Por Rádio Vaticano
Cidade do Vaticano (RV) - Na
sexta-feira, revivemos a paixão de Cristo, os momentos em que o Verbo de
Deus se fez carne até o ponto de assumir todo o destino humano,
inclusive a morte.
Nesse Sábado Santo, à espera da ressurreição de Jesus, quem nos guia
neste itinerário de esperança gloriosa é Maria, Mãe do Nosso Salvador,
Mãe de toda a humanidade, Nossa Mãe.
Como todas as mulheres, Maria leva em seu coração a abertura ao
outro. Ou melhor, Nossa Senhora é a mulher que eleva à sublime perfeição
esta abertura. Seu amor faz com que a ausência de Jesus não seja
experiência do vazio, mas experiência de esperança certa, confiante. Ela
sabe que a Ressurreição está próxima.
Assim como nos velórios de hoje, em que nos reunimos para celebrar a memória de quem nos deixou, Maria reagrupa os amigos de Jesus, um após o outro. Um grupo de verdadeiros amigos de Cristo que crêem em sua Ressurreição. Afinal, também eles estão sós, apesar de a solidão de Maria ser diferente da solidão dos Apóstolos. Maria sabe que a morte não terá a última palavra, e a que a vida triunfará.
Assim como nos velórios de hoje, em que nos reunimos para celebrar a memória de quem nos deixou, Maria reagrupa os amigos de Jesus, um após o outro. Um grupo de verdadeiros amigos de Cristo que crêem em sua Ressurreição. Afinal, também eles estão sós, apesar de a solidão de Maria ser diferente da solidão dos Apóstolos. Maria sabe que a morte não terá a última palavra, e a que a vida triunfará.
Mas nós, como os seguidores de Jesus, não temos a mesma certeza.
Mesmo crendo em Cristo, nossa fé é frágil, vítima de provas cotidianas,
de ciladas. Às vezes, a morte nos parece como um sonho desfeito,
esquecendo a promessa de vida eterna.
E assim, um a um Maria recebe João, que chora um amigo, um irmão em
Maria. Ela recebe Pedro, o renegado. Ensina-lhe que deve confiar somente
em Jesus, que o conhece e o fortifica. E aos poucos, recebe os outros
Apóstolos, que um a um acabam por retornar.
Recebe Madalena, Marta, Maria de Betânia, Lázaro... De modo doce,
suave, apesar da tristeza, Maria comunica a todos a sua paz, a sua fé, a
sua esperança.
O que Ela diria a nós, a cada um de nós? Ou melhor, o que diria a
cada mãe que, como ela, perde o filho na insensatez da violência humana,
da injustiça humana? Vítima do absurdo, da catástrofe, do acaso. O que
diria Maria a uma mãe que chora a ausência de um filho que vai para a
guerra, que chora a perda de um filho que morreu na guerra? Às mães que
nos corredores dos hospitais procuram resposta ao por quê do sofrimento
das crianças ou àquelas que não têm nem mesmo a oportunidade de curar o
próprio filho? O que diria Maria às mães dos filhos encarcerados,
vítimas da droga, do jogo, do dinheiro fácil, dos filhos que perderam o
emprego, que têm diante de si um futuro incerto, vacilante, preocupante?
A todos, a cada um de nós, a cada uma das nossas angústias, Maria tem
uma palavra de conforto, de consolo. Não são somente palavras, que
podem ser desprovidas de significado, de vivência concreta, real. Não.
São palavras que professam uma vivência, ou melhor, uma certeza: Jesus
ressuscitará! Ela inaugura o papel de "consoladora" que Cristo
ressuscitado magnificamente exercerá.
Deixemo-nos também nós, nesse Sábado Santo, nos envolver pela paz
consoladora de Maria. Que esta paz nos acompanhe em todos os momentos em
que a morte insensata se apresentar em nossa vida, quando transtornar o
nosso caminho.... Lembremo-nos de Nossa Mãe.
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