21 Mai. 18
REDAÇÃO CENTRAL, (ACI).-
Neste dia 21 de maio, segunda-feira após o Domingo de Pentecostes, celebramos pela primeira vez a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja,
data que foi estabelecida pelo Papa Francisco no início deste ano, por
meio de um Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos
Sacramentos.
“Esta celebração ajudará a recordar que a vida
cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação
de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e
dos redimidos”, afirma o documento.
O texto explica ainda que o Papa Francisco decidiu estabelecer esta
memória da Virgem Maria, Mãe da Igreja, “considerando atentamente quanto
à promoção desta devoção possa favorecer o crescimento do sentido
materno da Igreja nos Pastores, nos religiosos e nos fiéis, como,
também, da genuína piedade mariana”.
O Evangelho de São João narra que, “junto à cruz de Jesus estavam de pé
sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua
mãe: ‘Mulher, eis aí teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí tua
mãe’” (Jo 19,25-27).
Com referência a este episódio evangélico, o decreto assinala que a
Virgem Maria “aceitou o testamento do amor do seu Filho e acolheu todos
os homens, personificado no discípulo amado, como filhos a regenerar à
vida divina, tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que Cristo gerou na
cruz, dando o Espírito”.
“Por sua vez, no discípulo amado, Cristo elegeu todos os discípulos como
herdeiros do seu amor para com a Mãe, confiando-a a eles para que estes
a acolhessem com amor filial”.
Além disso, continua o texto, “dedicada guia da Igreja nascente, Maria
iniciou, portanto, a própria missão materna já no cenáculo, rezando com
os Apóstolos na expectativa da vinda do Espírito Santo”.
Segundo o decreto, ao longo dos séculos, “a piedade cristã honrou Maria
com os títulos, de certo modo equivalentes, de Mãe dos discípulos, dos
fiéis, dos crentes, de todos aqueles que renascem em Cristo e, também,
‘Mãe da Igreja’, como aparece nos textos dos autores espirituais assim
como nos do magistério de Bento XIV e Leão XIII”.
Assim, recorda que “o beato papa Paulo VI, a 21 de novembro de 1964, por
ocasião do encerramento da terça sessão do Concílio Vaticano II,
declarou a bem-aventurada Virgem Maria ‘Mãe da Igreja, isto é, de todo o
Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores, que lhe chamam Mãe
amorosíssima’ e estabeleceu que ‘com este título suavíssimo seja a Mãe
de Deus doravante honrada e invocada por todo o povo cristão’”.
Além disso, a Sé Apostólica propôs uma Missa
votiva em honra de Santa Maria, Mãe da Igreja, por ocasião do Ano Santo
da Reconciliação em 1975. “A mesma deu a possibilidade de acrescentar a
invocação deste título na Ladainha Lauretana (1980), e publicou outros
formulários na Coletânea de Missas da Virgem Santa Maria (1986). Para
algumas nações e famílias religiosas que pediram, concedeu a
possibilidade de acrescentar esta celebração no seu Calendário
particular”.
Agora, o Papa Francisco “estabeleceu que esta memória da bem-aventurada
Virgem Maria, Mãe da Igreja, seja inscrita no Calendário Romano na
Segunda-feira depois do Pentecostes, e que seja celebrada todos os
anos”.
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