutível História registrou o episódio do Levante das Estátuas,
ocorrido em Antioquia sob o imperador Teodósio, que ao tomar
conhecimento da mutilação das estátuas erigidas em honra dele e de sua
esposa, enfureceu-se e puniu duramente aquele levante, qualificado por
ele de lesa-majestade.
Se assim procedeu um rei em defesa de sua honra, o que imaginar do procedimento do Senhor Deus, a quem a vingança pertence, em relação aos que profanaram pública e ostensivamente aquilo que mais de perto O simboliza?
O blasfemo profere seus ultrajes contra Deus e os santos através de
palavras, exemplos e atitudes, misturando a luxúria e o pecado contra a
natureza com as coisas sagradas para golpear a Igreja, os cristãos e o
próprio Deus. Ao exibir em via pública objetos sagrados do culto, como
ocorreu nesse infeliz desfile, depreende-se o enorme pecado de blasfêmia
cometido.
Os seus fautores não ultrajaram apenas os homens, mas o próprio Nosso
Senhor Jesus Cristo, Rei dos reis. Este ultraje é crime contra a Sua
bondade e grandeza, majestade e soberania, pois os blasfemadores
chegaram a vomitar satanicamente que Ele também era homossexual. A maior
parte dos pecados tem sua origem na ignorância ou na fraqueza humana,
mas a blasfêmia vem da maldade do coração.
Deus perdoa o pecador, mas castiga terrivelmente o ímpio, o blasfemo e
o profanador com a pena eterna do inferno; e muitas vezes a punição já
começa nesta vida. Permaneça diante de nossos olhos o exemplo de Sodoma e
Gomorra, uma lição viva da História a nos ensinar como Deus é justo ao
premiar os bons e castigar os maus.
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