Por Associated Press
Pesquisadores restauram espaço na Igreja de Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Na câmara mais escondida onde se acredita ser a tumba de Jesus, uma equipe de restauração retirou uma camada de mármore pela primeira vez em séculos, na intenção de chegar ao que se crê ser a superfície de uma pedra original onde o corpo de Jesus foi colocado.
Muitos historiadores achavam há algum tempo que a cova original, identificada há séculos depois da morte de Jesus, tinha sido destruída. Mas um arqueólogo que acompanha a equipe de restauração disse que os dados de sondagem do solo determinaram que as paredes da caverna situada no local na realidade estão erguidas - com uma altura de 1,8 metro e conectadas ao leito de pedra - atrás dos painéis de mármore da câmara, no centro da Igreja de Santo Sepulcro, em Jerusalém.
“O que se descobriu é extraordinário”, disse Fredrik Hiebert, arqueólogo.
Os trabalhos fazem parte de um projeto de restauração histórica para reforçar e preservar o pequeno espaço, na câmara onde a tradição diz que o corpo de Jesus foi colocado e onde ele ressuscitou. É a atração principal de uma das igrejas mais antigas do Cristianismo e um dos santuários mais importantes.
“No geral, eu passo meu tempo na tumba de Tutankamón”, disse Hiebert sobre o lugar onde foi sepultado o faraó egípcio. “Mas isso é mais importante”, completou.
A revista “National Geographic” se associou a restauradores gregos especialistas para documentar os trabalhos. A Igreja de Santo Sepulcro, um edifício do século XII que descansa sobre os vestígios do século IV, é o único lugar onde seis religiões cristãs praticam juntas.
O edifício foi restaurado pela última vez em 1810, depois de um incêndio, e precisava de uma restauração depois de anos de exposição à umidade e à fumaça das velas.
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