Por France Presse
Pontífice fez apelo para que líderes religiosos lembrem de que 'jamais se pode matar em nome de Deus'.
O Papa
Francisco denunciou nesta segunda-feira (9) em sua saudação ao corpo
diplomático a "loucura homicida" do terrorismo jihadista, pedindo
novamente a todos os líderes religiosos que se "lembrem de que jamais se
pode matar em nome de Deus".
Evocando, perante os embaixadores estrangeiros na Santa Sé, os muitos
países atingidos em 2016 "pelo terrorismo de matriz fundamentalista", o
pontífice argentino denunciou o "a loucura homicida que abusa do nome de
Deus para semear a morte".
"São gestos vis, que usam crianças para matar, como na Nigéria. Eles
visam aqueles que oram, como na catedral copta do Cairo, ou simplesmente
alguém que anda pelas ruas da cidade, como em Nice e Berlim, ou aquele
que comemora a chegada do Ano Novo, como em Istambul", lembrou.
"Por isso, apelo a todas as autoridades religiosas a se unirem para
lembrar com força que jamais devemos matar em nome de Deus", insistiu.
Para o Papa, o "terrorismo fundamentalista é fruto de uma grave pobreza
espiritual, que está muitas vezes ligada a uma grande pobreza social" e
"pode ser totalmente superada com a contribuição conjunta dos líderes
religiosos e políticos".
Assim, apelou para que os políticos "garantam no espaço público o
direito à liberdade religiosa, reconhecendo a contribuição positiva que
ela exerce", enquanto luta através de "políticas sociais adequadas" para
"prevenir estas condições que se tornam terreno fértil para o
surgimento do fundamentalismo".
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