19 Jan. 16
Por Blanca Ruiz
MADRI, (ACI).-
A
associação ‘Abogados Cristianos’ apresentou uma queixa contra Abel
Azcona e a assessora de cultura, Maider Beloki, devido à exposição
sacrílega realizada em Pamplona (Espanha) com fotografias de mais de 200
hóstias consagradas.
Agora, o Tribunal de Instrução nº 2 de Pamplona concordou abrir processo
prévio contra Azcona, autor da profanação exposta na capital navarra
durante os dois últimos meses, pois considera que há “indícios de
delito” em tal exposição, por isso abriu uma investigação a respeito.
No dia 17 de janeiro, terminou a exposição de fotos de 242 hóstias
consagradas, as quais havia roubado durante as missas, posteriormente
colocou-as no chão formando a palavra “pederastia” e tirou fotos sem
roupa dele mesmo junto a elas. Junto a estas fotografias, foi colocado
também um prato cheio de hóstias, as quais o autor confessou ter roubado
durante as missas em Madri e Pamplona.
Mais de 110 mil pessoas pediram à Prefeitura de Pamplona, através da
plataforma Change.org, para que esta grave profanação pública fosse
retirada. A Associação ‘Abogados Cristianos’ apresentou uma queixa
contra Abel Azcona e contra a assessora de cultura.
“Confirmaram a abertura do processo, pois o juiz viu que existem
indícios de delito”, precisou Polonia Castellanos, presidente de
Abogados Cristianos.
Em declarações ao Grupo ACI,
Castellanos explicou que “abrir processo prévio” significa que serão
“solicitadas informações com as declarações dos réus, especialmente para
depurar responsabilidades, pois ao tratar-se de uma queixa pela
penitenciária pode conduzir penas privativas da liberdade”.
Castellanos também quer “ampliar a queixa contra o prefeito” de
Pamplona, Joseba Asirón. “Isto dependerá da declaração da assessora de
cultura, se ela disser que é a única responsável ou se foi a equipe de
governo” quem decidiu não retirar a exposição sacrílega de Abel Azcona,
pois a mostra aconteceu em um espaço público.
O pedido a fim de que a exposição fosse retirada foi feito pelo
município, através do qual o prefeito da cidade, Asirón, pediu ao autor
da profanação que ele mesmo retirasse a peça que finalmente permaneceu
exposta durante todo o tempo de Natal até o domingo passado.
Depois da fase de instrução, indica Castellanos, o próximo passo será a
declaração de Azcona ante o juiz, “prevista daqui a um mês”.
Ao apresentar a queixa, Abogados Cristianos pediram três medidas cautelares:
“A suspensão da exposição – que não aconteceu –, a retirada do
passaporte do senhor Azcona, pelo menos até sua declaração, porque
conforme informações, havia previsto viajar ao México e podia não se
apresentar a declaração”.
“Embora não se apresentasse, isto não seria um impedimento para que a
queixa continuasse. E, por último, que o dinheiro pelo qual vendeu a
exposição seja consignado a instâncias judiciais para que no caso de
algum tipo de responsabilidade civil, não diga que não tem dinheiro”,
concluiu.
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