Edson Neves
Um inimigo que nos vigia continuamente. Como um chacal, ronda suas vítimas à espreita do momento para devorá-las.
“Sua tática principal: fazer-nos crer que ele não existe.”
“Sua tática principal: fazer-nos crer que ele não existe.”
Vade retro Satana!
Um inimigo que nos vigia continuamente. Como um chacal, ronda suas vítimas
à espreita do momento para devorá-las.*
Sua tática principal: fazer-nos crer que ele não existe.**
à espreita do momento para devorá-las.*
Sua tática principal: fazer-nos crer que ele não existe.**
Edson Neves
“Uma jovem professora de Avignon (França), que dava sinais de
possessão demoníaca, foi conduzida, por ordem do Bispo, ao Cura d’Ars.
Ia acompanhada de um vigário e da Superiora das Franciscanas de Orange.
Chegaram a Ars em 27 de dezembro de 1857. No dia seguinte, fizeram-na
entrar na sacristia, no momento em que o santo Cura revestia-se para
celebrar a Missa. Em seguida a possessa se pôs a gritar, procurando
fugir:
“- Tem gente demais aqui! – exclamava.
“- Tem gente demais, – acrescentou o Cura – pois bem, saiam todos!
“E, a um sinal de sua mão, ficou só, frente a frente com Satanás. No
início, apenas ouviu-se dentro da igreja um ruído confuso e violento.
Logo o tom se elevou ainda mais. O vigário de Avignon, vigilante junto à
porta, pôde captar o seguinte diálogo:
“- Queres sair a todo custo? — dizia o Padre Vianney.
“- Sim!
“- E por quê?
“- Porque estou com um homem que não quero!
“- Não me queres então? — perguntou o Cura com tom irônico.
“- Não! – gritou o espírito infernal. E este não! foi proferido em tom estridente e furioso.
“Quase em seguida, a porta tornou a abrir-se. Todos puderam ver a
jovem professora chorando de alegria …. E voltando-se para o Padre
Vianney, disse-lhe:
“- Tenho medo que ele volte!
“- Não, minha filha — respondeu-lhe o santo homem –, ou não tão breve.
“A jovem pôde retomar suas funções de educadora na cidade de Orange. E ele não retornou”.
Eis aí um, dentre tantos fatos históricos que comprovam
experimentalmente a existência do demônio e sua ação característica na
alma e no corpo de uma possessa, descrito por Mons. Cristiani, conhecido
autor francês, em sua obra Presença de Satan no mundo moderno (1).
O renomado teólogo francês Ad Tanquerey, em sua conhecida obraCompêndio de Teologia Ascética e Mística assim
descreve a ação do demônio sobre os homens: “Cioso de imitar a ação
divina na alma dos Santos, esforça-se o demônio por exercer também o seu
império ou antes a sua tirania sobre os homens. Às vezes assedia, por
assim dizer, a alma por fora, suscitando-lhe horríveis tentações; outras
vezes instala-se no corpo e move-o a seu talante, como se fosse senhor
dele, a fim de lançar a perturbação na alma. No primeiro caso temos a
obsessão, no segundo a possessão” (2).
Assim, enquanto mediante a obsessão (ver quadro ao final)
o demônio atua externamente suscitando no homem tentações, grandes ou
pequenas, mas sempre perigosas, pela possessão ele instala-se no corpo
deste para perturbar a alma.
Eis a explicação, apresentada por Mons. Cristiani em sua referida obra, sobre a natureza e a causa da possessão:
“Não existe talvez fato mais extraordinário que o da possessão diabólica.Que
tal fato existe é o que demonstram muitíssimas experiências. Sem
dúvida, houve possessos desde muito tempo antes da vinda de Jesus Cristo
à Terra. Houve possessos em torno dEle, como o Evangelho no-lo mostra.
Na Igreja primitiva, foram inúmeros os casos, e a instituição da ordem dos exorcistas, entre os membros do clero, é uma boa prova disso. ….
“A teologia católica, baseada sobre os fatos de possessão demoníaca,
tomou posição tão decidida a respeito deste problema, que chegou a
elaborar uma teoria completa sobre o assunto. Assim, o Ritual Romano,
livro oficial do cerimonial eclesiástico, explica os sinais pelos quais
se conhece a autêntica possessão e dá os remédios necessários para
combatê-la: os exorcismos” (3).
O mesmo autor afirma, no que concerne à possessão e suas causas, que
não podemos escolher guia mais seguro e mais preciso que a obra de Mons.
Saudreau, L’état mystique… et les faits extraordinaires de la vie spirituel (Paris, Amat, 2ª ed., 1921).
Natureza de um fenômeno estranho: a possessão
“Segundo Mons. Saudreau, a possessão nunca chega até a animação.
Isto quer dizer que o demônio não substitui a alma do possesso, não dá
vida ao corpo, mas, sem que saibamos como, apodera-se desse
corpo, faz sua morada nele, quer seja no cérebro, quer nas entranhas,
porém, em todo caso, no sistema nervoso. Não tira à alma, portanto, seu
domínio normal sobre o corpo e sobre os membros; imprime às faces do
rosto uma expressão desconhecida e que corresponde à ação do demônio.
“O demônio não está sempre presente no possesso. Entra nele quando
quer. Provoca nele ataques. Um possesso poderá até ser liberado
momentaneamente pelos exorcismos, e depois torna-se novamente presa do
demônio. Em seu estado normal, o possesso é como todo mundo…
“Por outro lado, os demônios não atuam todos da mesma maneira, porque
estão longe de ser totalmente iguais. Acreditava-se, não sem razão, que
todos os deuses do paganismo eram demônios” (4). “Omnes dii gentium, daemonia”, diz a Escritura(Salmos 95, 5).
Múltiplas causas da possessão: o sortilégio ou bruxaria
“O bom senso popular colocaria na primeira fila das causas da possessão as faltas cometidas pelo possesso. Não é assim em absoluto. As causas de possessão são, na verdade, muito variáveis. ….
“Se os demônios fizessem livremente seus estragos entre os homens, a
humanidade estaria transtornada, não seríamos mais donos de nossos
destinos, a obra de Deus entre nós estaria desviada de seu objetivo. O
fato é, em si, inconcebível e, por mais poderosos que sejam os demônios,
a verdade é que ‘esses cães estão acorrentados’….
“Os demônios não atuam entre nós senão na medida em que obtêm — como
está escrito no Livro de Jó — a permissão de Deus, soberano Senhor. O
caso do mesmo Jó, submetido às infestações de Satanás, é uma boa prova
de que não são as faltas da vítima que explicam suas penas.
“Por vezes, pode haver culpa do possesso, como reconhece Mons.
Saudreau: ‘Uma pessoa ficou possessa em conseqüência de uma oração a
Mercúrio, feita por ela, a conselho de uma velha curandeira’ (5).
“Em muitos casos pareceria que a origem da possessão teria sido ummalefício. É o que o público denomina mais correntemente umabruxaria. Mons. Saudreau é categórico neste ponto: ‘uma das causas mais freqüentes das vexações diabólicas é o malefício’. E esclarece: ‘os malefícios são os sacramentos do demônio’”.
“Pareceria que o demônio, depois de ter estabelecido seu ritual
próprio para o lançamento de sortilégios, se vê obrigado a atuar quando o
bruxo observa as formas que ele prescreveu…. Porém os malefícios não
têm todos a mesma eficácia.
“No século XVII, em processo célebre, descobriu-se que os malefícios
tinham por base assassinatos de crianças, pecados contra a natureza e
missas sacrílegas” (6).
“A possessão pode ser e é seguramente, às vezes, uma prova permitida
por Deus, como no caso do santo homem Jó ou no do Cura d’Ars; sem que
tenha havido falta por parte do infestado ou do possesso e sem que haja
ocorrido malefício.
“Em suma, os casos de possessão são casos extremos de um fato imenso que se estende por todo o universo espiritual: a luta do bem contra o mal, da Cidade de Deus contra a Cidade de Satanás” (7).
Como combater a possessão
O autor francês refere-se a seguir ao exorcismo como o meio de combater a possessão:
Como dissemos, o remédio que Deus quis para a possessão é o que chamamos exorcismo, que significa conjuro. Porém, existem regras muito precisas para praticar o exorcismo.
“Se a pessoa manifesta em si a presença de uma inteligência diferente da sua, existe possessão e não enfermidade. O Ritual Romano traz precisões sobre este ponto essencial. E acrescenta: ‘Os demônios suscitam todos os obstáculos que podem impedir que o paciente seja submetido a exorcismos’” (8).
O cânon 1172 do Código de Direito Canônico contém disposições concernentes aos exorcismos.
O demônio no Antigo e no Novo Testamento
O demônio é mencionado freqüentemente no Antigo Testamento, por exemplo, no Livro de Isaías: “Como caíste do céu, ó astro brilhante, que, ao nascer do dia, brilhavas?” (Is 14, 12).
O Apocalipse — o último livro do Novo Testamento, escrito pelo
Apóstolo São João Evangelista — assim descreve a queda de Lúcifer e dos
anjos rebeldes:
“E houve no Céu uma grande batalha: Miguel e os seus anjos pelejavam
contra o dragão, e o dragão com os seus anjos pelejavam contra ele;
porém, estes não prevaleceram; e o seu lugar não se
achou mais no Céu. E foi precipitado aquele grande dragão, aquela antiga
serpente, que se chama o Demônio e Satanás, que seduz todo o mundo; e
foi precipitado na terra, e foram precipitados com ele os seus anjos”
(Apoc. 12, 7-9).
Incapazes de amor, os demônios encontram-se ligados pelo ódio mútuo e
ódio a todas as coisas. Por isso, tramaram também a perdição do gênero
humano.
“Satanás, invisível agente pessoal, inimigo do homem, que o conduz à perdição, afastando-o de Deus” (9).
Adão e Eva cederam à tentação diabólica
“Sereis como deuses conhecendo o bem e o mal”(Gn 3,
5). Esta foi a frase que a astuta serpente disse a Eva. E, assim, Adão e
Eva se deixaram seduzir.
A propósito, observa o renomado escritor e polemista francês Mons.
Henri Delassus: “Desde a criação do gênero humano, o homem se extraviou.
Em vez de crer na palavra de Deus, e de obedecer à sua ordem, Adão
escutou a voz sedutora que lhe dizia para colocar o seu fim em si mesmo,
na satisfação de sua sensualidade, nas ambições do seu orgulho” (10).
Diz piedosa tradição que Adão e Eva fizeram penitência numa caverna
do monte Calvário, que tem esse nome porque ali foi descoberta a caveira
do primeiro homem (cfr. Lc 23, 33). Realmente, debaixo do Calvário e
ocupando o mesmo espaço do Gólgota, hoje encontra-se a capela de Adão,
na qual estiveram também, até 1808, os sepulcros de Godofredo de
Bouillon, que conquistou a Cidade Santa, e de seu irmão Balduíno,
primeiro rei católico de Jerusalém.
“Por sua vida penitente, Adão e Eva são considerados santos e sua
festa celebra-se a 19 de dezembro. Dois de seus filhos, Caim e Abel,
constituem o primeiro exemplo de divisão do gênero humano: Abel é o
exemplo dos fiéis que caminham para o Bem, e Caim, dos que caminham para
o Mal” (11).
Os demônios conspiram contra o homem porque não podem tolerar que ele
tenha sido redimido pelo Verbo Divino que se encarnou no seio puríssimo
de Maria, unindo-se à natureza humana.
O pecado original foi uma vitória de Satanás sobre o homem. Mas a
Redenção foi a vitória de Jesus Cristo sobre Satanás. Assim, Deus não
consentiu que o demônio arrastasse todos os homens para o seu reino.
Pode-se falar num Império de Satanás?
Não se pode pôr em dúvida, entretanto, que Satanás tenha o seuImpério, considerando-se o termo latino imperium no seu significado político-jurídico: “Imperium é
o vocábulo empregado, em amplo sentido, para significar o supremo
poder, ou a suprema autoridade, conferida a certas instituições ou a
certas pessoas. Indica, assim, o próprio poder conferido ao imperador,
em virtude do qual exerce sua autoridade soberana em todo território
onde se situam ou limitam os domínios imperiais, em relação a todas as
coisas ou a todas as pessoas” (12).
Ora, Satanás manda nos diabos e nos homens que a ele se entregam pelo
pecado. Ensina Nosso Senhor que “todo o que comete pecado é escravo do
pecado” (Jo 8, 34). E o Império de Satanás possui seu
território, seu âmbito de competência e sua área de jurisdição. Tem sua
metrópole e suas colônias. A metrópole é o Inferno, mas, pelo menos em
potência, seu área de expansão colonial abarca toda a Terra habitável.
Em geral, fora do Inferno, à primeira vista não parece que Satanás
exerça verdadeiro império sobre um território, mas apenas sobre pessoas.
No entanto, se atentarmos bem ao que acontece, verificaremos que,
embora de forma temporária e não permanente, há nações que se comportam,
durante longos períodos de tempo, como verdadeiras colônias doImpério infernal, tal
é a dominação que ele exerce sobre o povo no seu conjunto. Em outros
lugares, não possui Satanás debaixo de suas ordens senão minorias
nacionais dispersas, mais numerosas ou menos; mas há nações em que as
maiorias e os governos vivem como que subjugados por ele.
Exemplo frisante disso foi a extinta e desditosa U.R.S.S. A respeito
do regime que nela imperava, Mons. André Sheptyskyj, Arcebispo de Lvov e
líder da Igreja Católica na Ucrânia durante as perseguições de Lênin e
Stalin, escreveu à Santa Sé uma carta, na qual figura uma frase bastante
significativa: “Este regime só pode se explicar como um caso de possessão diabólica coletiva”. E pediu ao Papa Pio XI que sugerisse a todos os sacerdotes e religiosos do mundo que “exorcizassem a Rússia soviética”. O Prelado ucraniano faleceu em 1944, estando atualmente em andamento seu processo de beatificação(cfr. Catolicismo, no 590, fevereiro 2000, p.19).
A questão levantada pelo Arcebispo ucraniano não se colocaria hoje,
talvez até com mais razão, em alguns lugares do mundo, uma vez que o
processo revolucionário multissecular de destruição da civilização
cristã não fez senão acentuar-se intensamente desde então? Assim, não
estaríamos assistindo, em escala crescente, a um fenômeno de possessão
coletiva, ao menos em largas esferas do mundo atual?
Questão ainda mais delicada: pode o demônio insinuar-se dentro da
própria Igreja de Jesus Cristo, em certos períodos de grande provação e
pecado? Para responder com segurança a tal pergunta seria preciso que
teólogos – autênticos teólogos de ortodoxia ilibada – o estudassem com
cuidado e se pronunciassem a respeito. Mas a pergunta não pode deixar de
ser levantada tendo em vista o memorável pronunciamento de Paulo VI
sobre as calamidades na fase pós-conciliar da Igreja, feito em 29 de
junho de 1972, na Alocução “Resistite fortes in fide”, que citamos aqui
na versão da Poliglotta Vaticana (maiúsculas nossas):
O Pontífice, “referindo-se à situação da Igreja de hoje, afirmou ter a
sensação de que `por alguma fissura tenha entrado a fumaça de Satanás
no templo de Deus’. Há a dúvida, a incerteza, o complexo dos problemas, a
inquietação, a insatisfação, a confrontação. Não se confia mais na
Igreja; confia-se no primeiro profeta profano que nos venha falar, por
meio de algum jornal ou movimento social, a fim de correr atrás dele e
perguntar-lhe se tem a fórmula da verdadeira vida. E não nos damos conta
de que já a possuímos e somos mestres dela. Entrou a dúvida em nossas
consciências, e entrou por janelas que deviam estar abertas à luz. ….
Também na Igreja reina este estado de incerteza. Acreditava-se que,
depois do Concílio, viria um dia ensolarado para a História da Igreja.
Veio, pelo contrário, um dia cheio de nuvens, de tempestade, de
escuridão, de indagação, de incerteza. Pregamos o ecumenismo, e nos
afastamos sempre mais uns dos outros. Procuramos cavar abismos em vez de
enchê-los. Como sucedeu isto? O Papa confia aos presentes um pensamento
seu: o de que tenha havido a intervenção de um poder adverso. Seu nome é
o diabo, este misterioso ser ao qual também alude São Pedro em sua
Epístola” (Cfr. Insegnamenti di Paolo VI, Tipografia Poliglotta
Vaticana, vol. X, pp. 707-709).
O Império de Satanás possui os seus cidadãos
Entre os homens, ao Império de Satanás pertence aquele que o deseje: é suficiente um pecado mortal para adquirir cidadania nesse Império; e
para nele permanecer, basta a falta de contrição, que se torna muito
fácil pela preguiça ou má vontade em encarar de frente o próprio pecado,
reconhecê-lo e humildemente acusá-lo no tribunal da Confissão.
A cidadania infernal concede o “direito” de satisfazer todos
os apetites da concupiscência, e de praticar todos os pecados mortais
correspondentes, enquanto houver saúde e dinheiro. Em troca, osdeveres impostos
por esse Império cumprem-se geralmente depois da morte, e consistem em
suportar o insuportável fogo eterno… Por outro lado, basta o verdadeiro
arrependimento dos pecados e o sacramento da Confissão para livrar-se da
tirania desse Império.
Quanto à principal tática do demônio para atuar internamente na
Igreja, desde que Ela foi instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, é a
disseminação das heresias.
O conhecido historiador francês do início do século XX, Pe. Emmanuel
Barbier, comenta a esse respeito: “O flagelo da heresia decorre de duas
fontes. As primeiras conquistas da Igreja haviam sido
feitas sobre o elemento judeu e sobre o elemento pagão. Aqueles que
aceitaram o Evangelho, nele não reconheceram toda a divina salvação, que
é preciso receber simplesmente, sem acréscimo e sem atenuação. Muitos
misturaram à doutrina cristã outros ensinamentos e deram assim
nascimento às heresias. Estes ensinamentos estranhos estavam incrustados
quer no judaísmo, quer no paganismo” (13).
“O número dos tolos é infinito”: o gosto de ser enganado
Diz antigo provérbio que o mundo quer ser enganado, e por
isso, em todas as idades houve embusteiros que trataram de satisfazer
esse desejo das massas. E o demônio pode utilizar-se desses embusteiros
para afastar as pessoas da verdadeira Fé.
A essa má inclinação, as Sagradas Escrituras acrescentam que “os perversos dificultosamente se corrigem e o número dos tolos é infinito” (Ecl 1, 15).
Quando o embuste se vela sob formas religiosas ou misteriosas e atua
por meio de agentes de mistificação com poderes desconhecidos ou
preternaturais, então ele pode arraigar-se de tal modo no coração, que a
luz claríssima da verdade dificilmente consegue arrancá-lo da
imaginação popular.
Exemplo frisante de estultice popular o leitor encontrará nos
episódios vividos pelo Profeta Daniel (Dn 14, 1-42). Depois dele
desmascarar o falso deus Baal dos babilônios, estes o quiseram matar!…
* * *
É ótima defesa contra o demônio usar sobre si a Medalha Milagrosa, o Escapulário do Carmo, o Agnus Dei, a Medalha de São Bento (ver quadro ao final), a água benta etc. De nada adiantarão, porém, se a pessoa não se empenhar na observância dos Mandamentos.
O Pe. Gabriele Amorth — de quem falaremos adiante — assim se refere ao uso da Medalha Milagrosa:
“Constatei em várias ocasiões a eficácia das medalhas que as pessoas
usam com fé. Bastaria falar da Medalha Milagrosa difundida em milhões de
exemplares no mundo depois da aparição da Virgem a Santa Catarina
Labouré (Paris, 1830); se falássemos das graças prodigiosas recebidas
através dessa simples medalhinha, nunca mais acabaríamos” (14).
Cultos afro-asiáticos de conotação satanista na atualidade
O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira observava que “o homem gosta de meias verdades, mas tem horror à verdade total”. E Donoso Cortez, renomado escritor, filósofo e sociólogo espanhol, diz que “o espírito humano tem fome de absurdo e de pecado” (cfr. Obras Completas: Ensaio sobre o Catolicismo, B.A.C., Madrid, 1946, Tomo 2, p. 377).
É por isso que a grande maioria dos homens prefere o caminho fácil
das meias verdades, desembocando em religiões falsas. O demônio os atrai
como pode, explorando suas más tendências e seus vícios. Assim, a uns
conseguirá arrastar diretamente para o satanismo radical dos sacrifícios
cruentos. A outros, atrairá para as formas mais veladas de falsa
religiosidade que parecem benignas, às vezes sob a capa de filantropia
ou de bem espiritual, como certas práticas hinduístas.
Exemplo típico, entre muitos, de satanismo cruento, é o caso de uma
vendedora do Rio de Janeiro que declarou ter matado a própria filha de
três anos em um ritual de magia negra. Ela foi presa com o concubino e
a mãe de santo, que também teriam participado do crime, no litoral fluminense (cfr. “O Estado de São Paulo”, 15-1-99).
A difusão de cultos afro-asiáticos de conotação satanista é hoje uma realidade. No Uruguai, por exemplo, a umbanda é a prática religiosa que mais cresce, a tal ponto que a festa de Iemanjá é
a mais popular do país, atraindo para as praias centenas de milhares de
praticantes desse culto de origem africana (cfr. “Folha de S. Paulo”,
27-11-99).
Mesmo aqueles que procuram esses cultos por razões folclóricas ou
turísticas, arcam com o risco de ser envolvidos por eles e sofrerem as
conseqüências.
Espiritismo umbandista
D. Frei Boaventura Kloppenburg O.F.M., Bispo de Novo Hamburgo (RS),
explica: “Não podemos indicar uma data exata para a aparição, entre nós,
daquilo que hoje se chama espiritismo de Umbanda.
Movimentos populares, de origem nitidamente africana, com fachadas
cristãs, mas fortemente paganizadas e diretamente influenciadas pelas
práticas espíritas, aos poucos se aglutinaram e continuam a coordenar-se
ainda hoje, para formar a umbanda (palavra africana que significa feitiçaria). OBatuque do Sul, a Macumba do Rio, o Candomblé da Bahia, o Xangô de Pernambuco, o Catimbó do Nordeste, o Nagô ou as Casas de Minas do Maranhão, a Pajelança da Amazônia: eis a matéria remota desse novo tipo de Espiritismo. Os Kardecistas não toleram que se qualifique aUmbanda como espírita. Mas os próprios umbandistas continuam a proclamar empenhadamente que também eles são verdadeiros espíritas. A Federação Espírita Brasileira, numa solene declaração, publicada no órgão oficial Reformador, de julho de 1953, página 149, acabou concedendo aos umbandistas o ‘privilégio’ de se chamarem espíritas” (15).
Evocar os mortos: proibição formal da Igreja
Em sua obra Sobre a heresia espírita, o mesmo autor
acrescenta: “A prática generalizada pelo espiritismo de evocar os mortos
não é recente. O espiritismo atual é a continuação da magia e da
necromancia de tempos idos. Já no Antigo Testamento existem testemunhos
das consultas aos mortos praticadas pelos hebreus” (16).
E prossegue: “Mas o fim visado foi sempre o mesmo: evocar os mortos,
para deles saber alguma coisa. O espiritismo moderno, portanto, é a
magia ou a necromancia da Antigüidade. Ora, consta de textos
insofismavelmente claros do Antigo Testamento que Deus proibiu, sob as
mais severas penas, semelhantes práticas de necromancia e magia” (17).
Eis abaixo alguns textos da Sagrada Escritura, que condenam severamente a necromancia e a magia:
- ·Êxodo 22, 18: “Não deixarás viver os feiticeiros”.
- ·Levítico 20, 27: “O homem ou a mulher em que houver espírito pitônico ou de adivinho, sejam punidos de morte. Apedrejá-los-ão, o seu sangue cairá sobre eles”.
- ·Lev. 19, 31: “Não vos dirijais aos magos, nem interrogueis os adivinhos, para que vos não contamineis por meio deles. Eu sou o Senhor vosso Deus”.
- ·I Reis 28, 5-25: Estes versículos narram a história do rei Saul, que foi consultar uma pitonisa. A conseqüência do episódio inteiro é exposta no I Livro dos Paralipômenos 10, 3: “Morreu, pois, Saul, por causa das suas iniqüidades, porque tinha desobedecido ao mandamento que o Senhor lhe tinha imposto e não tinha observado; e além disso tinha consultado a pitonisa e não tinha posto a sua esperança no Senhor; por isso Ele o matou, e transferiu o seu reino para David, filho de Isaí”.
- ·IV Reis 17, 17: “E consagraram seus filhos e suas filhas por meio do fogo, e entregaram-se a adivinhações e agouros, e abandonaram-se a fazer o mal diante do Senhor, provocando a sua ira”.
- ·Isaías 8, 19-20: “E quando vos disserem: Consultai os pitões e os adivinhos, que murmuram em segredo nos seus encantamentos: Acaso não consultará o povo ao seu Deus, há de ir falar com os mortos acerca dos vivos? Antes à Lei e ao Testamento que se deve recorrer. Porém, se eles não falarem na conformidade desta palavra, não raiará para eles a luz da manhã”.
Em vista do acima exposto, decorre a proibição divina de evocar os
mortos e consultar médiuns, macumbeiros, gurus, cartomantes. Tal
proibição é clara, repetida, enérgica e severíssima.
O espiritismo: verdadeira heresia
Em face dessa tão radical negação de toda a doutrina cristã, o
Episcopado Brasileiro, reunido no VI Congresso Eucarístico Nacional
(1953), presentes os Senhores Cardeais, Arcebispos, Bispos e Prelados e o
Representante da Nunciatura Apostólica, Mons. João Ferrofino,
determinou que: “Os espíritas devem ser tratados como verdadeiros hereges” (18).
O que vem a ser, pois, o herege? É aquele que, após o batismo, nega
com pertinácia qualquer verdade que se deva crer com fé divina e
católica, ou duvida pertinazmente a respeito dela, uma vez que o Direito
Canônico assim define a heresia: “Chama-se heresia a negação pertinaz,
após a recepção do batismo, de qualquer verdade que se deva crer com fé
divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dela” (cân. 751).
É essencial ao herege, pois, negar com pertinácia. Não seria herege quem negasse uma verdade sem obstinação, sem saber que se trata de verdade de Fé. Portanto
não são hereges, nem podem ser tratados como tais, todos aqueles que,
por ignorância e iludidos pela falaz propaganda espírita, aderiram ao
espiritismo. Mas se, avisados, persistirem no espiritismo,
tornam-se pertinazes, e, portanto, hereges, devendo conseqüentemente ser
tratados como tais.
Em seu livro acima mencionado, D. Frei Boaventura Kloppenburg conclui
que “é sem dúvida severo e inexorável o modo de tratar os espíritas.
Mas é uma medida necessária e justa. …. O modo como continuam a evocar
os mortos equivale a uma insurreição aberta contra Deus e a Igreja”
(19).
Por isso, “os espíritas excluíram-se a si mesmos da Igreja” (20).
Condenações do reencarnacionismo há muitos séculos
“Reencarnação é o termo usado para indicar a
passagem da alma de um a outro corpo humano. Há um significado mais
restrito da metempsicose, que indica a transmigração da alma humana
através de vários corpos dos homens, dos animais, das plantas etc” (21).
“No século IV, Orígenes tentou apresentar esta doutrina como sendo
católica, inspirando-se em Platão, levantando-se contra ele uma forte
polêmica. Ela foi condenada pelo Concílio de Constantinopla no ano de
543 (Papa Virgílio). O absurdo da reencarnação foi posto a nu em
declarações inequívocas do Magistério Eclesiástico, segundo o qual, após
a morte, cada indivíduo é julgado e recebe um destino eterno
irrevogável(cfr. II Concílio de Lyon, ano 1274; Constituição Apostólica Benedictus Deus, de Bento XII, 29-1-1336; Decretum pro graecis, do Concílio de Florença, 4-6-1439)” (22).
“Um decreto do Santo Ofício, de 4 de agosto de 1856, declara ilícita,
herética e escandalosa a prática de evocar as almas dos mortos, receber
respostas etc.; a declaração da S. Penitenciária (1º de fev./1882),
declara ilícito assistir, ainda que passivamente, às consultas e jogos
espíritas. Leão XIII proibiu a leitura e a posse dos livros nos quais se
ensina ou se recomenda o sortilégio, a adivinhação, a magia, a evocação
dos espíritos e semelhantes superstições” (23).
Faltam exorcistas autênticos
O Pe. Gabriele Amorth, exorcista oficial da Diocese de Roma, esclarece em seu ensaio Um exorcista conta-nos:
“O demônio faz tudo para não ser descoberto, mostra-se muito lacônico e
procura todos os meios para desencorajar o paciente e o exorcista”
(24).
E acrescenta: “Os exorcistas na Itália são pouquíssimos, e os que
estão preparados, ainda são menos. A situação noutros países é ainda
pior, por isso têm-me procurado para a bênção pessoas vindas da França,
Áustria, Alemanha, Suíça, Espanha e Inglaterra, onde — a se acreditar no
que me dizem — não conseguiram encontrar um exorcista. Incúria dos
bispos e dos sacerdotes?” (25).
“Hoje em dia a Pastoral, neste setor e no mundo católico, está
completamente descurada. Não era assim no passado. Cada Catedral devia
ter um exorcista, do mesmo modo que tem um confessor, e deviam ser
tanto mais numerosos os exorcistas, quanto maiores fossem as
necessidades: nas paróquias mais importantes, nos santuários” (26).
“Minha experiência direta leva-me a afirmar que novos fatores estão
na origem do aumento considerável das vítimas do Maligno. Em primeiro
lugar, analisemos a situação do mundo consumista do Ocidente em que o
sentido materialista e hedonista da vida fez com que muita gente
perdesse a fé. Penso que sobretudo na Itália uma grande parte da culpa
cabe ao comunismo e ao socialismo que, com as doutrinas marxistas,
dominaram nestes últimos anos a cultura, a educação e o mundo do
espetáculo” (27).
“A magia e o espiritismo são incentivados por vários canais de
televisão. Acrescentem-se ainda os jornais e os espetáculos de horror,
em que ao sexo e à violência se aliam mesmo um sentido de perfídia
satânica e a difusão de certas músicas de massa que invadem o público
até à obsessão. Faço aqui muito particularmente referência ao rock satânico ….” (28).
“Os Exorcismos são esconjuros ou mandados imperativos que o ministro
autorizado pela Igreja faz em nome de Deus contra o demônio, para que
abandone as pessoas por ele possuídas ou cesse de infestar pessoas ou
coisas, ainda que inanimadas” (29).
Visão de Leão XIII: crescente atuação diabólica no mundo
E ainda o mesmo autor diz:
“Muitos de nós recordamos que, antes da reforma litúrgica do Concílio
Vaticano II, os celebrantes e os fiéis, no fim de cada missa,
ajoelhavam-se para rezar uma oração a Nossa Senhora e outra a São Miguel
Arcanjo:
‘São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, sede
nosso auxílio contra a malícia e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus,
instantemente o pedimos, e Vós, Príncipe da milícia celeste, pelo divino
poder, precipitai no Inferno a Satanás e os outros espíritos malignos
que vagueiam pelo mundo para perder as almas.’
“Como é que nasceu esta oração? Transcrevo o artigo escrito pelo Pe. Domenico Pechenino na revista Ephemerides Liturgicae,
1955, pp. 58-59: Não me lembro exatamente do ano. Uma manhã, o grande
Pontífice Leão XIII tinha celebrado a S. Missa e estava a assistir a uma
outra de ação de graças, como de costume. De repente, viu-se ele virar
energicamente a cabeça, depois de fixar qualquer coisa intensamente,
sobre a cabeça do celebrante. Finalmente, voltando a si, bate ligeira,
mas energicamente com a mão, levanta-se. Dirige-se ao seu escritório
particular. Daí a uma meia hora, manda chamar o Secretário da
Congregação dos Ritos, e estendendo-lhe uma folha de papel, manda
fazê-la imprimir e enviar a todos os Ordinários do mundo. Que assunto
continha? A oração que rezávamos no fim da missa com o povo” (30).
Apesar dos embustes do sincretismo religioso, a doutrina católica não mudou
Ora — poderia objetar algum leitor –, há eclesiásticos que abrem os
braços e dialogam amigavelmente com macumbeiros e espíritas.
Infelizmente é bem verdade que, sobretudo nos últimos 30 ou 40 anos,
muitas declarações e atitudes de membros do clero parecem em contradição
com a doutrina acima exposta.
Uma conferência anual de padres e Bispos negros realizada em
Salvador, em julho do ano passado, incluiu uma visita aos dois
principais terreiros de candomblé. Chocado com isto, o Pe. Pierre Mathon
anunciou que celebraria uma missa de repúdio às práticas religiosas que descreveu como demoníacas, e
acusou o clero em questão de desviar-se da única Fé verdadeira. “O
diálogo é bom, mas fechar os olhos aos padres católicos que recebem as
bênçãos de sacerdotes do cadomblé é simplesmente inaceitável”, afirmou o
Pe. Mathon durante sermão em Salvador. E acrescentou: “Esses padres são
a própria Igreja e estão dando um mau exemplo”. ….
É o que confirma o próprio Arcebispo Primaz de Salvador, D. Geraldo
Majella, que atribui as manifestações de sincretismo religioso presentes
na Bahia à “…. falta de conhecimento mais profundo da Religião e da Fé
católica. Conseqüentemente, acreditam que qualquer coisa vale, que tudo
está bem, que você pode misturar a Fé da Igreja com um outro credo, como
se fosse algum tipo de mescla”, comentou em declarações reproduzidas
por Larry Rohter no “The New York Times” (31).
Convém insistir, portanto, que o sincretismo — fusão
de várias formas e opiniões religiosas (32) — apresenta-se como um
“fenômeno universal em relação aos problemas religiosos mais graves,
especialmente no que se refere ao judaísmo e ao cristianismo” (33).
Mistura os Santos da Religião Católica com personagens, míticos ou não,
de outras religiões, sejam elas o espiritismo, o candomblé, a macumba,
ou qualquer outro culto pagão. Trata-se de um artifício de que pode
servir-se o diabo para enganar os incautos, especialmente as pessoas que
vivem na ignorância religiosa.
Além do sincretismo, é inquietante a difusão considerável que a
superstição, a magia e o ocultismo vêm alcançando em nossos dias, como
veremos a seguir.
Tão universal é o fenômeno, que recente notícia da agência Zenit
menciona o espantoso avanço do esoterismo e da magia no país em que se
encontra o próprio centro da Igreja Católica e da Cristandade:
“No mínimo inquietantes: assim são os dados oferecidos no Congresso sobre Superstição, Magia e Satanismo na Úmbria,
organizado pelo Instituto Teológico de Assis. Os números falam por si
mesmos: mais de 12 milhões de italianos recorrem a um mago pelo menos
uma vez por ano, mais mulheres do que homens, 40% com estudos
secundários, 30% com estudos universitários superiores. A Agencia ANSA
cita Mons. Ennio Antonelli, secretário-geral da Conferência Episcopal
italiana: ‘com a taxa de 8 por mil do imposto sobre a renda que se
destina às igrejas e religiões, a Igreja Católica recebe 500 milhões de
dólares, por ano, enquanto a quantia faturada pelo mundo do ocultismo
chega a 750 milhões de dólares’ (34).
A nós, católicos leigos, cumpre, nas tristes circunstâncias atuais,
redobrar os esforços para esclarecer o próximo sobre a expansão das
várias formas de cultos satânicos que vão corroendo o catolicismo no
Brasil. Peçamos a Nossa Senhora Aparecida e a São Miguel Arcanjo que nos
dêem toda proteção e ajuda nessa luta contra o Império de Satanás.
“A obsessão é em substância uma série de tentações mais violentas e duradouras que as tentações ordinárias. É externaquando atua sobre os sentidos externos, por meio de aparições;internas,
quando provoca impressões íntimas. É raro que seja puramente externa,
visto o demônio não atuar sobre os sentidos senão para perturbar mais
facilmente a alma. Há, contudo, Santos que, pelo fato de serem obsedados
exteriormente por toda a qualidade de fantasmas, conservam na alma uma
paz inalterável”.
Ad Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística,Livraria Apostolado da Imprensa, 4ª edição, 1948, Porto, p.858.
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Propagada em todo o mundo há mais de trezentos anos pelos monges
beneditinos, e aprovada pelo Papa Bento XIV em 1742, a Medalha de São
Bento tornou-se célebre por sua extraordinária eficácia no combate aos
demônios e suas manifestações; protege contra malefícios de toda
espécie, doenças contagiosas, picadas de serpentes e outros animais
venenosos; protege também os animais domésticos e veículos. Aprovada e
louvada pelos Papas, a Medalha de São Bento possui a força exorcística
da Santa Cruz do Redentor – o sinal de nossa salvação.
Dom Próspero Guéranger O.S.B., A Medalha de São Bento, Artpress, 1999, São Paulo.
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* * *
Notas(*) São Pedro compara o demônio a um leão rugidor que gira em torno dos homens para tentar devorá-los (cfr. I Petr. 5, 8 e 9).
(**) Cfr. Charles Baudelaire, poeta francês satanista (1821-1867): “A melhor astúcia do diabo é fazer-nos crer que não existe”.
1. Monsenhor Cristiani, Presencia de Satán en el mundo moderno, Ediciones Penser, Buenos Aires, 1962, pp. 94-95. Tradução castelhana da edição original francesa (Éditions France-Empire, Paris, 1959) por Marta Acosta Vam Praet.
2. Ad Tanquerey, Compêndio de Teologia Ascética e Mística, 4ª ed., Livraria Apostolado da Imprensa, Porto, Portugal. Tradução Portuguesa da 5ª edição (1920) do original francês pelo Pe. Dr. João Ferreira Fortes.
3. Cfr. Monsenhor Cristiani, op. cit. pp. 63 e 64.
4. Op. cit., pp. 64-65.
5. Op. cit., pp. 65-66.
6. Op. cit., pp. 67-68.
7. Op. cit., pp. 68, 69-70.
8. Op. cit., pp. 70, 71-72.
9. Enciclopedia Cattolica, Città del Vaticano, 1953, vol. 10, p. 1948.
10. Mons. Henri Delassus, La Conjuration Antichrétienne; Desclée, De Brouwer et Cie., Lille, 1910, tomo 1, p. 12.
11. Cfr. John L. McKenzie S. J., Dicionário Bíblico, São Paulo, Paulinas, 4ª ed., 1983, pp. 2 e 133).
12. De Plácido e Silva, Vocabulário Jurídico, Livraria Forense, Rio de Janeiro, 10ª ed., 1987, vol. 1, p. 420.
13. Abbé Emmanuel Barbier, Histoire Populaire de L’Église, P. Lethielleux, Éditeur, Paris, 1910, pp. 181-182.
14. Pe. Gabriele Amorth, Um exorcista conta-nos, Paulinas, Lisboa, 3ª ed., 1998, p. 57.
15.Frei Boaventura Kloppenburg O. F. M., O Espiritismo no Brasil, Estudos 1, Vozes, Petrópolis, 1960, p. 51
16. Idem, Sobre a Heresia Espírita, Vozes, 4ª ed., 1957, p. 23.
17. Idem, ibidem.
18. Op. cit., pp. 9-18.
19. Op. cit., p. 16.
20. Op. cit., p. 17
21. Enciclopedia Cattolica, Città del Vaticano, 1953, vol. 10, p.677.
22. Idem, p.678.
23. Enciclopedia Cattolica, vol. 11, p. 1135 e ss.
24. Pe. Gabriele Amorth, op. cit., p. 97
25. Op. cit., p. 21.
26. Op. cit., p. 22.
27. Op. cit., p. 59.
28. Op. cit., p. 60.
29. Enciclopedia Cattolica, Città del Vaticano, 1950, vol. 5, p. 596.
30. Pe. Gabriele Amorth, op. cit., pp. 43-45.
31. Larry Rother, Relação com candomblé divide católicos da Bahia, “The New York Times”, 12. 01. 2000.
32. The Catholic Encyclopedia, The Universal Knowledge Foundation, Inc. New York, 1912, vol. 14, p. 383.
33. Enciclopedia Cattolica, Città del Vaticano, 1953, vol. 11, p. 662.
34. Agência Zenit, Roma, 10-5-2000.
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