jbpsverdade: A Palavra de Deus diz que há festa no céu quando um pecador se arrepende e volta para Deus. Há festa também no inferno quando acontece um caso como este, leia...
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Duas mulheres na Itália, ambas haviam sido freiras, celebraram a
união civil na semana passada – exatamente um ano depois que um padre
que trabalhava no Vaticano assumiu publicamente ser gay.
A informação é de Bob Shine, publicada por New Ways Ministry, 04-10-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Federica e Isabel celebraram sua união civil na prefeitura de Pinerolo, onde vivem, segundo informou o jornal The Guardian.
A cerimônia foi realizada um dia antes porque “a imprensa fora
informada da história e o casal queria evitar um frenesi midiático”. O
prefeito Luca Salvai, quem oficiou para o casal, disse
que a cidade respeitava o desejo dos cônjuges de uma cerimônia discreta e
simples. Esta é somente a segunda união civil em Pinerolo, município perto de Turim, no norte do país.
As duas se conheceram enquanto eram irmãs franciscanas e trabalhavam
em um centro de reabilitação de dependentes químicos. As duas deixaram a
vida religiosa, discordando da doutrina da Igreja sobre a homossexualidade,
e entraram não só em uma união jurídica, mas vão fazer também os seus
votos matrimoniais em uma cerimônia religiosa não oficial. Franco Barbero, sacerdote renunciado e amigo de Federica e Isabel, irá presidir uma cerimônia religiosa para o casal. Segundo o jornal The Irish Times, ele disse:
“São duas pessoas adoráveis, de uma fé intensa e com altos níveis de
estudo (...). Elas oraram muito por este momento e refletiram longamente
durante um processo difícil. No final, tomaram uma decisão mesmo
sabendo que muitos não aprovariam (…)”.
“Nem todos na Igreja desaprovam, no entanto. Elas foram criticadas,
mas também compreendidas pelas demais irmãs. Assim como têm muitos
padres decentes que não condenam este tipo de escolha, posso garantir
também que esta não é a primeira vez que caso duas freiras”.
Tendo exercido os seus direitos civis, o casal reafirmou que permanecem crentes fiéis e, de acordo com o jornal The Telegraph, elas publicamente desejaram um maior respeito de parte da Igreja Católica. Isabel falou: “Deus quer as pessoas felizes, que vivam o amor na luz do sol”, e Federica acrescentou: “Convocamos a nossa Igreja a acolher todas as pessoas que se amam”.
Um ano atrás, o ex-padre Krzysztof Charamsa
saiu do armário assumindo ser gay com uma mensagem semelhante. Ele
apresentou os seus pensamentos sobre a Igreja em um novo livro
intitulado “The First Rock”. Uma reportagem da revista Vanity Fair sobre o livro diz que o ex-padre critica uma cultura no Vaticano que “construiu a percepção de que os homossexuais são doentes e pedófilos” como um “movimento que serve para manter a homofobia dentro da Igreja”. Posteriormente, Charamsa afirmou que as declarações a respeito de um lobby gay
eram falsas, mas que eram sustentadas por autoridades do alto escalão
que “favoreciam um sistema corrupto que lhes permitia esconder quaisquer
suspeitas de abuso sexual”.
Ex-teólogo do Vaticano e professor em Roma, Charamsa declarou a sua homossexualidade poucos dias antes do Sínodo dos Bispos
sobre a família de 2015, um momento que representou um “grande passo
para ele mesmo e para a Igreja”, segundo o sítio eletrônico do New Ways Ministry. Desde então, ele se mudou para Barcelona com o seu parceiro, tendo sido suspenso das funções sacerdotais.
Nesse ínterim, Charamsa tem proferido palestras e escrito extensamente, incluindo um apelo ao Papa Francisco para que acabe com o “sofrimento incomensurável” que a Igreja Católica inflige às pessoas LGBTs. Ele disse: “Hoje, eu sou um padre melhor (…) O paradoxo é que, hoje, não posso exercer o meu ser sacerdote”.
Em outubro de 2015, Charamsa disse que, dentro de um
ano, esperava estar “livre, feliz, fora do armário e servindo os mesmos
ideias e os mesmos valores pelos quais me tornei padre”. Enquanto ele
celebra hoje o aniversário de um ano desde que assumiu a sua
homossexualidade, e enquanto Federica e Isabel
celebram o amor, é nosso desejo que ecoemos a alegria destas pessoas, a
alegria que vem quando vivemos o nosso eu autêntico, conforme somos
criados por Deus para ser.
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