sábado, 27 de maio de 2017

Na alegria e na tristeza: o casamento religioso celebrado

[domtotal]
Por Felipe Magalhães Francisco*


Se maio é mês das noivas é tempo de se perguntar sobre o casamento, sua celebração, duração e importância.




O mês de maio é popularmente conhecido como o mês das noivas. Muito possivelmente, essa associação é feita por uma questão de fundo piedoso: na cultura popular católica, o mês de maio é dedicado à Maria. As noivas, nesse caso, são associadas à figura de Maria, que é tomada como modelo de esposa e mãe. Fechando, então, o mês das noivas, preparamos esta matéria especial, para abordar o pertinente assunto do casamento, refletindo sobre esse importante passo dado pelos nubentes, na formação de uma família.
Para os que estão inseridos nos meios comunitários católicos, certamente já ouviram críticas variadas sobre os casamentos, atualmente. A maior parte dessas críticas vão no sentido de que as celebrações religiosas do casamento, em sua maioria, são meros eventos sociais, com fins outros que não a realização do sacramento. Esse não é, definitivamente, nosso ponto de partida, nos artigos que seguem. Há valor nas escolhas feitas pelos noivos, em darem um passo significativo no amadurecimento do amor que nutrem. O valor sacramental, segundo a teologia católica, precisa ser, qualitativamente, associado, por meio de uma boa iniciação cristã, a esse passo, na liberdade, feito por duas pessoas.
Para além da concepção católica, casamentos, nas mais variadas formas, acontecem. O que há de comum, em todas essas formas e estilos, é a decisão das pessoas de construírem uma vida segundo o próprio amor e bem-querer. É o que nos leva a refletir o artigo Vale a pena casar-se hoje em dia?, de Julio Reis Simões. De uma maneira bastante leve, o autor traz para a reflexão a diversidade de formatos de uniões, pautando sua leitura sobre o que há de valorativo nelas, fora das amarras religiosas-institucionais para a compreensão do casamento.
O segundo artigo, de nossa autoria, Que seja infinito enquanto dure, na mesma linha do artigo anterior, faz uma leitura do amor como acontecimento e é compreendido em uma perspectiva “pé no chão”. A partir do poema Soneto da Fidelidade, de Vinícius de Moraes, refletimos sobre a força do amor, ainda que temporalmente uma relação possa chegar ao fim. Nessa compreensão de amor, pensamos que uma relação que prospere no tempo se dá porque há uma decisão livre, responsável e honesta, celebrada cotidianamente.
Por fim, em nosso último artigo, Entre o desejo dos noivos e o rito litúrgico: a harmonia possível, também de nossa autoria, propomos um caminho para harmonizar a escolha dos noivos para a celebração do casamento e aquilo que é próprio do rito litúrgico. Essa relação, muitas vezes conflituosa, deve se dar de modo harmonioso, pois não são realidades antagônicas, resguardadas as devidas ressalvas.
Boa leitura!


*Felipe Magalhães Francisco é doutorando em Ciências da Religião, pela PUC-MG, e mestre e bacharel em Teologia, pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia. Articula a Editoria de Religião deste portal. É autor do livro de poemas Imprevisto (Penalux, 2015).

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