Por Prof. Felipe Aquino
Se você está perdido, se já não sabe o que fazer na vida, é porque perdeu essa Luz divina que reside no teu ser. Faça silêncio e ouça a orientação que vem de Deus!
Este é o ponto mais importante da vida espiritual. Deus habita em nós
desde o batismo (1Cor 3,15), desde que estejamos na graça de Deus; mas,
infelizmente, nos esquecemos disso com muita facilidade. São Paulo
disse aos filósofos gregos em Atenas, no areópago, que “em Deus nós
existimos, nos movemos e somos” (At 17,28). Mas esquecemos.
Assim como o pássaro vive no ar, e nele voa e se desloca, assim nós fomos feitos para “viver mergulhados em Deus”. Sem o ar que o envolve o pássaro não consegue voar; no vácuo não teria a sustentação da resistência do ar e cairia; de nada lhe valeriam as asas.
Nós também, sem Deus não temos sustentação para viver em equilíbrio e paz, caímos. O mesmo vale para o peixe; ele vive na água; fora dela ele não pode se mover, respirar, e morre. É isso que acontece conosco quando nos afastamos da Presença de Deus. Como disse São Tomás, nos “aproximamos do nada”.
Deus está em todo lugar a todo tempo, pois é Onipresente. Então, esteja você onde estiver, fazendo qualquer atividade, boa ou má, Deus ai está. Não há como viver longe Dele. Precisamos meditar profundamente, o que diz o salmista:
“Senhor, Vós me perscrutais e me conheceis, sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto. De longe penetrais meus pensamentos. Quando ando e quando repouso, Vós me vedes, observais todos os meus passos. A palavra ainda me não chegou à língua, e já, Senhor, a conheceis toda. Vós me cercais por trás e pela frente, e estendeis sobre mim a vossa mão. Conhecimento assim maravilhoso me ultrapassa, ele é tão sublime que não posso atingi-lo. Para onde irei, longe de Vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de Vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar, é ainda Vossa mão que lá me levará, e Vossa destra que me sustentará. Se eu dissesse: Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como se fora luz, me há de envolver. As próprias trevas não são escuras para vós, a noite Vos é transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz”. (Sl 138)
Deus está em nós, e junto de nós, mas às vezes somos cegos a esta realidade. Se um cego estiver na presença do rei, mas não souber disso, pode se comportar-se mal, distraído; mas se sabe que o rei está presente, então muda sua atitude. Nós agimos muitas vezes assim como cegos na presença do Rei divino, sem saber que Ele está ali; então, nos comportamos mal, agimos mal, rezamos mal; somos distraídos na Presença do Rei.
Quando vamos rezar, então, a primeira necessidade é “se colocar na presença de Deus”; tomar consciência que Ele está ali, me vendo, me ouvindo. Então podemos ter uma devoção profunda, falando com Ele no silencio da alma, familiarmente, como um filho fala com seu querido pai.
Quando Deus chamou Abraão para uma Aliança especial, da qual nasceria o povo de Deus, e dele o Salvador, fez duas exigências fundamentais a Abraão: “Anda em minha presença e sê perfeito” (Gen 17,1). “Anda na minha presença”: Abraão saiu do paganismo da Babilônia, para dele nascer o povo de Deus; precisava ser guiado pela mão por Deus. Então, Deus exige, “anda na minha presença”; “sem isso você não vai ouvir minha voz, não vai saber o caminho da Terra Prometida que Eu quero lhe dar, não vai ter luz em seu caminho, e nem força para caminhar”. Então, por favor, “anda na minha presença”. E Abraão soube obedecer esta ordem; por isso levou a sua família até a Palestina e fez Aliança com Deus. Tinha familiaridade com Deus, conversava com Deus como um Amigo.
E Deus exigiu também, “se perfeito”. Deus é santo, três vezes santo, disse Paulo VI. E não convive com o pecado. Para que Abraão andasse sempre em sua presença, precisava ser integro; não se deixar corromper pelos ídolos e fascinações do pecado. E Abraão foi integro; foi obediente a Deus a tal ponto de estar disposto a imolar Isaac, se Deus de fato quisesse.
Nós também temos de viver assim: na presença de Deus, lutando para ser íntegro. Então, permaneceremos em Deus; e Ele será nossa luz na caminhada, nossa força, nossa esperança. Na sua luz teremos resposta a nossas dúvidas, paz no meio dos conflitos, tentações, tribulações. Teremos harmonia e verdade, porque a luz eterna vai conosco. Dele vêm nossas inspirações, com Ele todo medo e insegurança serão banidos.
Por isso, cultivar essa amizade e intimidade com Deus na oração, na meditação e na contemplação, será sempre a melhor garantia de colher bons frutos na ação familiar, profissional e, especialmente, pastoral e missionária. Aqueles que se atiram a um ativismo frenético na pastoral, sem essa vida interior com Deus, se cansam, se desiludem, desanimam e largam tudo. Porque agem com as próprias forças e não com as de Deus. A Igreja perdeu muitos por causa disso.
Se você está perdido, se já não sabe o que fazer na vida, é porque perdeu essa Luz divina que reside no teu ser. Faça silêncio e ouça a orientação que vem de lá. Não deixe que ela se apague em você por causa do pecado. O pecado fere a Majestade divina e sua justiça. A força para não ofender a Deus está na própria consciência de Sua Presença. Certos dela, teremos constrangimento de pecar.
Sem essa Presença divina, você estará excluindo-se de si mesmo; pois não conhecerás mais a sua identidade. O querido papa São João Paulo II, disse um dia numa enciclica (Redemptor hominis), que “sem Jesus Cristo, o homem permanece para si mesmo um desconhecido, um enigma indecifrável, um mistério insondável”. Está perdido!
Deus se esconde em nossa alma, porque quer ser procurado, amado; quer que tenhamos sede Dele. O autor das Crônicas disse: “O Senhor está convosco assim como vós estais com Ele. Se vós o procurais, Ele se manifestará a vós, mas se vós o abandonais, ele vos abandonará” (2 Cr 15,2). Jesus mandou: “Permanecei em Mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em Mim… sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).
Todos os nossos pensamentos, palavras, atos e decisões, precisam ser realizados na Presença de Deus, para que sejam acertados. Não vemos Deus, mas Ele nos vê. A Esposa do Cântico dos Cânticos, disse: “Ele está escondido, não o posso ver, mas Ele me vê, Ele está me olhando…” De modo muito especial isso se aplica quando estamos diante de Jesus Sacramentado. Não o vemos no Sacrário, mas
Ele nos vê e nos ouve.
Assim como o pássaro vive no ar, e nele voa e se desloca, assim nós fomos feitos para “viver mergulhados em Deus”. Sem o ar que o envolve o pássaro não consegue voar; no vácuo não teria a sustentação da resistência do ar e cairia; de nada lhe valeriam as asas.
Nós também, sem Deus não temos sustentação para viver em equilíbrio e paz, caímos. O mesmo vale para o peixe; ele vive na água; fora dela ele não pode se mover, respirar, e morre. É isso que acontece conosco quando nos afastamos da Presença de Deus. Como disse São Tomás, nos “aproximamos do nada”.
Deus está em todo lugar a todo tempo, pois é Onipresente. Então, esteja você onde estiver, fazendo qualquer atividade, boa ou má, Deus ai está. Não há como viver longe Dele. Precisamos meditar profundamente, o que diz o salmista:
“Senhor, Vós me perscrutais e me conheceis, sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto. De longe penetrais meus pensamentos. Quando ando e quando repouso, Vós me vedes, observais todos os meus passos. A palavra ainda me não chegou à língua, e já, Senhor, a conheceis toda. Vós me cercais por trás e pela frente, e estendeis sobre mim a vossa mão. Conhecimento assim maravilhoso me ultrapassa, ele é tão sublime que não posso atingi-lo. Para onde irei, longe de Vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de Vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar, é ainda Vossa mão que lá me levará, e Vossa destra que me sustentará. Se eu dissesse: Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como se fora luz, me há de envolver. As próprias trevas não são escuras para vós, a noite Vos é transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz”. (Sl 138)
Deus está em nós, e junto de nós, mas às vezes somos cegos a esta realidade. Se um cego estiver na presença do rei, mas não souber disso, pode se comportar-se mal, distraído; mas se sabe que o rei está presente, então muda sua atitude. Nós agimos muitas vezes assim como cegos na presença do Rei divino, sem saber que Ele está ali; então, nos comportamos mal, agimos mal, rezamos mal; somos distraídos na Presença do Rei.
Quando vamos rezar, então, a primeira necessidade é “se colocar na presença de Deus”; tomar consciência que Ele está ali, me vendo, me ouvindo. Então podemos ter uma devoção profunda, falando com Ele no silencio da alma, familiarmente, como um filho fala com seu querido pai.
Quando Deus chamou Abraão para uma Aliança especial, da qual nasceria o povo de Deus, e dele o Salvador, fez duas exigências fundamentais a Abraão: “Anda em minha presença e sê perfeito” (Gen 17,1). “Anda na minha presença”: Abraão saiu do paganismo da Babilônia, para dele nascer o povo de Deus; precisava ser guiado pela mão por Deus. Então, Deus exige, “anda na minha presença”; “sem isso você não vai ouvir minha voz, não vai saber o caminho da Terra Prometida que Eu quero lhe dar, não vai ter luz em seu caminho, e nem força para caminhar”. Então, por favor, “anda na minha presença”. E Abraão soube obedecer esta ordem; por isso levou a sua família até a Palestina e fez Aliança com Deus. Tinha familiaridade com Deus, conversava com Deus como um Amigo.
E Deus exigiu também, “se perfeito”. Deus é santo, três vezes santo, disse Paulo VI. E não convive com o pecado. Para que Abraão andasse sempre em sua presença, precisava ser integro; não se deixar corromper pelos ídolos e fascinações do pecado. E Abraão foi integro; foi obediente a Deus a tal ponto de estar disposto a imolar Isaac, se Deus de fato quisesse.
Nós também temos de viver assim: na presença de Deus, lutando para ser íntegro. Então, permaneceremos em Deus; e Ele será nossa luz na caminhada, nossa força, nossa esperança. Na sua luz teremos resposta a nossas dúvidas, paz no meio dos conflitos, tentações, tribulações. Teremos harmonia e verdade, porque a luz eterna vai conosco. Dele vêm nossas inspirações, com Ele todo medo e insegurança serão banidos.
Por isso, cultivar essa amizade e intimidade com Deus na oração, na meditação e na contemplação, será sempre a melhor garantia de colher bons frutos na ação familiar, profissional e, especialmente, pastoral e missionária. Aqueles que se atiram a um ativismo frenético na pastoral, sem essa vida interior com Deus, se cansam, se desiludem, desanimam e largam tudo. Porque agem com as próprias forças e não com as de Deus. A Igreja perdeu muitos por causa disso.
Se você está perdido, se já não sabe o que fazer na vida, é porque perdeu essa Luz divina que reside no teu ser. Faça silêncio e ouça a orientação que vem de lá. Não deixe que ela se apague em você por causa do pecado. O pecado fere a Majestade divina e sua justiça. A força para não ofender a Deus está na própria consciência de Sua Presença. Certos dela, teremos constrangimento de pecar.
Sem essa Presença divina, você estará excluindo-se de si mesmo; pois não conhecerás mais a sua identidade. O querido papa São João Paulo II, disse um dia numa enciclica (Redemptor hominis), que “sem Jesus Cristo, o homem permanece para si mesmo um desconhecido, um enigma indecifrável, um mistério insondável”. Está perdido!
Deus se esconde em nossa alma, porque quer ser procurado, amado; quer que tenhamos sede Dele. O autor das Crônicas disse: “O Senhor está convosco assim como vós estais com Ele. Se vós o procurais, Ele se manifestará a vós, mas se vós o abandonais, ele vos abandonará” (2 Cr 15,2). Jesus mandou: “Permanecei em Mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em Mim… sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5).
Todos os nossos pensamentos, palavras, atos e decisões, precisam ser realizados na Presença de Deus, para que sejam acertados. Não vemos Deus, mas Ele nos vê. A Esposa do Cântico dos Cânticos, disse: “Ele está escondido, não o posso ver, mas Ele me vê, Ele está me olhando…” De modo muito especial isso se aplica quando estamos diante de Jesus Sacramentado. Não o vemos no Sacrário, mas
Ele nos vê e nos ouve.
Na Presença de Deus temos então, um respeito profundo com Sua divina
Majestade. E precisamos pedir como o Salmista: “Nunca me lance longe de
Tua Presença, ó meu Deus, não tires de mim o Vosso Santo Espírito” (Sl
50,13).
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