pOR Plinio Corrêa de Oliveira (*)
O zelo pelos direitos de Seu Pai, levou Nosso Senhor Jesus Cristo a expulsar os vendilhões do Templo [Foto Frederico Viotti] |
Como a doutrina
católica é a própria Verdade e o próprio Bem, quem a ama sem reservas
deve amá-la como ela quer ser amada, isto é, com aquela ordenação sábia
de caridade, que fazendo dela o centro de toda a vida e reconhecendo
nela a fonte de todo o Bem, nem por isto, ou antes, exatamente por isto,
dá a cada qual o que é seu.
De sorte que, quanto mais radicalmente católico se é, tanto mais se respeita, depois dos direitos de Deus, os direitos de todos os homens. Assim, não é possível que o amor entusiástico e sem limites à Igreja venha redundar em qualquer desordem. Este amor se confunde com a própria ordem.Tal preliminar estabelecida, pode-se verificar que o sintoma mais característico do declínio do espírito católico em um povo é o declínio de seu ardor na defesa da pureza da doutrina.
De sorte que, quanto mais radicalmente católico se é, tanto mais se respeita, depois dos direitos de Deus, os direitos de todos os homens. Assim, não é possível que o amor entusiástico e sem limites à Igreja venha redundar em qualquer desordem. Este amor se confunde com a própria ordem.Tal preliminar estabelecida, pode-se verificar que o sintoma mais característico do declínio do espírito católico em um povo é o declínio de seu ardor na defesa da pureza da doutrina.
Quando, em um movimento católico, qualquer que ele seja, a
preocupação dominante é de ceder, de transigir, de calar, de acomodar a
todo o preço acomodações que entretanto não têm preço, a situação é
clara: há um processo espiritual análogo à tuberculose que mina a fundo o
espírito religioso. Pelo contrário, quando o movimento se destaca por
seu radicalismo, isto é, por sua sede de ortodoxia completa e minuciosa,
de perfeição autêntica e sem “maquillage”, de senso profundo do
sobrenatural que há na Igreja, não há esperanças que não se possam
nutrir a respeito de tal movimento.
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(*) Trecho extraído do periódico “O Legionário”, nº 429, 1º de dezembro de 1940.

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