2015-08-25
Rádio Vaticana
A mensagem é fruto das discussões
realizadas sobre o tema no âmbito do Sínodo da Igreja Valdense-Metodista
que se realiza em Torre Pellice, na Província de Turim, desde o último
domingo (23) até o próximo dia 28 agosto. O Papa havia enviado um telegrama
aos participantes do Sínodo, pedindo “que o Senhor conceda a todos os
cristãos de caminhar com sinceridade de coração rumo à plena comunhão”.
Escrever juntos uma nova história
Em 22 de junho passado, na sua visita
à igreja valdense de Turim, o Pontífice havia pedido “por parte da
Igreja Católica, perdão pelas atitudes e comportamentos não cristãos,
até mesmo não humanos, na história, que tivemos contra vocês”, diz a
carta. “Palavras que acolhemos com respeito e comoção, convencidos que
todo o diálogo entre cristãos é sempre um evento que ocorre diante de
Deus”, precisou Ferrario. O perdão é “vontade de caminhar juntos, de
virar página”, e isto é justamente aquilo que a carta do Sínodo
expressa: “As nossas Igrejas estão dispostas a escrever juntas esta
história, nova também para nós”.
Continuação de um percurso já iniciado
“A visita do Papa à igreja valdense
de Turim foi um fato novo, histórico, que toda via se insere em um
percurso ecumênico já iniciado, que já tem uma história e tem produzido
alguns frutos significativos”, afirmou por sua vez a Pastora Maria
Bonafede, responsável pelas Relações Ecumênicas da Federação das Igrejas
Evangélicas na Itália (FCEI), que alargou o discurso para um quadro
mais amplo das relações ecumênicas entre as Igrejas Evangélicas e
Católica.
Situações de emergência aproximam cristãos
“Gostaria de recordar o apelo
ecumênico sobre a violência contra as mulheres firmado conjuntamente, em
março passado, por representantes da FCEI, da Conferência Episcopal
Italiana e por numerosas Igrejas Ortodoxas presentes no nosso país. Um
documento importante, que marca uma qualidade nova nas relações entre as
Igrejas, chamando-as à responsabilidade educativa em relação àquela que
pode ser definida como uma emergência nacional”, disse ainda a Pastora.
Também no âmbito da acolhida aos refugiados – prosseguiu – marca uma
colaboração já iniciada, além de uma identidade de visão que reúne todos
os cristãos. “O projeto comum da FCEI e da Comunidade de Santo Egídio
para a implementação de corredores humanitários entre o Marrocos e a
Itália, é outro exemplo significativo de um caminho ecumênico que se
concretiza na ação prática, concluiu Bonafede. (JE)
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