Por Lepanto Institute
As revelações estarrecedoras do ex-adepto da Igreja Mundial de Satanás que, aos 15 anos de idade, já tinha violado todos os 10 Mandamentos – inclusive o de “não matar”
Zachary King |
Em 2015, veio à luz (mais) um grande escândalo envolvendo a organização abortista norte-americana Planned Parenthood,
uma rede de clínicas de aborto que recebia vasto financiamento do
governo dos Estados Unidos: naquele ano, uma série de vídeos gravados
com câmeras ocultas desmascararam um repugnante esquema de tráfico de
órgãos e tecidos dos bebês abortados pela organização.
Saiba mais a respeito desse escândalo nestes dois artigos:
Estarrecedor açougue humano: maior conglomerado abortista dos EUA vende órgãos de fetos assassinados
Mais uma vez, a ciência desmascara o açougue humano da rede abortista Planned Parenthood.
Nesse contexto, o também norte-americano Instituto Lepanto, voltado à pesquisa e educação católica, entrevistou o ex-satanista Zachary King,
que tinha chegado a praticar abortos ritualísticos antes de se
converter ao catolicismo. Zachary começou a se envolver com a magia aos
10 anos de idade, entrou na seita satânica aos 13 e, aos 15, já tinha
infringido todos os 10 Mandamentos – inclusive o quinto, “não matar”.
Confira a seguir uma tradução dessa entrevista estarrecedora, cuja íntegra em inglês você pode ler no site do Lepanto Institute.
Lepanto Institute – Zac, você poderia nos contar um pouco sobre como entrou no satanismo?
Zachary King – Começou com uma curiosidade forte de
saber se a magia era uma coisa real. Isso veio depois de assistir a
alguns filmes de bruxos e magos na década de 1970, na minha infância.
Nós fazíamos uma brincadeira na escola chamada “Bloody Mary”, ou “I Hate You, Bloody Mary”:
você entrava num banheiro e cantava essa frase um certo número de vezes
com as luzes apagadas. Toda vez que a minha turma fazia isso, a gente
via um rosto demoníaco no espelho. Não tínhamos ideia do que estávamos
olhando, só sabíamos que aquela coisa assustadora estava no espelho e
todo mundo saía correndo, morrendo de medo… menos eu. Eu sempre achei
aquilo muito legal. Na mesma época eu jogava o “Dungeons and Dragons” todo fim de semana, e eu era sempre o mago ou feiticeiro [Nota:
trata-se de um RPG, ou jogo de interpretação de papéis, que mais tarde
deu origem ao desenho animado de mesmo nome, conhecido no Brasil como
“Caverna do Dragão”. É a história de um grupo de crianças que ficam
presas em outra dimensão, semelhante a um pesadelo, repleta de criaturas
demoníacas: toda vez que estão prestes a escapar daquele mundo de
horror, ocorre algo que os mantém ainda presos àquela dimensão
assustadora]. Eu me perguntava se poderia fazer magia de verdade e
tentei dois feitiços para ganhar dinheiro. Deu certo, mas podia ser só
coincidência; aí eu fiz de novo, e, nessa terceira vez, lá estava eu no
banheiro, sozinho, na frente do demônio, para ver o que iria acontecer.
No dia seguinte eu ganhei 1.000 dólares. A partir daquele momento eu
fiquei convencido de que a magia era real.
Quando eu tinha uns 12 anos, um amigo me apresentou a um grupo que jogava “Dungeons and Dragons”. Eles também achavam que a magia era real. Depois eu descobri que esse grupo era uma seita satânica (…) Eu adoro pinball, vídeo games e ficção científica, Star Trek, Star Wars, e aqueles caras tinham quase todos os filmes de ficção científica e fantasia que você podia querer. Eles tinham máquinas de pinball,
piscina, uma churrasqueira grande, era quase um clube de meninos e
meninas e era muito divertido. Eles sabiam recrutar. Eles sabiam tudo o
que um garoto gostava de fazer e foi assim que eu fui me envolvendo
naquilo.
Fiquei nesse grupo até os 18 anos e entrei para a Igreja Mundial de
Satanás, que é uma seita muito maior, internacional. A posição que eu
alcancei é chamada de “alto mago” (“high wizard”). Numa grande
seita satânica, os altos magos são as pessoas que fazem a magia. Podia
ter só um ou até dez. O número médio é de 2 a 5 e o nosso trabalho era
viajar pelo mundo fazendo os feitiços que as pessoas quisessem. Quando
eu digo “as pessoas”, eu me refiro a astros do rock, do cinema,
políticos, gente rica… Não tem limite quem quer um feitiço e quanto eles
topam pagar.
LI – Então, você era um “alto mago” dentro do satanismo… Resumindo, como você chegou a isso?
King – Dizem que os “altos magos” são escolhidos a
dedo por Satanás. Eu não sei qual é o critério. Eu praticava a magia
desde os 10 anos de idade e virei “alto mago” quando tinha uns 21. Já
era membro da Igreja Mundial de Satanás fazia uns 3 anos. Eu já tinha
visto um “alto mago” quando era criança, mas não sabia que era isso o
que ele era. O visual é bem peculiar, chapéu alto, bastão ou bengala, o
rosto pintado como um cadáver, um casaco de tipo tradicional (…) Existe
[na seita] um chefe e um conselho. Eles chamam você e dizem que você foi
escolhido. Você recebe um livro que diz quais são os seus deveres como
“alto mago” e você decide se quer ou não, mas eu nunca soube de ninguém
que tenha recusado. Eu fui [“alto mago”] durante uns 10 ou 12 anos.
LI – Qual é o papel do aborto nos rituais satânicos e quando você começou a se envolver com o aborto no satanismo?
King – Logo depois que eu fiz 14 anos, os membros da
seita me disseram que eu ia participar de um aborto dali a 9 meses.
Tivemos uma orgia em que participaram todos os garotos da seita de 12 a
15 anos e uma garota de 18, que também era da seita. Ela tinha que ficar
grávida para depois fazer o aborto. Quando eles disseram isso, eu falei
“maneiro”, em voz alta, mas não tinha ideia do que era um aborto. Na
minha família eu acho que tinha ouvido os meus pais sussurrarem essa
palavra uma vez só, por isso eu achava que era uma palavra suja. Quando
perguntei aos membros da seita o que era o aborto, falei que não sabia o
que tinha que fazer. Eles me explicaram que ia ter um bebê dentro do
útero e que a gente ia matá-lo. Ia ter um médico e uma enfermeira lá
para ajudar, porque era um procedimento médico. Eu perguntei: “Isso é
legal?”. E a resposta foi: “É, quando ele ainda está no útero. Enquanto o
bebê estiver dentro da mulher você pode matá-lo”.
Foi assim que eles explicaram para nós. Também explicaram que “você
está matando um bebê”. Eles não disseram que é matar “um feto” ou matar
“umas células em um corpo”. Nada disso. É um bebê.
Eu acho que não teria concordado em matar um bebê fora do corpo de
uma mulher, mas, sabendo que podia matar à vontade se ele estivesse
dentro do corpo… No satanismo, matar algo ou a morte de algo é o jeito
mais eficaz de realizar um feitiço. Para conseguir de Satanás alguma
coisa que você quer, o melhor jeito é matar algo. Matar é a máxima
oferta a Satanás, e, se você pode matar um bebê que ainda não nasceu,
este é o seu objetivo máximo.
LI – Fale do primeiro aborto que você fez como ritual satânico.
King – O primeiro que eu fiz foi mais ou menos 3
meses antes de completar 15 anos. Foi numa chácara que me surpreendeu
porque era muito mais limpa do que muitas clínicas onde eu fiz outros
abortos. Tinha um médico e uma enfermeira abortista. A grávida já estava
no fim da gestação e estava cercada por 13 dos principais membros da
nossa seita, que eram todos “altos sacerdotes” e “altas sacerdotisas”.
Eu estava dentro do círculo com a mulher e o médico. Todos os adultos da
minha seita estavam lá. Várias mulheres ficavam ajoelhadas no chão, se
balançando para trás e para frente e cantando o tempo todo a frase
“Nosso corpo e nós mesmas”. Do lado estavam vários membros masculinos da
seita, todos cantando e “rezando”. O ritual começou às 23h45 e o
feitiço começou à meia-noite, que é a hora da bruxaria, e a morte da
criança aconteceu às 3h00 da manhã, que é chamada de “hora do diabo”.
O meu papel naquilo tudo foi inserir o bisturi. Eu não tinha
necessariamente que matar… O importante era ficar com sangue nas minhas
mãos, da mulher ou do bebê, e depois o médico terminava o procedimento.
Naquele, em particular, que provavelmente foi um dos abortos mais
hediondos de que eu já participei, o médico arrancou o bebê e o jogou no
chão, lá onde as outras mulheres ficavam balançando o corpo para frente
e para trás. Elas pareciam que estavam possuídas, e, quando o médico
jogou o bebê no chão para elas, elas o comeram, como canibais.
LI – Deus do Céu! De quantos rituais de aborto você participou?
King – Antes de virar “alto mago”, eu fiz cinco. Depois, participei de mais 141.
LI – Você já fez ritual de aborto em alguma clínica renomada?
King – Fiz. Eu estimaria que fiz uns 20 rituais de
aborto dentro dessas instalações, mas nunca fiz a conta exata. Só sei
que estive num monte delas (…) Algumas pareciam casas de horrores, com
sangue por todo lado, algumas salas até com sangue no teto.
LI – Como foi que convidaram você a fazer abortos satânicos nessas clínicas renomadas?
King – Sendo “alto mago”, você é o cara da seita
satânica que comparece, então a maioria das pessoas vai chamar alguém
que elas conhecem daquela seita ou vão chamar porque nós fizemos um
monte de trabalhos com os Illuminati também. Aí elas vão chamá-los.
Obviamente, pessoas que têm que estar a par dessas coisas, mas você é
convidado para participar. A Igreja Mundial de Satanás não é a única
organização que faz sacrifícios satânicos nessas clinicas. Há outras
organizações de feitiçaria, como os wiccanos, que estão realmente
envolvidas em abortos dentro dessas instalações. Você às vezes é
convidado a fazer o ritual de aborto pelo próprio diretor do
estabelecimento ou por algum gerente de nível mais alto, ou, às vezes, o
médico é satanista e convida você para participar do aborto, ou querem
fazer uma cerimônia no final do dia.
Mas no final do dia, todos os dias, os grupos satânicos fazem um tipo
de missa negra, geralmente perto da meia-noite, que dura cerca de 2 ou 3
horas, em que eles oferecem a Satanás todos os bebês que foram mortos
naquele dia. Não importa qual foi a razão das mulheres que optaram pelo
aborto: todos os bebês [abortados] são dedicados a Satanás no final do
dia.
LI – O que acontece nesses rituais de aborto?
King – Há crianças que participam, mas elas
geralmente não ficam na sala quando o aborto é feito. Elas ficam numa
sala separada e acontece uma competição para ver quem delas consegue
ficar acordada até as 3 da manhã. Quem consegue ganha um prêmio. Os
homens que não fazem parte do grupo dos 13 principais da seita ficam
fazendo feitiços e cantando. Eles também lançam feitiços para se
“proteger” de qualquer pessoa que possa estar rezando por eles, como um
cristão que esteja rezando por eles. Além disso, nós pagamos pela nossa
proteção, a políticos ou policiais, então sabemos que ninguém vai nos
investigar naquele momento. Já os 13 principais da seita ficam rodeando a
mulher que vai abortar; são eles que presidem o ritual.
Uma vez foi o prefeito de uma cidade quem pediu um feitiço. Ele nos
procurou porque queria passar uma lei em sua cidade que já tinha tentado
duas ou três vezes e não passava. Ele tinha sido membro da seita
durante um tempo. Tinha tentado a aprovação por todas as vias legais e
nunca deu certo, então ele procurou alguém que topasse fazer o aborto
numa noite em que nós pudéssemos fazer o aborto e o feitiço ao mesmo
tempo. Geralmente, numa seita de cidade pequena, que era o caso, estão
todos presentes. Já num lugar maior, como quando eu era membro da Igreja
Mundial de Satanás, vão o “alto mago”, as pessoas que querem o feitiço,
o médico, a enfermeira. Muitas vezes, nas clínicas renomadas de aborto,
tem muita gente lá, porque muitos que trabalham nesses lugares são
bruxos ou satanistas. Então você encontra bastante gente lá que está
disposta a participar do ritual satânico.
LI – Você diria que as clínicas renomadas de aborto atraem ocultistas por causa da oportunidade de fazer rituais de aborto?
King – Eu diria que sim, que esta afirmação é absolutamente verdadeira. Você tem as pessoas que pertencem à NOW [National Organization of Women, ou
seja, Organização Nacional de Mulheres, nos EUA] e muitas dessas
pessoas são da wicca, e há pessoas da wicca, embora professem uma
postura de preservação da vida, que se veem autorizadas a “alvejar” quem
é de alguma forma contra elas, ou seja, destruí-las pelos meios
necessários, o que, para eles, é através da magia. Por exemplo, como
cristãos, nós rezamos pela conversão deles. Bom, eles entendem isso como
uma temporada de caça aos cristãos. Eles também veem a figura feminina,
a mulher, como a Mãe Terra, ou Gaia. Eles têm uma figura feminina que
eles adoram como a deusa; a criança vem dela e por isso o aborto é um
sacramento satânico, por assim dizer. Então, assim como um homem
católico entra no sacerdócio porque é atraído para a santidade e para
servir a Deus, uma clínica abortista vai atrair satanistas para o
“sacerdócio satânico”.
LI – Você já sentiu algum tipo de incapacidade para completar um aborto ou para conseguir os efeitos do seu ritual por causa das pessoas que rezam do lado de fora das clínicas?
[Nota: nos EUA e em outros países que permitem o aborto, é
frequente que grupos cristãos se reúnam diante de clínicas abortistas
para rezar a Deus pedindo que proteja e salve os bebês e converta os
promotores do aborto]
King – Mais de uma vez houve bebês que desafiaram os
procedimentos e sobreviveram ao aborto. Uma vez, eu cheguei à clínica
de aborto e havia pessoas nos dois lados da rua. De um lado, pessoas
rezando e clamando contra o aborto, e, no lado em que eu estava, pessoas
pró-aborto gritando todo tipo de obscenidade contra o outro grupo.
Quando entramos, olhamos para a rua de novo e vimos todas aquelas
pessoas rezando de joelhos. Naquele dia, o aborto que tínhamos
programado para um ritual não deu certo. Eu acho que isso me aconteceu
umas três vezes, e… todas as três… é curioso, mas eu nunca tinha me
tocado que aqueles três abortos que não deram certo só pode ter sido por
causa das orações que eles estavam fazendo lá fora.
LI – Que conselho você daria às pessoas que rezam diante das clínicas de aborto, especialmente se elas suspeitam de ocultismo lá dentro?
King – Em primeiro lugar, não parem! Não tem nada
que aconteça dentro daquela clínica que possa atingir vocês. É claro que
tem demônios ali ao redor, mas vocês têm que pensar que Satanás é como
um cachorro preso na coleira: se você não se aproximar dele, ele não vai
conseguir morder. Esteja em estado de graça quando você for lá. Leve
uma garrafinha de água benta. Não jogue a água benta nas pessoas que
estão lá, ou que estão lá do lado contrário, porque você vai parar no
fórum. Essa gente vai aproveitar qualquer mínima bobagem para processar
você. Se você puder receber a Santa Comunhão antes de ir até lá, é o
ideal. Se você for à Missa nesse dia, fique uns minutos depois da Missa
pedindo a Jesus para enviar Nossa Senhora com você. Leve um terço e
nocauteie o diabo com ele. Existem coisas que dão medo no diabo, mas,
principalmente, ele tem medo de um católico bem formado, um católico que
entende a sua fé e que sabe o que é a guerra espiritual. Ele não quer
brigar com quem está de armadura completa.
Nota do Instituto Lepanto:
Em janeiro de 2008, quando trabalhava em um quiosque de venda de
joias, Zachary teve um encontro com Nossa Senhora que mudou a sua vida.
No meio do shopping, graças ao poder da Medalha Milagrosa, Zachary
experimentou uma paz que supera todo entendimento. Aquela paz era Jesus
Cristo, o Príncipe da Paz. Zachary começou a frequentar a igreja de São
Francisco Xavier, em Vermont, e, em maio de 2008, mês de Maria, ele
entrou oficialmente para a Igreja Católica. Depois de 26 anos envolto no
ocultismo, Zachary King se tornou guerreiro de Cristo e quer
compartilhar o seu testemunho para proteger o povo de Deus, mostrando
que a misericórdia e o perdão divinos são imensos e que o amor de Deus
por nós é infinitamente profundo. Zachary, que vive atualmente na
Flórida com sua esposa, é conferencista internacional e faz questão de
relatar a história do milagroso resgate que o arrancou das garras do
satanismo.
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Fonte: Lepanto Institute
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