A pornografia não só danifica
matrimônios, mas também tem um forte impacto nos adolescentes. Um estudo
sobre adolescentes mostrava que o consumo habitual de pornografia fazia
com que não fossem leais com suas namoradas. De igual forma, o uso de
pornografia aumentava depois sua infidelidade matrimonial em mais de
300%.
Patrick F. Fagan, diretor do “Centro de
Investigação sobre o Matrimônio e a Religião”, descreve os efeitos
sociais e psicológicos da pornografia em seu estudo “The Effects of
Pornography on Individuals, Marriage, Family and Community” (Efeitos da
pornografia no indivíduo, no casamento, na família e na comunidade).
(Roma, 17/2/2010, zenit.org): os adolescentes que veem pornografia se
desorientam durante a fase de desenvolvimento na qual estão aprendendo a
lidar com sua sexualidade e também é quando são mais vulneráveis a
incertezas sobre suas crenças sexuais e seus valores morais.
Um estudo mostrou que os adolescentes
expostos a altos níveis de pornografia tinham um nível mais baixo de
autoestima sexual. Existe também uma relação significativa entre ver com
frequência pornografia, sentimentos e sensações de solidão, incluindo
graves depressões. O alto consumo de pornografia na adolescência pode
ser também um fator de importância nas gravidezes adolescentes.
Um estudo realizado em Washington diz que
consumidores de pornografia são menos felizes. O estudo adverte para o
impacto negativo nas relações, na produtividade e na felicidade dos
consumidores de pornografia.
O grupo de pesquisadores multidisciplinar
do “The social cost of pornography: A statement of findings and
recommendations” (O custo social da pornografia: estado atual e
recomendações), publicou os seguintes dados pelo Instituto Witherspoon.
1 – “Desde o começo da
era da internet, as pessoas consomem mais pornografia do que nunca e seu
conteúdo se tornou cada vez mais gráfico”, afirmou a pesquisadora do
centro Hoover Institution, Mary Eberstadt.
2 – “Os que veem
pornografia acreditam que sua vida sexual vai ser melhor, mas tem
ejaculação precoce, mais disfunções e problemas para se relacionar”,
afirma Mary Anne Layden, coautora e diretora do programa de traumas
sexuais e psicopatologia da Universidade da Pensilvânia.
Segundo Layden, a exposição em massa a
conteúdos pornográficos leva a mudanças de crenças e atitudes sociais;
por exemplo, se aumenta a insensibilidade com relação às mulheres, se
reduz o apoio ao movimento de libertação feminina e se perde a noção de
que estes conteúdos devem ser restringidos para menores.
Vários estudos, como o “Romantic Partners
Use of Pornography; Its significance for Women” do médico A.J. Bridges,
assinalam que a mulher que sabe que seu marido consome pornografia se
sente traída e não confia no parceiro.
3 – Os custos
psicológicos a que fazem referência os autores em situações como esta
podem desencadear outras consequências no casal, como o divórcio.
Segundo dados da Sociedade Americana de Advogados Matrimoniais, que
inclui 1,6 mil profissionais de todo o país, 56% dos 350 casos atendidos
em 2003 tinham relação com o interesse obsessivo de um dos parceiros
por sites pornográficos.
4 – O consumo contínuo
desses produtos frequentemente acaba em alguma patologia, assinalou
Layden. Ela lembrou que pela primeira vez o DSM 5, manual utilizado para
fazer diagnósticos psiquiátricos, vai incluir como doenças as
dependências de sexo e da pornografia.
Segundo Layden, “um software para
bloquear as páginas com conteúdos pornográficos na internet não é
suficiente”, já que as crianças têm a seu alcance outros sites onde
podem encontrar o código para desbloquear o filtro. A pesquisadora exige
à indústria do entretenimento que deixe de “fazer dinheiro ferindo
crianças”.
“A presença da pornografia na vida de
muitos meninos e meninas adolescentes é muito mais significativa do que a
maioria dos adultos acha”, apontou. Layden lamenta que a pornografia
“deforme o desenvolvimento sexual saudável dos jovens”.
Para Eberstadt, é preciso “mudar o que
socialmente não está visto como algo mau” e perceber o tema como algo
que afeta a sociedade em seu conjunto. Dessa forma será possível criar
um movimento contra a pornografia.
Prof. Felipe Aquino
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