Por Italo Nóbrega
Júlio tem 17 anos. É um rapaz esbelto, forte, inteligente, costuma tirar boas notas na escola. Seus pais tem orgulho dele.
Até então, Júlio era um rapaz como
qualquer outro: tinha amigos, era amado pelos pais, gostava de ler, era
um bom pintor também. E eis que um dia, Júlio resolve contar algo a seus
pais: Júlio não quer mais ser Júlio.
-O que!? Exatamente, Júlio não quer mais
ser ele, não quer ser como nasceu, definido pela natureza; ou melhor,
por Deus. Não quer ser aquilo que a razão, a evidência e até mesmo a
ciência dizem que ele é.
Sim, Júlio não quer mais ser homem, como
se isso fosse possível. Violar a Lei Natural e Divina, violar o próprio
corpo em sua constituição biológica e psíquica, é isso que, em outras
palavras, Júlio quer.
Como isso aconteceu? Bem, é que disseram
a Júlio que, agora, as barreiras estão rompidas, não é preciso ficar só
no “preto ou branco”, há vários tons: pode ser um homem, uma mulher, os
dois, nenhum, etc. E Júlio acreditou…
Júlio não existe, é fictício. Porém, o quadro descrito é real, e bem real.
Está cada vez mais frequente o caso de
jovens, de ambos os sexos, decidirem “passar” para o sexo oposto, ou por
meio de cirurgias ou pelo modo comportamental, ignorando completamente a
Moral e a Natureza, resolvem portar-se de um modo que não condiz com o
que são.
E não fica nisso: querem ainda mais:
impor esse “modo de ser” aos que, com razão, se opõem a tal afronta a
natureza. Por meio de leis ditatoriais, promovem uma verdadeira
perseguição àqueles que decidem defender-se e defender seus filhos de
tamanha imoralidade.
Não, não acabou. O absurdo chega ao
ponto de quererem interferir em absolutamente tudo, como no Canadá, onde
exigiram até mesmo a mudança das palavras de um hino, para que
ficassem com sentido “neutro”. Ou ainda, a tentativa de criar pronomes
universais com significação “neutra”.
E isso tudo ocorre com grande adesão
publicitária. A mídia não só apoia como incentiva tais absurdos, por
meio de propagandas, seja em filmes, em novelas, até em – a que ponto
chegamos? – desenhos para crianças, inteiramente imorais.
Nas escolas tentam passar a “ideologia
de gênero”, ou seja, querem corromper as crianças desde a mais tenra
idade. Infelizmente, aos poucos vão diminuindo as reações, chegando a
aceitar ou até mesmo a defender como normal tão grande pecado. Isso é um
dos inúmeros exemplos do que ocorre atualmente pelo mundo.
Loucura é a privação do uso da razão ou do bom senso. Ela está relacionada com um desequilíbrio mental que se manifesta numa percepção distorcida da realidade, na perda do autocontrole, em alucinações e em comportamentos absurdos ou que não se justificam.
Tal definição pode muito bem ser aplicada ao panorama atual.
Sim, loucura é definitivamente a palavra certa. O mundo em que vivemos pode muito bem ser chamado de mundo dos loucos.
Como chegamos até aqui?
Bem, há dois tipos de loucura: uma é
patológica e a outra é consequência de alguma perturbação ou abalo da
normalidade provocado em algum momento da vida. A loucura da qual
falamos encaixa-se no segundo grupo, porque é fruto da maldade. Fruto de
uma gigantesca crise moral e religiosa.
Quando o homem distancia-se de Deus
Nosso Senhor e de sua Santa Religião, quando se distancia da Santa
Igreja Católica Apostólica e Romana, ele passa a viver longe da Verdade,
longe da honestidade, fica entregue à suas piores paixões, desafiando,
dessa forma, os limites da racionalidade e do bom senso. A situação
descrita tende a agravar-se gerando a loucura à qual nos referimos, e,
consequentemente, o caos mental.
Logicamente, este afastamento de Deus, a loucura e o caos tendem a uma terrível decadência. Abyssus abyssum invocat (um abismo atrai outro abismo), é o que disse Nosso Senhor nos Evangelhos. E é nesta decadência que nos encontramos.
Tendo em vista tantos e tantos crimes a
serem cometidos contra Deus, concluo o presente artigo com uma prece à
querida e muito amada Mãe de Deus e nossa, pedindo a Ela que, no meio
deste caos mental generalizado, desta loucura, desagrave o coração de
seu Divino Filho, nos mostre o caminho da Verdade e do Bem e que, o mais
depressa possível, nos dê o reinado de seu puríssimo Coração: “Por fim
meu Imaculado Coração triunfará”.
“Lembrai-vos ó piíssima Virgem Maria…”
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