10 Ago. 17
DENVER, (ACI).-
O exorcista na Arquidiocese de Indianapolis, nos Estados Unidos, Pe.
Vincent Lampert, criticou o surgimento dos chamados “exorcistas
privados” ou “profissionais” na França e em outros lugares, como foi
informado em um recente artigo do The Economist.
“Parecia que o foco principal era o entretenimento. Para o propósito de qualquer exorcismo, um dos passos seria que a pessoa se conectasse novamente com a sua fé ou descobrisse a sua fé pela primeira vez. Parecia que as pessoas simplesmente pensavam no mal como algo com o qual podem brincar”, expressou o sacerdote membro da Associação Internacional de Exorcistas à CNA – agência em inglês do Grupo ACI.
O artigo do The Economist, publicado em 31 de julho, se refere à prática dos “exorcistas privados”, à margem da Igreja Católica, afirmando que a razão do aumento da sua popularidade é dupla: a falta de interesse da Igreja e os benefícios que as pessoas acreditam receber nesses “rituais”.
Além disso, indicam que esses “profissionais” afirmam ganhar 12.000 euros (mais de 14.000 dólares) por mês. Entretanto, os verdadeiros exorcismos realizados pela Igreja nunca têm um valor financeiro, porque ela “considera o exorcismo como um ministério de caridade, deste modo ela ajuda a qualquer pessoa que estiver necessitando”, recordou Pe. Lampert.
Em relação à suposta falta de interesse da Igreja Católica, Pe. Lampert garantiu que tal afirmação não é verdadeira, porque ela simplesmente quer ser cautelosa com casos que potencialmente envolvem a atividade demoníaca, em vez de precipitar-se a um julgamento rápido, como algumas pessoas querem.
“A Igreja sempre quer ser muito cautelosa”, expressou.
Por outro lado, sobre a questão dos benefícios, disse ter observado há algum tempo as pessoas que queriam uma solução rápida aos seus problemas ou uma solução supersticiosa, como as oferecidas pelos sangomas, uma espécie de pajés na África do Sul que poderiam ser relacionados com a proliferação deste tipo de “exorcistas” na França, como resultado da imigração.
“Direi que muitas vezes encontro com pessoas que realmente não querem nenhuma relação com a fé”, lamentou o Pe. Lampert.
Nesse sentido, acrescentou que estas pessoas “somente buscam tratar o sacerdote-exorcista como um pajé” e “não querem mudar nenhum aspecto da sua vida, simplesmente esperam que o sacerdote exorcista afaste tudo isso”.
Pe. Lampert também destacou que o efeito positivo percebido neste tipo de “rituais” pode ser perigoso, porque esses “profissionais” erroneamente parecem afirmar que é através do seu poder que exercem uma suposta autoridade espiritual.
“Certamente, não escutei nenhuma referência a Cristo. Quase parecia que o indivíduo era quem expulsava o mal. Mas, certamente, a partir de uma perspectiva católica, o exorcista estaria operando em nome, poder e glória de Cristo. Não é nenhum poder ou autoridade que eu possuo por conta própria”, sublinhou.
Esses falsos rituais podem fazer mais dano do que bem a uma pessoa, advertiu. “A Igreja poderia acabar causando mais dano do que bem se rotula uma pessoa como possuída, e esse rótulo não permitiria que a pessoa obtivesse a verdadeira ajuda que necessita do seu médico ou talvez de um profissional de saúde mental. Poderia receber esses ‘profissionais’ que só querem tirar proveito da miséria das pessoas e, de fato, poderiam piorar a situação”, sublinhou.
“O primeiro lugar no qual as pessoas sempre devem começar é procurando o seu pároco, pois se são católicos devem falar com o pároco local que pode ouvir a sua história. Se simplesmente chamam alguém cegamente e dizem: ‘Acho que estou possuído’, poderiam receber uma resposta que não é favorável. Mas se você entra e diz: ‘Ok, há certas coisas que não consigo compreender, você poderia me ajudar?’, então este sacerdote estará mais preparado para fazer o contato com o exorcista da diocese”, sugeriu o exorcista.
Nesse sentido, sublinhou que começar desse modo seria como “ver um médico profissional”, que, em seguida te encaminha a um especialista; portanto, uma pessoa “sempre deve confiar no seu pároco local”.
Pe. Lampert também observou essa vontade de ter uma “gratificação imediata” e a resistência de seguir os procedimentos da Igreja, que logo se manifesta na busca de pessoas que não estão capacitadas.
Finalmente, recordou que se a pessoa que procura ajuda não é um católico praticante, “então a pessoa deve estar disposta a seguir os procedimentos e os protocolos que a Igreja tem”.
“Muitas dioceses têm um exorcista atribuído pelo bispo local. Por motivos de segurança, a sua informação geralmente não se torna pública, daí a necessidade de consultar primeiro um pároco local”, concluiu.
“Parecia que o foco principal era o entretenimento. Para o propósito de qualquer exorcismo, um dos passos seria que a pessoa se conectasse novamente com a sua fé ou descobrisse a sua fé pela primeira vez. Parecia que as pessoas simplesmente pensavam no mal como algo com o qual podem brincar”, expressou o sacerdote membro da Associação Internacional de Exorcistas à CNA – agência em inglês do Grupo ACI.
O artigo do The Economist, publicado em 31 de julho, se refere à prática dos “exorcistas privados”, à margem da Igreja Católica, afirmando que a razão do aumento da sua popularidade é dupla: a falta de interesse da Igreja e os benefícios que as pessoas acreditam receber nesses “rituais”.
Além disso, indicam que esses “profissionais” afirmam ganhar 12.000 euros (mais de 14.000 dólares) por mês. Entretanto, os verdadeiros exorcismos realizados pela Igreja nunca têm um valor financeiro, porque ela “considera o exorcismo como um ministério de caridade, deste modo ela ajuda a qualquer pessoa que estiver necessitando”, recordou Pe. Lampert.
Em relação à suposta falta de interesse da Igreja Católica, Pe. Lampert garantiu que tal afirmação não é verdadeira, porque ela simplesmente quer ser cautelosa com casos que potencialmente envolvem a atividade demoníaca, em vez de precipitar-se a um julgamento rápido, como algumas pessoas querem.
“A Igreja sempre quer ser muito cautelosa”, expressou.
Por outro lado, sobre a questão dos benefícios, disse ter observado há algum tempo as pessoas que queriam uma solução rápida aos seus problemas ou uma solução supersticiosa, como as oferecidas pelos sangomas, uma espécie de pajés na África do Sul que poderiam ser relacionados com a proliferação deste tipo de “exorcistas” na França, como resultado da imigração.
“Direi que muitas vezes encontro com pessoas que realmente não querem nenhuma relação com a fé”, lamentou o Pe. Lampert.
Nesse sentido, acrescentou que estas pessoas “somente buscam tratar o sacerdote-exorcista como um pajé” e “não querem mudar nenhum aspecto da sua vida, simplesmente esperam que o sacerdote exorcista afaste tudo isso”.
Pe. Lampert também destacou que o efeito positivo percebido neste tipo de “rituais” pode ser perigoso, porque esses “profissionais” erroneamente parecem afirmar que é através do seu poder que exercem uma suposta autoridade espiritual.
“Certamente, não escutei nenhuma referência a Cristo. Quase parecia que o indivíduo era quem expulsava o mal. Mas, certamente, a partir de uma perspectiva católica, o exorcista estaria operando em nome, poder e glória de Cristo. Não é nenhum poder ou autoridade que eu possuo por conta própria”, sublinhou.
Esses falsos rituais podem fazer mais dano do que bem a uma pessoa, advertiu. “A Igreja poderia acabar causando mais dano do que bem se rotula uma pessoa como possuída, e esse rótulo não permitiria que a pessoa obtivesse a verdadeira ajuda que necessita do seu médico ou talvez de um profissional de saúde mental. Poderia receber esses ‘profissionais’ que só querem tirar proveito da miséria das pessoas e, de fato, poderiam piorar a situação”, sublinhou.
Sugestões para recorrer a um verdadeiro exorcismo
Pe. Lampert descreveu o processo pelo qual deve optar uma pessoa que suspeite que a atividade demoníaca está presente em sua vida.“O primeiro lugar no qual as pessoas sempre devem começar é procurando o seu pároco, pois se são católicos devem falar com o pároco local que pode ouvir a sua história. Se simplesmente chamam alguém cegamente e dizem: ‘Acho que estou possuído’, poderiam receber uma resposta que não é favorável. Mas se você entra e diz: ‘Ok, há certas coisas que não consigo compreender, você poderia me ajudar?’, então este sacerdote estará mais preparado para fazer o contato com o exorcista da diocese”, sugeriu o exorcista.
Nesse sentido, sublinhou que começar desse modo seria como “ver um médico profissional”, que, em seguida te encaminha a um especialista; portanto, uma pessoa “sempre deve confiar no seu pároco local”.
Pe. Lampert também observou essa vontade de ter uma “gratificação imediata” e a resistência de seguir os procedimentos da Igreja, que logo se manifesta na busca de pessoas que não estão capacitadas.
Finalmente, recordou que se a pessoa que procura ajuda não é um católico praticante, “então a pessoa deve estar disposta a seguir os procedimentos e os protocolos que a Igreja tem”.
“Muitas dioceses têm um exorcista atribuído pelo bispo local. Por motivos de segurança, a sua informação geralmente não se torna pública, daí a necessidade de consultar primeiro um pároco local”, concluiu.
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